Review: Arrow S01E14 - The Odyssey

“Bom, uma hora ia ter que acontecer”. O episódio desta semana de Arrow fez os fãs da série e do Arqueiro Verde repetirem essa frase pelo menos três vezes. A primeira diz respeito à trama. O seriado precisava de um episódio quase que inteiramente dedicado aos primeiros meses de Oliver na ilha. Para mover com a história dos flashbacks e para focar mais na relação mestre/pupilo que o futuro vigilante desenvolve com Slade Wilson (aliás, ótima a piadinha com O Náufrago). E Arrow conseguiu criar 45 minutos que segurassem o espectador sem a necessidade do Arqueiro agindo em seu ambiente urbano, mesmo em um conflito cuja resolução todos sabiam qual seria. Tudo graças ao carisma de Manu Bennett como o Exterminador e ao bom desenvolvimento da trama, trazendo Fyers, Yao Fei, Oliver e o já citado mercenário para um embate empolgante. Ótimas cenas de combate, como sempre, além de uma explicação melhor para a identidade do outro Exterminador: William Wintergreen, que nas HQs é uma espécie de mentor do personagem da máscara alaranjada e preta. Boa sacada. Só a desculpa de Wilson para levar Oliver na missão que fica difícil engolir. Ele diz que não conseguiria sozinho, mas no fim desabilitou todos os soldados do lugar. Obviamente que a presença do jovem Sr. Queen acabou se justificando, mas apenas por uma conveniência do roteiro envolvendo A Odisseia (não por acaso, o nome do episódio).

A segunda vez que o espectador tem a sensação de que finalmente algo aconteceu é logo no começo. Não, não é o ataque do Arqueiro à sua mãe, mas Felicity, até que enfim, descobrir a identidade do vigilante. As cenas em que ela e Diggle tentam salvar a vida de Oliver são ótimas e criam um bom equilíbrio entre tensão e alívio cômico. Infelizmente, no entanto, o que ficou prometido pelo gancho da semana passada não teve uma evolução digna. Quando todos esperavam que a verdade sobre Moira Queen pudesse aparecer e fazer seu filho seguir adiante contra o verdadeiro vilão desta temporada (o pai de seu amigo Tommy), tudo é resolvido com Oliver ignorando a possível culpa de sua mãe. Ou será que as constantes investidas de Diggle podem fazê-lo mudar de idéia num futuro próximo?

E, por fim, a terceira vez do “bom, uma hora isso ia acontecer” talvez seja a mais gratificante para o fã de quadrinhos. É que toda a aventura na ilha culminou na aparição de uma das personagens mais marcantes do universo do Arqueiro Verde. A série finalmente introduziu Shado, a Arqueira com quem Oliver se envolve na fantástica minissérie Os Caçadores, nos anos 80. Tudo bem, os roteiristas mudaram a nacionalidade da moça, vivida em Arrow por Celina Jade, de japonesa para chinesa, já que ela é apresentada como filha de Yao Fei (inspiração em Ra's Al Ghul/Tália?). Se vai também, pelo menos por enquanto, sua alma guerreira: neste primeiro momento, Shado é refém de Fyers e está bem fragilizada. Mas, uma de suas marcas registradas, literalmente uma marca, está presente. Sua tatuagem de dragão, que é compartilhada por Oliver, como é mostrado no final do episódio, está lá, levando à dúvida: até que ponto os dois se envolveram na ilha? Será que a série apresentará, também, no futuro, o jovem filho do casal? Tomara que qualquer que seja o relacionamento de ambos no passado, os roteiristas e produtores não abram mão de incluir a personagem no período atual do Arqueiro. Seria ótimo um combate entre o protagonista, Merlyn e Shado, não?

Episódio empolgante, com surpresa pros espectadores que conhecem os quadrinhos e que, embora não tenha evoluído a promessa do anterior, deixa algumas questões sobre como Oliver poderá lidar com a descoberta futura sobre sua mãe e a organização criminosa de Malcolm Merlyn. De qualquer forma, tomara que Arrow as resolva nesta temporada, deixando o terreno livre para o já confirmado segundo ano, desenvolver aventuras ainda mais próximas das HQs.

Alexandre Luiz

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1 comment

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    Jorge 16 fevereiro, 2013 at 03:41 Responder

    Primeira Review de Arrow que eu leio no site.
    O episódio me deixou muito empolgado que fui atrás de várias opiniões.
    Ouço todos os minicasts, Alexandre Luiz, e agora estou comprometido a ler suas Reviews.

    Gostei muito das suas sitações com os quadrinhos, espero que continue assim.

    Vai ter semanas em que não irei comentar, nunca fui muito de comnetar, mas não significa que eu ou muitas outras pessoas não leram sua Review.

    Até a próxima semana.

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