Mesmo que, por vezes, a série Preacher pareça pesada ou carregada demais em alguns temas, é certo também que, nessa temporada, ela vem mostrando um feeling cômico muito peculiar. Obviamente que se trata de uma comédia de erros, absurda em diversos pontos, mas, até mesmo os espectadores mais birrentos conseguem achar graça nas suas insanidades.
É o caso, por exemplo, desse sétimo episódio, com o sugestivo título de “Hitler”, que, logo no início, mostra o presente do icônico ditador alemão depois que este fugiu do inferno, e agora atua como atendente de uma cadeia de fast food. A coisa se mostra tão louca que fica impossível não dar gargalhadas nessa sequência, com direito até a uma foto do personagem como o “empregado do mês”, sorrindo e tudo.
Uma pena que esse núcleo esteja somente no começo do episódio, já que depois a concentração é toda voltada para Jesse e Tulipa, agora às voltas com Herr Starr e o Graal, e Cassidy, aprendendo a se adaptar com os seus novos amigos da irmandade Les Enfants du Sang. Mesmo não sendo momentos tão inspirados quanto aquele de Hitler no início, ainda assim, são bem trabalhados na trama.
No caso do núcleo envolvendo o Cassidy, a trama estava um pouco monótona e chata, quando certa revelação tira um pouco da letargia da história, culminando com o aparecimento de um grupo de religiosos caçadores de vampiros, digamos, “inusitados”. Outro momento de destaque é a “interação” entre Herr Starr e TC, de chorar de rir.
A trama em si dá sinais de avanço, principalmente pela possibilidade de, enfim, Jesse ter uma arma eficaz contra a sua avó: a volta do poder de Gênesis. O final do episódio também revela que a história, no mínimo, pegará fogo daqui por diante, já que, além de sua avó, Jesse precisará enfrentar o Pai de Todos, comandante do Graal.
Mais um bom episódio, portanto, que não trouxe nada de tão significativo para a trama principal, mas que teve os seus ótimos e hilários momentos. Estando já na metade dessa temporada, Preacher mostra que está cumprindo bem a árdua tarefa de transpor a fabulosa HQ de Steve Dillon e Garth Ennis para a TV da forma que se deve, mesmo com todas as restrições óbvias que esse tipo de mídia impõe.
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