Walt Disney sempre foi famoso pela experimentação em suas produções e em 1940, com a ideia de unir música erudita com animação de vanguarda, surgiu Fantasia, uma antologia de curtas em que o visual inovador só era páreo para o som, gravado em vários canais, criando uma das primeiras experiências surround no cinema. Além disso, Disney queria fazer seu personagem mais famoso, o ratinho Mickey, voltar a ser popular, já que desde os anos 30, caíra em declínio no interesse do público.
Para isso, dedicou um trecho de Fantasia à sua criação. Em O Aprendiz de Feiticeiro, Mickey é um bruxo aprendendo a usar seus feitiços e resolve testar seus conhecimentos para limpar o estúdio de seu mestre. O problema é que tudo sai do controle e a brincadeira leva a uma situação quase caótica para o simpático rato. A trama foi inspirada pelo poema Der Zauberlehrling, escrito em 1797 por Goethe. E a música usada é The Sorcerer's Apprentice de Paul Dukas, também baseada no mesmo texto. O arranjo e orquestração (desta e de todas as outras peças clássicas usadas no filme) ficaram a cargo de Leopold Stokowski.
O curta se tornou tão popular que hoje é um dos maiores símbolos dos estúdios Disney e até deu origem ao longa de mesmo nome, com Nicolas Cage. No filme existe uma cena que reproduz a situação de Mickey, mas com tanta frieza e falta de tato que a impressão é que foi feita na obrigação da referência.
Se você não conhece o curta animado, pare o que estiver fazendo e dedique um pouco do seu tempo a essa obra-prima da animação.
A magia que não se perde por mais que você envelheça!