Cinerama: O olhar de Marilyn em “My week with Marilyn” – 2011

O olhar em uma atriz realmente é tudo. Ela pode ter um corpo que diga todas as falas do roteiro por ela, mas mesmo assim, o olhar é o que realmente vai encantar os espectadores, que vai passar a emoção que o enredo precisa. O carisma, a suavidade em cena, tudo isso é importante frente à objetiva da câmera de cinema, e Marilyn Monroe tinha tudo isso, o que fez com que, mesmo após mais de 50 anos depois de sua morte, ela continue a ser a mais amada sex symbol de todos os tempos.

Sete dias com Marilyn do estreante diretor Simon Curtis encanta os apaixonados pelo cinema com sua suavidade e fotografia sensível, ao contar uma das incontáveis histórias desta que é uma das mais incríveis atrizes de todos os tempos.

No filme, conhecemos Colin, um cinéfilo de 23 anos, interpretado por Eddie Redmayne, que está decidido a trabalhar na indústria do cinema e consegue um "cargo" de assistente no set de filmagem da comédia romântica O príncipe encantado de 1957. A estrela é Monroe (Michelle Williams), no filme que marcou sua estreia no cinema britânico.

Em meio à conturbada produção do longa dirigido e estrelado por Laurence Olivier (interpretado por Kenneth Brannagh), Colin apaixona-se por Marilyn e vive uma semana ao lado da estrela, sendo seu porto seguro.

Neste filme vemos uma Marilyn insegura, depressiva e massacrada pela indústria Hollywoodiana, tudo o que uma mulher em sua posição e condição emocional sentiria. Vemos também uma Marilyn nunca vista antes pelas lentes, uma mulher comum, que está sempre em busca da felicidade e do verdadeiro amor, em busca de alguém sensível e carinhoso, que não só a vê como um corpo famoso.

Bela adaptação do livro escrito pelo verdadeiro Colin, que a mostra como uma mulher de carne e osso, que chora, que ri... Que se apaixona fácil.
Não podemos esquecer, é claro, da incrível interpretação de Michelle Williams, que conseguiu captar a essência de Monroe na época, em seu olhar, em seus movimentos e em seu carisma, captação tão boa que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz e o premio da grande noite do Globo de Ouro.

Enfim, filme recheado de incríveis momentos que foram emoldurados com maestria pelos olhos mecânicos de Simon Curtis, o que resultou em uma bela fotografia que relembra toda a atmosfera mística da presença de Marilyn, para criar sequências delicadas de um amor breve e suave, mas intenso.

“First love is a sweet despair, Colin” .

Até a próxima, fellas.

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