Volta Priscila é um documentário em série que narra a história do desaparecimento de Priscila Belfort, a irmã do lutador Vitor Belfort, que simplesmente sumiu no ano de 2004.
O programa, tal qual o caso real, acaba deixando muito mais perguntas do que respostas a respeito do destino.
A série documental analisa o que ocorreu com a família após 20 anos do suposto rapto ou morte da menina. O programa se desenrola em quatro episódios, que detalham as investigações do caso que permanece sem solução.
Produção da Pródigo Filmes e Star Plus, teve distribuição da Disney Media Distribution e Disney+, onde está disponível atualmente, diga-se.
O seriado também foi veiculado na TV aberta, na rede Bandeirantes, o popular canal aberto Band.
Um produto da onda de true crime
Esse é mais um dos muito seriados que tenta surfar na onda do true crime que já era popular no resto do mundo e que ganhou muita presença e popularidade no Brasil.
Recentemente houveram filmes ou séries, incluindo Maníaco do Parque, A Menina que Matou os Pais e Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime, também sobre o casos de violência extrema envolvendo esportistas, como em A Vítima Invisível: O Caso Eliza Samudio que versa sobre o ex-goleiro Bruno, além do recente O Caso Robinho, que se originou de um podcast, que antecipou a prisão do rei das pedaladas.
Houve a exploração da história da deputada e pastora Flordelis, em duas oportunidades, no especial da Globoplay Flordelis: Questiona ou Adora e na HBO com Flordelis: Em Nome da Mãe. Ainda no streaming Max, também se destaca o excelente Pacto Brutal, que narra a história da tragédia com a atriz Daniella Perez, entre outros, como os documentários e séries ficcionais sobre João de Deus, sobre o crime que vitimou Isabella Nardoni e claro Bandidos na TV, cuja história era pouco conhecida no sudeste e sul do Brasil, mas que chocou muito todas as plateias ao ser demonstrada na Netflix.
Estética gringa
Todos esses copiam a estética e o formato das produções estrangeira, enquanto esse tem obviamente uma inspiração nos programas de TV dos anos 1990 e 2000, apimentado com teorias sobre o que de fato aconteceu, embora a maioria dessas possibilidades não tenha um grande fundamento.
As teorias parecem tentar florescer sobre uma plataforma tão rasa que chama a atenção de como é mal encaixada, mas não por culpa da equipe de produção e sim do formato, que não descarta nenhuma alternativa, já que o desespero dos Belfort é tanto que qualquer possibilidade que eles possam agarrar é abraçada.
A ficha técnica
O programa é baseado na ideia original de Bruna Rodrigues e Maria Fernanda F. Camargo, tem direção de Eduardo Rajabalky, direção de conteúdo e pesquisa de Bruna Rodrigues.
O roteiro é de Laura Artigas e Nathalia Guinet, roteiro de montagem Thiago Mattar, supervisão de roteiro Gabriela Matarazzo.
O gerente de produção foi Diego Wapñarsky e Priscila Uchôa foi produtora sênior. A fotografia é de Janice D'Ávila.
Javier Castany, Leonardo Aranguibel, Fernando Barbosa, Beto Gauds, Francesco Civita, Renata Grynszpan, Luisa Adegas e Marina Grasso foram produtores executivos e o gerente de desenvolvimento de conteúdo Felipe Ferrari.
O formato do documentário
Os episódios são curtos, com menos de uma hora cada, tem uma cadência semelhante a programas jornalísticos televisivos, ou seja, o formato dele tem mais a ver com os registros dominicais sensacionalistas da tv aberta que passavam no SBT, Band ou Record e menos com os seus pares de true crime, que emulam o formato estrangeiro.
A sensação que fica é que o programa é meio aquém do esperado, já que tenta mostrar um mistério portentoso, até reúne algumas novas informações sobre o caso, mas não conclui muito.

Quem fez:
Eduardo Rajabally é conhecido por trabalhos documentais, como de 1981: O Ano rubro negro, Amazônia Desconhecida, Vida em Movimento além das séries Até que a Morte nos Separe e Outros Tempos.
