Crítica: O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida

Quando vi notícias sobre O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida admito que me interessei única e exclusivamente por ser uma animação, porém ao procurar mais informações descobri que se tratava da adaptação de uma das obras do Dr. Seuss um renomado escritor de livros infantis, além de cartunista e ilustrador. Apesar de conhecer poucas de suas obras, isso fez minha expectativa com relação ao filme crescer. Outros de seus trabalhos já foram adaptados para o cinema como “O Grinch”, que acho bem legal e gosto sempre de rever na época do natal, “Horton e o Mundo dos Quem!” que acho divertido, “O Gato” que acho ruim e extremamente decepcionante, além de “Os 5000 Dedos de Dr.T” e “À Procura de Dr.Seuss“ que ainda não tive a oportunidade de assistir.

Depois de toda essa apresentação vamos ao que interessa. Após assistir fiquei com a sensação de que faltava algo naquilo que tinha acabado de ver, apesar da boa intenção em fazer uma animação bonita, colorida e que diverte quem assiste. O filme consegue não ser chato ao passar a mensagem sobre preservar a natureza. Mas o achei bem infantil. Apesar de trabalharem de formas diferentes sempre que uma animação usa o “tema” sustentabilidade e proteção da natureza é impossível não se lembrar de Wall-E. Mas tirando essa sensação de que poderia ser algo mais “adulto” (mesmo sendo lógico que não veria isso, uma vez que é baseado em um livro infantil, mas como sou louco relevem por favor), ou pelo menos era minha expectativa de que assim fosse antes de assisti-lo, consegui me divertir.

A história apresenta Sneedville, uma cidade que parece um modelo, porém ela tem um problema, tudo é de plástico, até mesmo as árvores. Quase nenhum dos moradores se importa com isso, apenas Audrey uma garota por quem Ted é apaixonado. Para ganhar o coração da garota, ele pede ajuda de sua avó Norma para achar uma árvore de verdade. Ela manda que ele saia da cidade e procure Umavez-Ido (um homem que vive isolado), pois ele é o único que pode ajudá-lo. Ele segue o conselho, e ao encontrar quem procura passa a conhecer a história daquele homem, do Lorax que luta para proteger seu mundo e de porque não existem mais Trúfulas.

Um dos pontos fortes do filme, sem dúvida, são os personagens bem cativantes. Não só os principais, como Ted, que apesar de ter iniciado sua buscar porque estava apaixonando, começa a criar um “amor” pela natureza, mas também Lorax que é engraçado (embora em certos momentos seja irritante) e Umavez-Ido, cujos motivos de seu mau humor e de sua vida escondida vão sendo revelados ao longo da trama. Mas vale também destaque a Vovó Norma que apesar da idade é muito enérgica e com vontade de viver (gostaria muito de ter visto o filme na língua original para ver Betty White fazendo esse papel e quem a conhece de outros trabalhos, entende o porquê dessa minha vontade), há também os animais da floresta de Trúfulas como os barbalutes, os peixes dançantes e uma espécie de pato ou cisne que não consigo definir.

Uma coisa legal a ser dita é que a questão de sustentabilidade e proteção a natureza é mostrada de forma que faz até mesmo as crianças entenderem sua mensagem, apesar de ser de forma mais rasa do que um adulto ira interpretar. Com diversas piadas, animação muito bem feita, personagens carismáticos e um 3D muito bom apesar de não acrescentar para história do filme, com certeza tanto crianças (público alvo) quanto pessoas das mais diversas faixas etárias irão se divertir, e ao sair da sala ainda sim pensar um pouco na questão principal abordada na obra.

Obs: Aprecio muito a dublagem brasileira em animações, porém me incomoda quando as produtoras preferem escolher atores com certa fama e que não tem técnica para dublar ao invés de profissionais. Aqui o problema é com Mariana Rios que dubla a voz de Audrey, e mesmo com uma participação curta me incomoda.

Obs 2: O filme em diversos momentos tem aquelas cenas de cantoria e dança do “nada”, eu particularmente gosto, porém no filme em si acho desnecessário.

Warley Bonanno

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