Crítica: Os Mercenários

O ano de 2010 começou com duas produções que abriram caminho para o filme de Stallone. Os Perdedores, baseado em uma série em quadrinhos da Vertigo/DC Comics e Esquadrão Classe A, adaptação do seriado oitentista que marcou uma geração. Porém, tanto um quanto outro são frutos do cinema de ação dos anos 2000. Talvez Esquadrão Classe A seja mais próximo do que foram os filmes com “soldados da fortuna” produzidos nos anos 80, mas mesmo assim está cheio dos vícios pós-Matrix e pós-Bourne. Porém, depois de ressurgir do ostracismo, Sylvester Stallone mostrou com seu último Rambo que ainda dá conta do recado. E o recado em Os Mercenários é invadir uma ilha governada por um general corrupto e dar cabo de um exército de uns 200 homens. Nada que ele nunca tenha feito antes.

Desta vez, no entanto, o eterno “exército de um homem só” vem acompanhado de mais alguns nomes dos chamados “filmes de brucutu”. Jason Statham, Jet Li, Randy Couture, Dolph Lundgren, Terry Crews e Mickey Rourke. Como se ele precisasse de ajuda. Mas isso não vem ao caso. O nome original do filme já denuncia sua proposta. Expendables pode ser traduzido como “descartáveis” e é isso que esses atores especializados em testosterona sempre foram acusados de ser.

Stallone dirige e co-escreve da forma que sabe fazer. As cenas de ação fogem do ritmo videoclipe, os diálogos estão cheios de “sacadinhas”, e a química entre os personagens centrais funciona, principalmente entre Stallone e Statham, que seguram a primeira metade do filme praticamente sozinhos.

Do lado dos vilões temos o canastrão Eric Roberts fazendo um vilão que poderia muito bem ter sido escrito pra ele de tão bem que o papel lhe caiu. O General Garza é interpretado de forma meio apagada por David Zayas, que os fãs do seriado Dexter conhecem muito bem como Angel Batista. E aqui também temos brucutus, afinal não teria muita graça se Os Descartáveis não se enfrentassem. Gary Daniels e Steve Austin são os dois guarda-costas que dão muito trabalho a Stallone e cia.

E há a esperada cena entre o eterno Rambo, Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger. Não há muito o que comentar a não ser o fato das ótimas sacadas com um tirando um sarro básico da cara do outro. Só isso já valeria o filme, mas...

Os Mercenários vale por ser o que é e não ter vergonha disso. Sem ser pretensioso, é divertido do início ao fim. Ação como há muito tempo não se fazia em Hollywood, sem medo da violência atrapalhar a censura e sem medo de parecer bobo em meio a tantos roteiros que se acham “geniais” por aí.

No final, os anos 2000 podem estar cheio de efeitos especiais, mas não conseguiram produzir heróis (ou vilões) como esses caras. E quando os créditos começam a subir, The Boys Are Back in Town toca ao fundo anunciando o retorno de um gênero que, pelo sucesso do filme, pode, de novo, marcar uma geração que em breve estará cansada de vampiros que brilham no sol ou de espiões com crise de identidade.

15 comments

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