Bruna Rodrigues trabalhou em várias funções de produção, como em Minha Vida é um Circo, a série Palavras Permanecem, O Barato de Iacanga e na série Quebrando o Tabu.
Artigas escreveu a série Missão Design, Quebrando o Tabu, Desengaveta, Sociedade do Cansaço e os filmes O Ponto Firme e Herchcovitch; Exposto.
Guinet escreveu episódios de Compro Likes, Science grand format e Nova, colaborou com o texto de Venice 70: Future Reloaded.
O Crime
O crime aconteceu no Rio de Janeiro, a cidade natal da família Belfort.
Priscila sumiu após um dia de trabalho, na Rio Esportes, uma empresa pública que trabalhava pela candidatura da cidade como sede olímpica, que viria a ocorrer apenas 12 anos depois, em 2016.
O registro mostra a intimidade de Priscila, o cotidiano de sua família e como Vitor Belfort se casou com a musa Joana Prado, que era conhecida como Feiticeira.
Ambos estavam no auge da fama, na época próxima do casamento, já que Prado vinha do sucesso no Programa H, enquanto Vitor, segundo consta o documentário, era parte da elite, do top 5 atletas da época.
Além deles, é mostrado o núcleo familiar mais interno e íntimo, no caso a mãe Jovita e o pai Zé Marcos, que foram casados durante muito tempo, mas se divorciaram após o nascimento dos dois irmãos, Vitor e Priscila.
Os entrevistados
Entre os entrevistados estão o promotor Andre Luis Cardoso, o chefe da personagem-título Guilherme Campos, a tia Cassia Vieira, o irmão de Joana e ex-assessor do casal Tiago Prado, as amigas de Priscila Fabiana Bentes e Joana Stewart, além de jornalistas que cobriram Ana Carolina Torres, Marcos Nunes, a pesquisadora Bruna Rodrigues, os jornalistas Fábio Gusmão, além dos apresentadores televisivos o "Leão" Gilberto Barros e Sônia Abrão.
O nome da série é em atenção a campanha homônima, de uma época em que ainda se acreditava que Priscila sumiu de maneira voluntária, procurando fugir de algo desconhecido.
Ao menos pareceu isso para a família, que claramente, queria acreditar que ela escolheu sumir.

Durante a narrativa se apresentam várias pistas falsas, que além de não ajudar na solução do processo, ainda destroem a expectativa da família.
Um desses despistes foi uma cabeça encontrada na Baía da Guanabara, que acreditavam ser dela, mas obviamente não era.
A carga sentimental e os enganos
Sobre esses momentos, há de destacar obviamente a forte carga sentimental de Jovita, Vitor e Joana Prado quando falam sobre as desilusões e desesperanças do caso.
É notório que mesmo passados tantos anos eles ainda sentem essa dor na alma e no coração.
No entanto todas essas pistas são apresentadas com tanto desânimo no momento em que são citadas que imediatamente desmobilizam o espectador.
Não há qualquer dúvida de que esses momentos são fraudulentos, já que não há um esforço mínimo para criar uma atmosfera, também não há como nutrir expectativa.
Não se trabalha para deixar o espectador curioso, minimamente.
Nesse ponto, é até injusto comparar esse Volta Priscila com os programas vespertinos de domingo, pois no Melhor do Brasil ou Domingo Legal haviam matérias que entusiasmavam mais do que esse drama proposto.
A impressão que fica é que a ideia é mesmo atingir uma sensação espiritual baixa. Falta verve e emoção
Os episódios seguem mostrando Vitor ganhando um cinturão, usando a camisa da campanha e saindo do ringue com um grande vazio sentimental.
Joana e Leão dizem que ele se deprimiu e se perdeu, mas não há grande diferença dramática na forma como é levado o episódio, fora a mera descrição de outras pessoas.
Não ajuda o fato de Vitor Belfort não ser uma pessoa que se expressa bem. Ele não tem muito vocábulo, tampouco é expressivo.
