Review: The Legend of Korra - Book Two: Spirits - 2x01/02 Rebel Spirit/The Southern Lights

Quando Korra se despediu da gente deixando a certeza de que o universo criado por Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko merecia com todos os elogios possíveis a bem vinda expansão temida por alguns, não demorou muito para cogitarmos infinitas possibilidades sobre o que teria acontecido com o mundo pós-Aang  além das fronteiras de Republic City. Mais de um ano se passou desde a finale, e a verdade que se tira depois desse retorno é a de que teremos não só uma volta as origens da road adventure que consagrou a inventividade da Lenda de Aang, como também adentraremos numa provocativa parte da mitologia que por muito tempo se limitou a sugestões e Deus ex-Machina quando se fazia necessário. O mundo espiritual que rege o real papel do Avatar é o mote da temporada, junto do sombrio teor político visto no livro um, onde mais uma vez Korra tem de se encontrar e evoluir para fazer jus ao seu título e dever.

Num teaser explicativo e bem montado, Korra, Mako, Bolin e Asami (a única personagem deslocada na première) foram colocados na Republic City sem o terror dos equalistas, que agora abriu mão do Conselho Estatal para eleger seu primeiro presidente. Bolin divertido como sempre continua em torneios pró-dobras, mas agora não tem o irmão ao seu lado, ou seja, os Furões de Fogo são um fracasso total na arena. Na verdade, Mako conseguiu emprego de tira com Beifong e só tenho a dizer que a perseguição nas ruas da cidade foipra dar um gostinho da evolução no apuro técnico da animação, que seria mostrado nas primeiras aparições dos espíritos rebeldes. Asami vem tentando tocar as Indústrias do Futuro e sinceramente, se tirarmos o zuado encontro com Varrick, um magnata loucoe disposto a patrocinar qualquer um que o desafienada de importante ou animador partiu dos seus plots.

Korra continua seu treinamento com Tenzin e neste momento percebemos que a autoconfiança acaba limitando a evolução da Avatar. Eu gosto muito dela e acho que conferir questionamentos, além das preocupações constantes com pré-julgamentos (visto todos os diálogos que ela tem com Mako) dá mais força para seus dramas, porém Korra sempre vai de encontro aos ensinamentos de Tenzin sem muitos motivos e talvez esta seja sua maior fraqueza, já que Aang estava disposto a aprender e se superar independente do sacrifício que tivesse de fazer. As visitas aos Templos do Ar proposta por Tenzin para que ela aperfeiçoe a dobra de ar, dá o start para saída de Republic City e o que me deixou mais feliz é que fomos justo para onde a série original começou, a Tribo da Água do Sul.

Na finale conhecemos Bumi, o irmão de Tenzin que tem o mesmo senso de diversão que Aang tinha, mas com um toque a mais de loucura, já no Polo Sul tivemos a chance de conhecer inúmeros (e interessantes) personagens que dinamizaram o episódio de uma forma surpreendente para mim. Kya a outra filha de Aang com Katara e todo o resto da família de Korra, já são adições que enriqueceram a trama e cresceram em poucos minutos de tela. Este último elogio vai para austera presença de Unalaq, o tio de Korra e Chefe das Tribos da Água. Diferente de Amon, que na temporada passada se mostrou um perigo iminente, Unalaq é bem mais soturno e mesmo sob a pose tradicionalista já causa um certo medo por sua intransigência.

Foi Unalaq que trouxe a questão dos espíritos rebeldes à tona e a aparição repentina do “monstro” no Festival Glacial me fez suspeitar de que talvez ele tenha tido parte naquilo tudo. A luta noturna com a criatura foi fantástica, porém teve consequências dolorosas ao afastar definitivamente Korra e Tenzin, já que Unalaq curiosamente consegue o que se propôs desde a chegada ao porto, tornar-se mestre espiritual da sobrinha. Tonraq, pai de Korra foi o verdadeiro protagonista do segundo episódio e descobrimos sem arrodeios o segredo por trás de todas as críticas feitas pelo irmão mais novo. A quebra de uma tradição e o fim do equilíbrio foram temas constantes da Lenda de Aang e aqui surgem como o motivo para rebelião dos seres que deveriam simbolizar a harmonia daquele universo tendo Korra e toda a sua família como chave.

Assim, as famílias de dois Avatares serão parte de toda a busca por balanceamento pregada através das ideias de Unalaq na expedição que prova a Korra o papel dos espíritos como fonte da sua condição e mostra a Jinora, neta de Aang que algo inesperado aguardou sua vinda ao Templo de Ar do Sul. Essa união da trama reascendeu minhas expectativas e sinceramente The Legend of Korra tem tudo para marcar a lista de séries indispensáveis nesta fall season. Ainda não dá para traçarmos teorias, mas o cliffhanger já reafirma que da mesma forma que Amon e seus equalistas redefiniram o teor mais infantil da série, as incertezas deixadas pelos misteriosos motivos dos novos personagens vão continuar sustentando o novo tom desta brilhante obra.

P.S.: Não falei dos primos creepy de Korra, mas olha o trio Desna, Eska e Bolin, vai me fazer rir muito.

P.S.2: Family issues pra todo lado não é mesmo?! Só que mesmo assim quero bem mais das ideias de Katara para a retomada das relações entre Tenzin e seus irmãos.

P.S.3: Que achem um papel para Asami, pois ela consegue ser mais badass que Korra.

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