Review: Glee – 4x08 Thanksgiving

Chegaram as Seletivas, um dos principais eventos de Glee e geralmente palco para as mais diversas emoções. Mas esse ano elas vieram com um tom todo especial: nostalgia. Se um episódio que começa com um mash-up emocionante de Homeward Bound/Home cantado pelos originais do New Directions não foi capaz de mexer com você, só posso lhe dizer que seu coração é feito da mais dura das pedras. Eu nem gosto da Quinn, mas o momento em que ela reafirma a promessa que eles fizeram de sempre voltar a Ohio nos feriados me deixou com um sorriso emocionado, que se manteve por todo o episódio.

Quando Finn assumiu o lugar do prof. Schue, não duvidei de sua capacidade, e fico feliz que todas as suas decisões com relação ao coral vem se mostrando mais e mais acertadas. Colocar as lendas do Glee Club como mentores dos novatos foi sensacional. Sabemos que os Warblers nunca estão para brincadeira, e o New Directions apesar de ter excelentes vozes, ainda sofre com a perda de seus principais rostos. Do momento que antecedeu a ideia de Finn, só tenho de destacar o encontro fofo no Breadstix, onde cada um dos veteranos expõe suas saudades. Mas claro, a escolha dos mentores e seus alunos também rendeu instantes hilários, como aquele em que descobrimos que Kitty é uma stalker da Quinn ou até mesmo, que Mercedes foi clonada, não é mesmo Brittany?

Como estávamos em pleno feriado de Ação de Graças, o núcleo de New York fez uma ponta no episódio e, diga-se de passagem, eu adorei os momentos de Rachel e Kurt na Big Apple (nenhuma novidade). Os dois não destoam dos acontecimentos principais por terem uma simpatia que vem desde os primórdios da série, e ver que cada vez mais Rachel vem se tornando uma adulta apaixonante (o impasse com Brody não teve mimimi e gostei muito), só me faz sonhar com um spin-off de tudo aquilo (algo me diz que esse sonho não está tão distante). A visita à cidade também nos presenteou com a segunda aparição da fada madrinha do Kurt. Isabelle Wright é outra personagem que me cativou desde o começo, as cenas dela com ele são sempre excelentes e me pergunto: como não amar uma executiva da Vogue que está ansiosa tanto para Os Miseráveis quanto para O Hobbit?

Os mentores fizeram um ótimo trabalho no McKinley. A demonstração do poder da Unholy Trinity com Come See About Mefoi de parar o coração. Quinn, Santana e Brittany são hipnotizantes quando estão juntas. Por falar em Quinn, a bipolaridade que sempre foi destinada a personagem veio para o bem, pois a moça esteve excelente. Nunca tinha visto Quinn tão segura de seus atos, e por mais que a triste conversa entre ela e Santana tenha soado como uma lavagem de roupa suja aleatória, ela veio carregada de uma sinceridade palpável. Santana quis proteger Marley da venenosa Kitty, que deixou claro almejar o lugar de Quinn na escola e, para isso, vai continuar infernizando qualquer um que entrar no seu caminho.

Não poderia faltar também toda a luta dos garotos, principalmente a de Ryder, para aprender o Gangnam Style. Como todo mundo já sabe, sou fã do personagem, mas quem vem ganhando meu respeito é Jake. O cara luta a cada episódio para se livrar do estigma de ser um Puckerman, e abrir mão da dança pela amizade que vem construindo com Ryder, merece uns pontos a mais. Foram excelentes todas as cenas dos dois, e finalmente consigo ver o New Directions na mão deles.

Claro que Seletivas são conhecidas por suas peculiaridades: jurados bizarros e um ou dois corais para nos arrancar boas risadas. Desta vez ficamos com as novas celebridades de Lima como jurados, e com os Menonitas de Rosedale como grupo canastrão. Os Warblers vieram com a mesma sequência que trazem desde a segunda temporada, e me desculpem se estou parecendo um hater barato, mas aquelas versões saltitantes de Whistle e Live While We´re Young me fizeram bocejar de tão repetitivas.

Para mim, os dois destaques do episódio vieram nos momentos finais. Eu ri um bocado do mash-upde Let’s Have a Kiki/Turkey Lurkey Time que abriu a festa organizada por Kurt e Rachel. Ryan Murphy já tinha falado que esse seria um dos números mais engraçados de Glee, e ele não estava mentindo. Os conselhos de Isabelle também estimularam Kurt a seguir em frente, e ele resolveu ligar para Blaine. Numa cena pontual e bonita, aquele momento talvez fosse o que estava faltando para os dois caírem no meu gosto novamente.

Se o melhor sempre fica para o fim, aqui não foi diferente. O sonho de Marley em ser alguém foi recorrente durante todo episódio. Sempre que ela falava em não ser a pessoa que decepcionaria a todos, eu sentia que algo ruim estava para acontecer. Marley não conseguiu escapar da pressão de Kitty e de toda a performance. Mesmo longe de ser um Cliffhanger como o On My Way de Quinn na temporada passada, o desfecho da apresentação com o desmaio de Marley me deixou atônito, e contando os dias para saber como eles vão sair dessa. Alguém ansioso também?

Gleeks gonna gleeks: O plano megaevil da Sue foi bem a cara de Glee, pena que não o vimos em ação.

Gleeks gonna gleeks [2]: Levanta a mão quem quer Isabelle em mais episódios!

Músicas do Episódio


Homeward Bound/Home (Phillip Phillips/Simon & Garfunkel) – Antigo New Directions

Come See About Me (The Supremes) – Unholy Trinity (Quinn, Santana e Brittany)

Whistle (Flo Rida) – Warblers

While We´re Young (One Direction) – Warblers

Let’s Have a Kiki/Turkey Lurkey Time (Scissor Sisters/Promises, Promises) – Kurt, Isabelle e Rachel

Gangnam Style (Psy) – Tina

 

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