Como bom lutador, ele é duro e resoluto, como uma pedra de mármore ou uma chapa de aço. Há como tirar mais de uma entrevista e aqui isso fez muita falta.
As outras tentativas de enganar
O seriado também mostra outros despistes, como uma menina parecida com Prisicla, que apareceu em Limeira, mas a ideia dela ter "só" fugido não prospera.
Até se cogita a chance de ter tido o envolvimento do traficante Gerinho, um bandido que era ligado a crimes de raptos e sequestros, com base de operações no Morro da Providência, que é uma favela próxima do Centro do Rio.
O segundo episódio é disparado o melhor, exatamente por conta de mostrar a investigação na Providência.
O documentário narra a história de uma senhora que disse saber de detalhes de Priscila e do rapto, mas também dá a sinalização de que a mesma fez isso apenas para paquerar o delegado.
A forma como se retrata a invasão ao morro da Providência
Mostra-se inclusive uma invasão à favela que custou uma vida inocente.
É bizarro o erro de planejamento, mas é curioso que ninguém da família Belfort lamenta pela vida perdida, que foi um óbito de alguém que nada tinha a ver com essa história.
Volta Priscila tem 4 episódios para refletir sobre o sumiço e possível morte da personagem-título, mas a menina preta e favelada, ganha segundos de exposição e nenhum momento para lamentos.
O dono do morro Dão e o traficante Gerito são procurados e jamais são achados, mas os próprios entrevistados da família não ligam muito para essa questão, já que suspeitam de outra figura, que seria guardada apenas para o último capítulo, em outra decisão que também não ajuda o formato do seriado.
Não se dá tempo para digerir a possibilidade mais plausível, ficando quase que só a mera menção e o fim anunciado do programa.
A intimidade familiar
Outra parte rica da abordagem são os detalhes a respeito da intimidade da família.
É dado que o pai queria que os filhos fossem esportistas e sua aposta deu certo, afinal, Vitor foi um lutador de alto rendimento, ganhador de troféus e cinturões.
O mesmo não pode se dizer de Priscila. Segundo Jovita e Vitor, ela não gostava de jogar, mesmo que praticasse tênis eventualmente, tal qual o pai. A "protagonista" da série preferia se expressar por meio da arte, também tinha facilidade para lidar com tecnologia, com computadores etc, mas ela gostava mesmo era de pintar.
No entanto, na hora de prestar vestibular, mirou um curso mais "quadrado", não ligado a arte. Escolheu arquitetura. Cursando a faculdade, chegou a morar fora do Brasil, em um intercâmbio, mas a experiência não foi boa, já que ela deu azar de ser recebida por uma família muito fria, em uma cidade próxima de Nova York.
Não se fala sobre nenhum tipo de abuso, no máximo houveram alguns inconvenientes na época, mas eles dizem que ela voltou outra pessoa do estrangeiro.
Sensação de solidão
Isso conversaria com a sensação terrível de inadequação e de viver em função dos outros, especialmente do irmão caçula, embora da parte dela, jamais tenha havido uma reclamação clara sobre isso.
Como ela é descrita como carinhosa, tímida e risonha, era bem capaz que ela se sentisse mal com tudo isso, evitando ainda assim uma rotina de reclamação, por acreditar que isso seria uma ação de inconveniência, de caráter cabotino.
Até a opção por arquitetura, ao invés de algo relacionado à arte mira essa característica, ela sempre pensava em possibilidades realistas, mesmo que sua família tivesse condições ela não queria investir em algo que gostasse e sim algo que facilitasse ela ter trabalho.
Todas essas ideias, segundo Jovita, tinham a ver com a orientação do pai e o que ele queria para Priscila.
Ainda segundo os parentes, a menina era boa aluna, sempre foi o orgulho da família, enquanto o irmão levava bomba na escola frequentemente.
Com a fama e a ascensão de Vitor, tudo se inverteu, e talvez essa mudança tenha despertado algum ciúme nela.

