Post publicado originalmente no blog RE-ENTER.
São vários fatores que tornam um filme relevante em seu tempo e o fazem entrar para a história do cinema. O Mágico de Oz é um desses longas, não apenas por sua bela história, mas por sua importância técnica.
Para realizar a clássica história, a MGM optou por rodá-la da forma mais cara: usando câmeras Technicolor de três negativos (em RGB, uma pra cada cor), para que o colorido visto na sala de projeção fosse o mais vívido possível. A película foi feita inteiramente a cores e, às cenas no Kansas, foi adicionado o tom de sépia. Por conta disso, O Mágico de Oz tem uma das cenas mais emblemáticas do cinema. Quando Dorothy, interpretada por Judy Garland, chega à Oz, abre a porta de sua velha casa rural e se depara com uma explosão de cores que, nem ela, nem o espectador, jamais havia visto.
Infelizmente, O Mágico de Oz foi um fracasso de bilheteria, quase levando o estúdio à falência, pois essa era a produção mais cara já vista em um filme. Como o longa ganhou três Oscar no ano seguinte, a MGM, para recuperar o dinheiro investido, começou a incentivar projeções do filme nos cinemas por vários anos. No fim, até que funcionou. Porém, foi a partir da década de 50 que Oz ganhou sua legião de fãs. Com o advento da TV, a exibição do filme se transformou numa tradição anual (em época de festas de fim de ano), levando milhões de crianças pra frente da telinha e transformando a produção na mais assistida de todos os tempos, de acordo com a Library of Congress norte-americana.
Claro que na época, os espectadores não puderam desfrutar de seu magnífico colorido. Foi apenas com o surgimento da TV a cores que o impacto visual pretendido pelos realizadores pôde ser desfrutado pela quantidade de gente idealizada quando do lançamento original. Porém, mesmo o fracasso de bilheteria não pôde deixar de transformar O Mágico de Oz num dos marcos que deram início ao cinema como conhecemos hoje.
AMIGOS, UM POUCO DO MÁGICO DE OZ: NÃO HÁ MELHOR LUGAR QUE O NOSSO LAR!
Judy Garland linda … mas a cena sempre me assustou na infância! Por incrível que pareça. Mas a cena (e o filme) envelheceu muito bem.