Do top ao flop. Não sou tão fã de episódios tributos, e sendo ele inserido uma semana antes da season finale, nem posso dizer que vou mudar meus conceitos agora. Felizmente a enxurrada de músicas aleatórias que sempre acompanham este esquema de homenagem, não se sobrepôs ao desenvolvimento da trama. O problema mesmo é que a correção necessária para lidar com a falta de Finn, meio que trouxe plots que só não são mais dispensáveis, por terem me feito rir do resultado, e é Mer(da)cedes a encarregada de nos guiar pelo tributo à Stevie Wonder, de quem eu sinceramente não conheço nenhuma música.
Faltando pouco para chegada das Regionais, Will resolve trazer (mais uma vez) antigos integrantes do New Directions com o intuito de elevar as técnicas vocais e dançantes do coral. Mas se Mike chega com a humildade que sempre teve para ensinar uns passinhos a mais pro Jake, Mercedes é um poço de arrogância ao reclamar da comemorativa performance de Kitty e meio que de forma indireta dizer que todos ali estão abaixo dela, pois afinal ela está prestes a lançar um CD solo e veio como um suporte vocal. Ainda nesta trama do CD, o subsequente fracasso por Mercedes não conseguir dar uma de Preta Gil e exibir mais pele no encarte, me fez rir do nonsense e baixou um pouco a bola da moça que sempre foi um pé-no-saco quando escolhia encarnar a diva interior. Voltar pra vender seu produto na porta da igreja foi a saída mais sensacional do roteiro, ela bem que mereceu.
Eu me lembro do quanto eu detestava Kitty no começo da temporada, só que atualmente ela sempre se sobressai no texto e nas situações onde é inserida. O lance do segredo de Artie com a entrada na Academia Cinematográfica do Brooklyn despertou ainda mais minha simpatia por ela e me fez vibrar ao notar que logo logo o cadeirante vai estar por Nova York. A participação de Katey Sagal como a mãe do rapaz, foi outro bom destaque. É Ryan Murphy e a mágica de conseguir atores tão grandes em relances mínimos, porém pontuais.
Por mais que a súbita virada na maleficência de Cassandra tenha incomodado muita gente, eu comprei de coração aberto a redenção da megera. Se fez sentido? Claro que não, mas quantas vezes Sue não agiu da mesma forma? Eu só queria mesmo que tudo tivesse sido um pouco mais trabalhado e que não tivessem forçado a barra com o a dança das duas. Vez ou outra a gente embarca nas maluquices de Glee e só se importa mesmo com as piadas venenosas dos aprendizes de Cassandra, afinal ouvir que Mammie Gummer seria uma ameaça ao nariz de Rachel na Broadway me deu um breve ataque de risos.
Burt é um dos extras de Glee que sempre me deixam com um sorrisão, no entanto eu achei meio chato o surto repentino do Kurt antes dos exames, já fico feliz que nada disso tenha durado tanto. Quando eu exalto a simpatia de Burt, basta exemplificar com o excelente diálogo entre ele e Blaine sobre as dificuldades de um casamento na juventude independente da opção sexual, fica aqui a lembrança de que o título de melhor pai continua com o senhor Hummel.
Semana que vem a gente se despede da nossa série favorita, que não teve uma reta final tão memorável, mas tem tudo para encerrar o seu quarto ano como o melhor em toda sua trajetória. Preparem a torcida pelas Regionais, já que os Hoosierdaddies e sua Frida Romero estarão on fire. É uma tarefa difícil, mas o New Directions tem uma forma invejável. “Go New Directions!”.
Músicas do Episódio:
Signed, Sealed, Delivered I'm Yours (Stevie Wonder) – Kitty.
Superstition (Stevie Wonder) – Blaine, Marley e Mercedes.
I Wish (Stevie Wonder) – Jake.
You Are the Sunshine of My Life (Stevie Wonder) – Kurt.
Uptight [Everything’s Alright] (Stevie Wonder) – Cassandra.
Higher Ground (Stevie Wonder) – Mercedes.
For Once in My Life (Stevie Wonder) – Artie.
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