A exposição midiática negativa
Uma exploração bem encaixada do seriado foi a demonstração de como parte da mídia defenestrou Priscila, associando a desaparecida a uma série de crimes jamais comprovados.
Foi dito que ela tinha contato com traficantes e, inclusive, que fazia uso de drogas — um fato que, segundo testemunhas, jamais foi comprovado.
Curiosamente, Pacto Brutal também desbarata a ideia de que Daniella Perez tinha um caso com seu assassino, Guilherme de Pádua.
É bastante sintomático que vítimas femininas sejam tratadas como culpadas, mesmo quando perdem a vida em crimes famosos.
Elaine, a nova suspeita
Também se fala de uma nova suspeita, chamada Elaine, uma mulher que diz que tinha ligação com o bandido Gerito, que sabia onde estava o corpo de Priscila, mas na hora de indicar onde estaria o cadáver, tentava despistar os policiais, indicando espaços de terra vazios.
Não fica claro da parte das autoridades se ela mentiu ou se estava apenas delirando.
Ela poderia sofrer algum tipo de problema de neurodivergência, mas não se chega a nenhuma conclusão a respeito de seu quadro clínico.
Uma pessoa abnegada
Um dos tentos positivos do seriado é a reflexão sobre como Priscila se anulava para tentar agradar as pessoas de sua família.
A conclusão que se chega é que ela possivelmente sofria com depressão. Ao perceber que seu querido irmão vencia e ela não, tentou arrumar algum ofício em função da carreira de Vitor.
Quando o lutador foi montar uma academia nos Estados Unidos, ela simplesmente foi, mostrando assim ela outra vez abre mão de si pelo próximo, indo inclusive para fora do país, mesmo depois dos traumas vividos no intercâmbio que fez para a mesma nação onde ela sofreu seus primeiros sintomas de depressão.
O diário e a intimidade
Também se faz uma leitura mo diário dela, onde se destacam suas reclamações em tons melancólicos, lamurias que dizem que somente ela se ama.
A conclusão de que ela se sentia diminuída mesmo e nem Jovita, Vitor ou outro parentes percebeu isso.
O desfecho e o namorada da época
O último capítulo começa com as contradições já citadas sobre o discurso de Elaine. Se lamenta que a polícia tenha focado tanto nessa questão e menos nos depoimentos e possíveis ligações do sumiço com o ex-namorado de Priscila Belfort.
O até então namorado de Priscila jamais é citado, provavelmente por receio de receber processo, já que o sujeito não tem nenhuma rede social ativa.
De acordo com matérias da época, ele é Luiz Cláudio Corrêa Fortes, filho de Márcio Fortes, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro e ex-presidente do BNDES.
O comportamento do rapaz foi considerado estranho e suspeito pela família. As dúvidas sobre ele surgiram depois que alterou as possíveis versões para o desaparecimento da namorada.
De primeira, ele afirmava que Priscila foi sequestrada, mas, três anos depois, mudou o discurso e disse que ela desapareceu voluntariamente.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo o Estadão, em 2007, Luiz seria chamado para prestar novo depoimento sobre o caso, mas isso não ocorreu.
Um aborto?
Faltam respostas para a família e também para o documentário. A ligação do ex-namorado é uma possibilidade que parece consistente, mas carece de maiores ligações de fato.
A teoria mais defendida é que ela pode ter morrido após um aborto mal sucedido, mas não se abre muito sobre isso.
A delegacia da Polícia Civil quebrou vários sigilos telefônicos, mas na hora de pegar o do namorado, recuaram, demoveram essa necessidade, de maneira repentina inclusive.
Depois que a polícia vai na casa dos Belfort, as amigas Fabiana Bentes e Joana Stewart foram ajudar Jovita a mexer no quarto bagunçado da filha.
Foram na verdade fazer um favor, já que a mãe estava bem mal, sem condições de mexer nos objetos e pertences da filha possivelmente morta.
Elas descobrem que levaram um computador notebook mas deixaram o desktop, que estava quase zerado. Ele foi simplesmente formatado, não tinha mais nada.
