Uma grande expectativa girava em torno da estréia de Vingadores: Guerra Infinita. De uns tempos para cá ser nerd se tornou algo legal, assim, multidões de pessoas, incluindo uma boa parcela de brasileiros, passou a se importar com o destino de Capitão America, Homem de Ferro e companhia, e além deles, há também os fãs mais antigos e ardorosos, que esperavam para ver se Joe e Anthony Russo conseguiriam fazer jus ao que Joss Whedon já tinha cumprido anteriormente, e bem, o resultado final do filme é no mínimo intrigante.
O grande personagem do terceiro Vingadores certamente é seu antagonista. O Thanos de Josh Brolin é construído de maneira arquetípica, tem algumas variações e nuances, mas nada que o faça ser um personagem aprofundado a um nível superior dos comuns filmes de herói. Ainda assim, ele é de longe o melhor vilão do universo cinematográfico da Marvel, uma vez que sua motivação é clara e ele vai cumprindo-a de maneira gradativa, numa escalada crescente e emocionante, triste é perceber o quão medíocres eram os outros opositores.
Da parte do roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely, não há muitos mistérios. O texto é bem formulaico quanto às situações escapistas que ocorrem, o diferencial positivo é que ele consegue soar fluido, dando chances ao elenco gigantesco que tem em mãos. De certa forma, é um filme episódico, e lembram mesmo as revistas especiais da Marvel e DC que continham os ramos de sagas com mega crossovers, normalmente pintadas por George Pérez.
Outro ponto positivo são as lutas, muito bem pensadas e coreografadas. Há toda sorte de fan service, nas uniões que ocorrem, mas claramente há uma pressa provinda da guerra que se aproxima que faz com que boa parte dessas soluções sejam erráticas, não só da parte das concordatas entre personagens, mas também dramaticamente falando. Nesse ponto, o filme não consegue se diferenciar das revistas mais clichês, o que é uma pena. Claramente esses defeitos não atrapalham a apreciação geral da obra, em especial se o espectador em questão tiver pouco senso crítico ativo, mas ainda assim incomoda a quem está acostumado a consumir blockbusters, uma vez que essa fórmula está desgastada.
Grande parte do humor do longa soa repetitivo, parecido com o exercício de se jantar comida requentada, o sabor pode ser bom, alimenta, mas está longe de ser satisfatório como se fosse feito para consumir na hora. Alem do mais, os novos personagens não são muito bem explorados, fora obviamente Thanos. Seus soldados são iguais aos vilões genéricos dos seriados americanos que emulavam os do Japão, são como os bonecos de massa dos Power Rangers mas com um poder maior. Para variar, quem salva nesse quesito, são os Guardiões da Galaxia e claro, Thor. Aparentemente Chris Hemsworth aprendeu muito após seu filme com Taika Waititi, aliás, é com ele que acontece um dos momentos mais saudosos e chorosos. Esses dois elementos, unidos a outro, que reúne momentos de sacrifício e heroísmo fazem dele talvez o personagem com mais brilho e protagonismo.
Claramente Vingadores: Guerra Infinita é um filme do meio, o que faz tornar difícil sua apreciação, e ele é menos bem construído no sentido narrativo do que Império Contra-Ataca por exemplo, que é filme plenamente entendível sozinho. Esse não é, ele precisa da muleta dos filmes anteriores, precisa das cenas pós-créditos, e dos futuros filmes, mas ao menos, consegue ser divertido e grave o suficiente para valer uma visita, em especial pelo que se constrói em Thanos, e pelas adaptações feitas em relação ao destino de Thanos, substituindo o amor que ele tinha pela Morte, provindo dos quadrinhos, por uma motivação que se assemelha demais ao pensamento sofista de algumas linhas políticas a extrema direita.
- Filipe Pereira é crítico e editor do site Vortex Cultural
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