Convite Maldito é um filme de horror que se baseia no mistério de uma tragédia clássica. O início do longa dirigido por Jessica M. Thompson é em uma mansão de decoração clássica, que apela para o gótico, e evoca o sentimento de profunda melancolia, mostrando uma bela mulher que parece ser prisioneira. Para se livrar do seu fardo ela planeja atos drásticos, pecados terríveis aos olhos da religiosidade de sua época, estabelecendo para o público de antemão que esse cenário foge da calmaria que normalmente se pensa ao abordar histórias de séculos atrás.
A personagem mostrada nesse início é Emmaline (Virág Bárány) e sua última fala - praticamente a única onde se ouve sua voz - reside em uma promessa, de que "aquilo" se encerrava ali.
Não fica claro ao que exatamente ela se referia, fato que colabora para o mistério que seria explorado mais à frente.
No presente, a personagem de Nathalie Emanuel é apresentada. Em sua primeira cena Evie trabalha como garçonete, em um serviço freelancer que faz para manter suas contas em dia, uma vez que se mudou recentemente para Nova York. Sem condições de recusar trabalho, ela serve pessoas, mesmo que isso não tenha nada a ver com a sua vocação.
Ela é humilde e necessitada, se nota também que é ignorado por todos, invisível para os ricos e abastados, como normalmente ocorre com trabalhadores desse tipo de serviço, especialmente os pretos como ela é.
Perceber isso soa estranho para o espectador já acostumado a imagem da artista tantas vezes vista em Game of Thrones ou na saga Velozes e Furiosos.
Sendo ela um ícone de beleza é estranho que ela não seja notada, mesmo que seja para fins dramáticos. Sua apresentação ímpar não atrapalha a condição de invisibilidade social, uma vez que dado o cenário aristocrata dos Estados Unidos e Europa, é comum essa forma de julgar terceiros.

Evie é uma moça que apesar das dificuldades, segue tentando trabalhar sua arte plástica, esculpindo vasos. É dado também que ela é sozinha, mora distante da família, é órfã de pai desde a adolescência, e teve a perda recente de sua mãe, em uma distância de poucos meses.
Fica bastante claro que o luto não foi bem digerido por ela, já que ela se permite ouvir gravações da voz da parente, para se inspirar nos dias ruins. Ao menos nisso o roteiro de Blair Butler acerta, o drama e melancolia tem sua gravidade respeitada.
A grande questão é que o filme já estabeleceu no início uma bela e assustadora cena, que contém violência, medo e gore, e a demora construindo essa atmosfera faz perguntar quando o horror retornará a tela.
O quadro muda um pouco quando o inesperado entra na equação, onde a etapa do Chamado a Aventura - do esquema conhecido na Jornada do Herói - finalmente ganha vulto. Evie descobre um parentesco inesperado, ao entrar em um site de busca de DNA e aparentemente a sorte lhe sorri.
Ela se depara com Oliver, personagem de Hugh Skinner é um sujeito muito simpático e que traz a ela a notícia de que ela tem uma família desconhecida, formada por gente muito rica, e a convida para ir até o casamento de um parente deles, em uma mansão europeia.

Curiosamente o filme lida com alguns medos típicos de mulheres, abordando clichês de relacionamentos na internet, como o surgimento de um homem branco misterioso cheio de promessas, que parece ser simpático mas que causa o automático receio de acreditar que a sorte grande pode ser um infortúnio disfarçado.
Dado que a protagonista está em uma situação ruim financeiramente, ela ignora o pensamento negativo e decide embarcar com ele para a viagem, fato que faz essa fita lembrar um pouco o drama de Corra, de Jordan Peele, com o acréscimo de um sotaque britânico e a inversão familiar, já que é Evie a parente, e não um par seu, além do que ela aparentemente só tem familiares caucasianos.
Depois da viagem, a moça enfim chega a Abadia de New Carfax, um lugar de arquitetura clássica, que parece demais o cenário do início do filme - e de fato, é o mesmo local.
Assim que chega ela acidentalmente tropeça em serviçais, e prontamente se oferece para ajudar as criadas, já que ela mesma fazia aquela função na América, não seria vergonha para ela ajudar outras moças.
Ela é repreendida pelo mordomo Field, interpretado por Sean Pertwee, o mesmo que havia feito Alfred na série Gotham. O chefe dos empregados comete uma gafe racista, associando a moça a uma empregada contratada para a festa basicamente por ela não ser branca, mas tem seu erro aplacado pela interrupção de seu amo, Walter de Ville, ou meramente Walt, interpretado por Thomas Doherty.
Apesar de colocar para frente um clima de affair, também há uma dedicação em estabelecer mistérios após a chegada a casa. A construção do romance se dá junto a vários desaparecimentos, sobretudo de empregados, o que é estranho e um pouco incômodo, por ninguém perceber esse movimento estranho.