A última pessoa que mexeu ali, fora Priscila, claro, foi o namorado tinha ido dias antes lá, para pegar um disquete.
O documentário e as testemunhas sugerem que ele apagou tudo, todo o registro de conversas, em chats, aplicativos etc. Não havia qualquer registro, nem mesmo fotos antigas, que certamente ela guardava.
As surpresas do namorado
Nem ele e nem ninguém da Polícia Civil deram depoimentos aos documentaristas, tudo em relação a esse namorado é misterioso e retirado de material de arquivo.
Ele se assustou ao saber que ela tomava remédios controlados. Dessa forma, fica a interrogação sobre terem embriagado ela, para fazer algum procedimento clínico clandestino.
Ainda assim, diante dessas possibilidades, há divergências entre a família.
Jovita defende que o ex-namorado pode sim ser culpado, mas o Zé Marcos não leva a sério essas suspeitas, basicamente por conta dele jogar tênis eventualmente contra o próprio.
Ora, como poderia alguém simpático e educado, de boa família e índole fazer algo contra a filha de Zé Marcos? É um pensamento ingênuo e pueril.
Os momentos finais focam demais na solidão de Priscila, que pode ter sido agravada por ter sido deixada de lado em detrimento de Vitor, embora essa possa ter sido só uma impressão mal digerida dela.
Não há tantos argumentos a favor dessa possibilidade. Ela pode ter mencionado esse como apenas um dos fatores de se sentir pouco prestigiada e não como a causa maior dos próprios infortúnios.
A mensagem edificante e a tentativa de emocionar
Ao final se tenta dar uma mensagem positiva, que coloca a mãe enlutada como líder de uma organização que luta em prol dos desaparecidos e das famílias, de quem ficou.
Também é mostrada uma reunião dos parentes vendo vídeos antigos de Priscila, que visam apresentar aos filhos de Vitor e Joana as fitas com a tia que não conheceram.
Para gente próxima da família, isso deve ser emocionante, mas para o público geral é infelizmente muito comum, além disso, é bem improvável que essas crianças não tenham visto aqueles vídeos caseiros antes.
A tentativa de parecer algo singular faz tudo soar tão artificial que beira o cínico e o genérico.
Outra questão é que falta contraponto. Como o namorado e as autoridades da Polícia Civil do Rio de Janeiro, os policias de São Gonçalo ou da cidade onde o ex-namorado tinha casa de praia não falam ao documentário, não há nada que entre em contradição com a família e com as suas conjecturas.
Falta o mínimo de retratar o outro lado, essa é uma obra de um lado apenas e é assim não por opção, o que é uma pena, claro, além disso não ser inteira culpa de produtores e idealizadores do projeto, já que houve um convite recusado.
Não há conclusão para a história, o que é trágico e se mira a tentativa de mais uma vez reabrir o caso, para investigar o tal suspeito, embora as provas contra ele já tenham possivelmente expirado e prescrito.
Reabertura do caso e conclusão
Se fala inclusive que o caso foi reaberto, mas informações sobre isso são desencontradas. Há material que indica que ele foi reaberto em 2022, também há declarações de pessoas da família, como Joana Prado, de que em breve haverá novidades, mas nada de concreto foi revelado, trazido ou noticiado na imprensa.
Aparentemente a ideia do especial é causar rebuliço para pelo menos marcar o sujeito como culpado ou suspeito e nesse sentido, pode ser que haja algum êxito.
Há saber se haverá algum novo desdobrar dessa história, mas o documentário em si é insosso, sem identidade, beirando um exercício de vaidade de alguns dos familiares, sobretudo Vitor e Joana.
Volta Prisical é salvo pelos depoimentos de Jovita, que parece de fato ser a pessoa cuja vida foi interrompida e jamais retomada desde então. Ainda assim, é pouco, resulta em um esforço de dar alguma publicidade sobre o caso, serve de desabafo e de expurgo para a família, mas nada acrescenta a solução, pelo menos não até o momento.