Uma guerra sem troféus não seria de verdade. O episódio da semana foi sobre os chamados despojos, que nada mais são do que recompensas dadas aos vencedores de uma grandiosa batalha. Mesmo que a retomada de Sinuessa não tenha sido tão grandiosa assim, a tensão se manteve bem no início do episódio, para dar lugar a comemoração de Crassus e Caesar que veio bem ao estilo Spartacus. Antes disso vamos ao momento onde eu achei que a gente se despediria de Gannicus (sendo um dos meus favoritos já faz um tempo).
Tentando não ser redundante ao tecer comentários elogiosos, como não se empolgar novamente com as sequências de ação que abriram essa hora? É impossível não achar que a qualquer momento uma lança ou espada vai atravessar um dos rebeldes líderes e quando Gannicus decide ficar para atrasar as forças de Crassus eu previ o fim. Porém, o romano que está mais para passista, samba mais uma vez e ataca Spartacus pela rota de fuga. Um adendo para a primeira troca de olhares épica, pois foi de arrepiar!
Crassus passou mais da metade do episódio distribuindo troféus e cumprindo acordos. A sua ambição começa a se fortalecer de forma hedionda ao proferir um festival de carnificina com os rebeldes sobreviventes. Tiberius ficou na vingança contra o pai estimulada pela inveja crescente que sente por Caesar. Continuo apostando que Kore é sua mãe e o rapaz vai perder mais do que o chão quando essa bomba explodir.
Quando cada uma das tramas pareciam que nem iriam convergir, o destino de Laeta chega como um belo paralelo aos tempos de Gannicus, Spartacus e companhia na casa de Batiatus. A marca que Heracleo deixa na romana só decretou a sua alcunha de escrava. Gannicus e Sibyl formam um belo casal, mas o romance na série é tratado ao seu jeito e o encontro dos dois com Laeta só me empolgou ainda mais, pois o tributo a Caesar já cheirava a tragédia.
A dizimação foi sim mais animalesca, porém o esquartejamento numa “brincadeira” de cabo de guerra com um rebelde servindo de corda não ficou muito atrás. Não simpatizo nenhum pouco com Caesar e para mim ele poderia ter ido dessa no presente dado por Tiberius, infelizmente a História não o deixa morrer. Bem triste isso. A humilhação diante do suicídio do escravo já seria o bastante (Crassus driblou bem a situação), mas Gannicus não perdeu a chance de ferir Caesar mais uma vez. Uma fuga digna de um Deus da Arena.
Falta pouco para o fim da série e se o desolador cenário que encerrou o episódio for o palco do último confronto entre Crassus e Spartacus é certeza que vamos ganhar um dos momentos mais lindos e brutais da televisão. Aquele embate de titãs prometido na première agora está para acontecer, sem arrodeios, com sacrifícios e carregando o selo Spartacus de qualidade.
P.S.: Alguém mais se lembrou da Muralha e dos Patrulheiros da Noite? “Crassus is coming!”.
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