No tour até seus aposentos, são apresentados dezenas de funcionários e as regras da casa são proferidas, especialmente com a proibição de ir até a biblioteca, que está em reforma.
Também há grades espinhosas nas janelas, com a desculpa de que isso ocorre por conta de pássaros, os picanços, que atacam o vidro nessa época do ano.
Todas essas questões são estabelecidas como possíveis fontes de perigo, e algumas são exploradas, normalmente sem que Evie esteja em tela. É como se para ela estivesse sendo preparado algo grandioso.
Aos poucos ela se ambienta, e fica à vontade. A percepção de que é a única mulher da família causa estranhamento, mas não o suficiente para ela suspeitar de que algo está errado.
Nem mesmo as esposas e noivas aparecem na primeira cena de reunião familiar. As personagens mulheres são convidadas, como a voluptuosa Viktoria (Stephanie Corneliussen), e a simpática Lucy (Alana Boden), que ganhariam importância mais a frente na trama.

O grave problema do filme são as cenas escuras, especialmente as que tentam soar misteriosas e com possíveis monstros. A fotografia de Autumn Eakin tem sua qualidade comprometida, com sua beleza diminuída pela escolha de mal iluminar tudo.
A ideia de esconder as fragilidades do CGI compromete os pontos positivos do visual, e o quadro só melhora (ligeiramente) depois de setenta minutos, quando o horror fica (literalmente mais as claras), com referências claras a alguns clássicos do cinema de suspense e também de horror.
A partir de agora haverá grandes spoiler. Convém ver primeiro o filme, de preferência sem assistir seu trailer, que entrega todas as reviravoltas planejadas por diretora e roteirista.

Thompson aparentemente é fã de histórias com plot twist, já que alude a um mistério que tem pistas e uma grande revelação no final.
Também se percebe uma predileção a sociedades secretas, com referências ao clássico De Olhos Bem Fechados de Stanley Kubrick, o bizarro Sociedade dos Amigos do Diabo de Brian Yuzna. Outra referência se liga aos filmes de vampiros, inclusive nomeando boa parte dos personagens com nomes de personagens do clássico livro Drácula, do autor Bram Stoker.
Não é difícil associar este Convite Maldito a uma releitura do livro do conde vampiro, deturpada claro, voltada para um horror mais tangente, com componente racial e feminino. A grande questão é que a intenção do filme era fazer mistério, mas o marketing, com medo do filme não vingar, revelou isso até em trailer.
A partir desse ponto a matança se intensifica, e há uma exploração do gore, embora haja uma preocupação em ser econômico na sanguinolência. A violência é mais parecida com as típicas de filmes de ação do que terror.
É nesse quesito que reside seu maior pecado, porque a imitação de produções de baixo orçamento de filmes clássicos de horror era tragável, mas quando explora clichês ao estilo Anjos da Noite e Van Helsing, o longa se perde, abrindo mão de ser uma trasheira em essência para se tornar uma história de ação genérica, que erra ao se levar a sério.
Um aspecto onde se percebe que o filme não sabe qual caráter escolher, é que o andar térreo do castelo, onde ocorrem batalhas, há muitos pedaços pontiagudos, como estacas e pontas de lança. Se uma pessoa andar sem atenção, pode esbarrar em um instrumento mortal para humanos, que dirá para vampiros.
O desempenho dos atores é caricato, quase todos são puramente arquétipos, exceto Emanuel, que está bem, mesmo que seu personagem não permita um baita desempenho. Ela é a pessoa com mais nuances e mais capacidade de permitir ter alguma gravidade,
Todos os outros são personagens sem personalidade, sendo o pior delas a amiga Grace (Courtney Taylor), que é o alívio cômico que apela para o personagem preto cheio de frases de efeito.
Em se tratando de uma obra protagonizada por uma pessoa não branca, isso se torna algo grave, para não dizer tosco, um apelo barato para um chavão da comédia mais baixa possível.
Convite Maldito se perde ao não saber o que pretende evocar. Poderia ser uma boa comédia de vampiros, mas tenta expor uma história sobre pessoas excluídas sem dar gravidade ao drama central, jogando por terra a construção que tencionou, ao mostrar que a base dela são frases feitas, elogios ao seu estilo e clichês instagramáveis. O aspecto digno de elogio é ligado ao desempenho de Emmanuel e ao mistério inicial que como dito, mas até isso é frágil, tanto que foi revelado no material de divulgação.









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