Review: Boardwalk Empire – 3x05 You'd Be Surprised

Se eu fiquei surpreso? A resposta é sim, porém o mais estranho é que a surpresa não veio de onde eu esperava. Mais uma semana e mais uma vez Boardwalk Empire repete alguns erros bobos, mas que em nada tira o brilho de um ano até agora irretocável, mas vamos às consequências do último massacre em Tabor Heights, que poderia ter sido evitado se não fossem as pretensiosas decisões do irritante Mickey.

É quase certo que Eli recupere a confiança do irmão, mais cedo do que ele imagina, só não digo que vai acontecer de certeza, pois Nucky está mais imprevisível do que nunca. Cumprir acordos e manter parcerias é bem diferente de ser amigos como bem aponta um enraivecido Rothstein, e o esbranquiçado mafioso quer o carregamento pelo qual pagou de qualquer forma, não importa que meios Nucky tenha de usar para conseguir, o diálogo dos dois foi uma boa abertura para um episódio um tanto quanto lento, mas surpreendente.

Ainda sobre Nucky, eu vou poupar esse texto de comentários mais aprofundados sobre sua relação com Billie, afinal a moça não se encaixou de forma alguma com a trama, a não ser para termos uma certeza, a de que ela é uma Lucy Danziger 2.0 mas sem o apelo da mesma. Só mais uma nota: toda a trama avulsa do musical serviu apenas para vermos um desperdiçado Chalky e seu fiel Purnsley, fazendo o que fazem melhor, intimidar, no mínimo esquecível.

Foi com Van Alden e Margaret que o episódio se manteve firme e por estarem segurando bem as suas tramas, finalmente me surpreendi com os dois. Agora que é um dedicado pai de família é notável o quanto o agente se esforça para manter o que ainda lhe resta de bom, resistindo as humilhações no trabalho mesmo carregando sempre a paranoica sensação de perseguição, agradeço por terem deixado de lado o enfoque em sua religiosidade extrema e optarem por humanizar o personagem com a silenciosa relação que nutre pela mulher e filhos.

O início da relação com Dean O´Bannion foi bem orquestrada, juntaram a antiga impulsividade de Van Alden a violência crua da série, logo o “inocente” assassinato do federal, que começou com a martelada da esposa me deixou espantado, mas em nenhum momento soou forçado. O’Bannion vai ajuda-lo a se livrar do corpo e teremos Van Alden no meio do embate com Al Capone, isso me anima muito, portanto as apostas para um desdobramento no mínimo interessante podem sim ser feitas.

Margaret esteve bem e finalmente comprei sua luta, uma série que se propõe a refletir ou até mesmo reconstruir fatos históricos, pode ter uma personagem forte como ela encabeçando a expansão dos direitos da mulher, afinal a primeira temporada fez isso bem quando á colocou em paralelo com Lucy, portanto trate de voltar para o teatro de quinta que você saiu Billie, Atlantic City já tem uma senhora Thompson.

Outro fato que me despertou a curiosidade foi toda a audição envolvendo uma investigação sobre os mandados de Harry Daugherty, tivemos o retorno do misterioso Gaston Means, fazendo o mesmo que Chalky e a certeza que a corrupção no departamento da Lei Seca está com os dias contados. A nova Boardwalk Empirenada seria sem o seu novo “maddog”, que assusta não só Nucky e Rothstein, como também Luciano e Lansky. Ele teve um curto espaço, mas Gyp Rosetti foi mais assustador quenos quatro episódios anteriores, se é que isso seja possível.

 Rothstein enganou o siciliano direitinho e a nós também é claro. Que acordo que nada, baixar a guarda era só o que ele precisava para iniciar a apocalíptica chacina que encerra o episódio. Se tudo o que havia acontecido em Tabor Heights desde a chegada de Rosetti já havia deixado uma sombra no reinado de Nucky, bastava acabar com o cabeça, ninguém contava com o fato de que Rosetti é ainda mais “sangue nos olhos” do que já aparentava. Tem como se preparar para o que vai vir a partir de agora? Não, basta olhar essa expressão aqui.

P.S.: Tenho quase certeza que Gillian vai ter um insano financiador a partir da semana que vem.

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