O texto abaixo contém pequenos spoilers. Melhor assistir ao episódio antes de ler 😉
Apesar de alguns pontos negativos aqui e ali, os dois primeiros episódios de Gotham foram bem sólidos, mostrando que a série tem para onde evoluir, com uma rica galeria de personagens enfrentando as mazelas que a cidade lhes apresenta. Eis que chega a terceira investida nesta primeira temporada, baseada em um conceito completamente galhofa: um “justiceiro” que mata suas vítimas fazendo-as flutuar pelos céus em um balão meteorológico. Tinha tudo para dar errado. E deu.
Nas semanas anteriores, a série mostrava um universo absurdo, sim, mas com um pé na realidade, uma mistura da abordagem de Tim Burton com a de Christopher Nolan. Aí, em The Balloon Man, parece que Gotham passa a caminhar unindo o diretor de Batman – O Retorno com Joel Schumacher, nome que dá calafrios em qualquer fã do Homem-Morcego. Diálogos ruins, execução equivocada e um vilão que se chamado de “mal escrito” estará recebendo um elogio. Há um pecado grave de roteiro neste episódio que só pode ser conferido em textos amadores. Toda a trama é baseada em um típico caso de “quem matou?” cujo assassino é mostrado em alguns segundos logo no início. Quando Gordon descobre quem é, não há nenhuma ligação do espectador com o sujeito, fazendo o momento soar forçado, como se inserido ali simplesmente pela necessidade da revelação e não por sua relevância.
No episódio passado, a jovem Selina Kyle encerrava a trama com um cliffhanger promissor, descartado sem o menor pudor agora, jogando a personagem para escanteio sem ao menos retornar a ela no terceiro ato. Os protagonistas parecem se comportar como caricaturas e não como os personagens ricos prometidos pelo Piloto. Bullock fica limitado apenas a lembrar Gordon do crime que supostamente cometeu. Barbara dá ao espectador a impressão de estar presa em um looping temporal, em uma subtrama idêntica a mostrada no episódio inicial da série. Fish Mooney planeja dar o golpe em Falcone, de novo. Oswald Cobblepot retorna à cidade (em um dos poucos bons momentos, com ênfase no “crime a cada esquina”) e continua tramando sua vingança, no melhor estilo psicopata da vez, o que não combina tanto com o personagem, mas é a visão de Bruno Heller e uma das coisas que realmente funciona graças à interpretação de Robin Lord Taylor. O difícil é saber até quando a qualidade do ator conseguirá segurar o antagonista, caso daqui para frente os roteiros sigam o exemplo deste The Balloon Man.
Novas figuras são inseridas na história, com Sal Maroni (David Zayas, canastrão e cheio de caras e bocas) aparecendo como mais um concorrente de Falcone. E é só isso que o personagem faz. Pelo menos a trama principal não é totalmente descartável e serve para o jovem Bruce Wayne começar a ter ideias, enquanto o seriado aproveita para estabelecer uma relação “mestre/aprendiz” entre o garoto e seu mordomo Alfred (que começa a funcionar melhor justo no pior episódio até agora). O “Homem dos Balões” passa a ser idolatrado pelos moradores de Gotham e há um nítido paralelo entre o “justiceiro” e o futuro Batman, como se a fagulha para a criação do Morcego fosse atiçada ali. Outra referência é a visão de Jim Gordon para a “justiça com as próprias mãos”. Em que ponto de sua carreira essa opinião será diferente? Apenas quando o Batman surgir? São perguntas que a série poderia abordar com um desenvolvimento menos voltado à exposição exagerada.
Naquela que parece ser a subtrama principal da primeira temporada, Montoya e Allen recebem outra denúncia contra o futuro Comissário de Polícia, que agora terá de dar um jeito de provar sua inocência quanto ao “assassinato” de Cobblepot. Infelizmente, depois desta terceira investida, a pergunta que o espectador se faz é “qual solução fácil o roteiro encontrará para resolver este problema?” Tomara que o caminho seja outro e algo de positivo saia desta situação. Mas The Balloon Man foi vergonhosamente ruim, lembrando as partes mais constrangedores de Birds of Prey (aquela série terrível do começo dos anos 2000, situada no universo do Batman). É injusto julgar um programa por seus primeiros episódios, até porque neste momento a maioria dos roteiros foi escrita pensando mais em fidelizar o público do que em realmente desenvolver seus protagonistas. Mas nem mesmo essa função é bem desempenhada aqui. Tomara que seja apenas um caso isolado e não indicador da qualidade a ser seguida daqui para frente.
Discordo quanto ao episódio ser tão ruim assim. A abordagem de uma Barbara com um passado bastante reprovável, mas que cobra de Jim que ele seja exemplar pode render bastante. Não precisa nem falar também da naturalidade com que a temática homossexual é inserida, coisa que nem de longe vemos nas obras da Marvel.
Discordo quanto ao episódio ser tão ruim assim. A abordagem de uma Barbara com um passado bastante reprovável, mas que cobra de Jim que ele seja exemplar pode render bastante. Não precisa nem falar também da naturalidade com que a temática homossexual é inserida, coisa que nem de longe vemos nas obras da Marvel.
Achei que iria gostar do episódio, pois a primeira cena parecia que o Pinguim estava em São Paulo, isso sim!!
Mas, DETESTEI. Tanto que larguei a série.
Acabei dando chance à ela, mas não me apeguei à nenhum personagem e isso é muito ruim.
Conforme as próximas reviews, vejo se volto em algum momento a ver.
Um episódio bem interessante, com um roteiro bem diferente do que foi apresentado até agora.
Bom saber que a série não tem medo de ousar.
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