Review: Arrow S05E19 - Dangerous Liaisons

Contém spoilers de Arrow

Enquanto Flash retornou do pequeno hiato com um episódio morno no desenrolar de sua trama central, Arrow chega com algo mais relevante para as subtramas desenvolvidas ao longo deste quinto ano. Dangerous Liaisons serve para amarrar algumas pontas e deixar outras soltas para a eventual sexta temporada. E isso inclui não apenas conflitos pessoais dos coadjuvantes, mas como também o que pode vir a se tornar a grande ameaça para os heróis após finalizada a contenda com Prometheus.

Se o vilão mais importante não dá às caras, não é um problema para o roteiro repleto de acontecimentos envolvendo a jornada de Felicity ao "lado sombrio". A Helix obviamente não é o que aparenta e, enquanto a desculpa dada no final para que abandonem a hacker do Time Arqueiro pode tê-la convencido, fica muito claro que a organização, esse tempo todo, estava apenas usando a moça, seus contatos e conhecimento, para seus próprios fins. A real identidade (o episódio deixa claro que aquele nome não é o "oficial") do líder da Helix ainda será algo a ser debatido no futuro.

Dangerous Liaisons discute muito até que ponto se pode chegar para atingir seus objetivos, um tema que reflete no conflito entre o casal Diggle. Sempre que há alguma situação envolvendo romance nessas séries do CW, há algum motivo bobo para gerar uma briga ou separação, mas Arrow consegue fugir à regra e entrega uma discussão interessante, focada, inclusive, na evolução de Lyla, uma coadjuvante que estava desaparecida há algum tempo do programa, mas cuja vida depois de ser elevada a líder da ARGUS tem mudado drasticamente. A subtrama funciona, ainda que soe um tanto hipócrita por parte de John todo o sermão passado à esposa. Afinal de contas, ele mesmo atua fora da lei como um justiceiro mascarado. Mas, tendo em vista os recursos aplicados pela sombria organização antes comandada por Amanda Waller, não é de se estranhar a reação.

Dramas envolvendo personagens secundários raramente tem algum peso e acabam surgindo para completar o tempo de cada episódio. Até nisso Arrow acerta mais uma vez. A trama familiar de Rene não serve apenas para trazer à tona o relacionamento com a filha, mas também para desenvolver a crescente amizade com Quentin Lance, que tem se tornado praticamente um mentor para o jovem Cão Raivoso. É uma relação bem diferente da que o ex-policial tinha com Oliver. Aqui é algo mais paternal, surgindo até como uma forma do personagem preencher o vácuo deixado pela perda de Laurel.

Sem Prometheus no centro das atenções, Arrow consegue mostrar que até plots secundárias sustentam bem um episódio inserido tão próximo da reta final da temporada. Narrativamente, há de se destacar a ausência dos flashbacks. Como já havia ficado bastante claro, sobrou pouca coisa para ser abordada na trama do passado, então soa natural que esse espaço seja preenchido com desenvolvimentos interessantes, ao contrário da obrigatoriedade das intrometidas pílulas das aventuras de Oliver na Rússia.

E apesar da ausência de Chase, sua presença é sentida pela constante sensação de insegurança que a revelação de sua real identidade trouxe para a população de Star City. Aliás, não só para os cidadãos comuns, mas para a equipe de heróis também, algo que resulta em um sufocante cliffhanger para ser resolvido na próxima semana. Fica evidente o quanto a série pretende destacar para o clímax da temporada, com esse episódio que basicamente serviu para o desenrolar de pequenas tramas surgidas ao longo deste ano. Normalmente os últimos três episódios da adaptação são totalmente dedicados ao grand finale, algo que, aparentemente, já começará a ser construído a partir da semana que vem, mostrando que ainda existe muita coisa para acontecer até que Prometheus seja finalmente derrotado. A "pausa" vem em boa hora e não poderia deixar o espectador mais ansioso para o que a série ainda reserva.

Alexandre Luiz

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