Quer saber o que nossa equipe separou para recomendar essa semana? Confira logo abaixo e se prepare para passar um bom tempo conferindo essas ótimas dicas!
X-Men 1: A Panini começou em outubro a fase Marvel Now, a resposta da Casa das Ideias aos Novos 52 da DC Comics. A diferença para o reboot da Distinta Concorrente é que os títulos não reiniciam os personagens, mas servem de ponto de partida para novos leitores. Neste quesito, duas revistas se destacam: All New X-Men e Uncanny X-Men, ambas escritas por Brian Michael Bendis, autor que sempre merece a atenção dos fãs de HQs. Aqui, ele cria uma situação inusitada a partir de eventos mostrados anteriormente. Ciclope se tornou renegado após matar o Prof. Xavier e se uniu a Magneto, Magia e Emma Frost, formando uma equipe mais violenta e radical de mutantes. Prevendo uma catastrófica guerra entre os Homo superior e os humanos, Fera traz os cinco X-Men originais do passado para o presente, a fim de mostrar para Ciclope que ele está errado e que o sonho de Xavier está em risco. A Panini vai unir os dois títulos em X-Men, revista mensal nas bancas a partir deste mês de novembro. É uma ótima leitura para quem não é iniciado na longa saga mutante, já que tudo que você precisa saber é explicado à exaustão nos primeiros números (fator que distrai um pouco depois de um tempo, mas não prejudica a leitura). Bendis não tem preguiça de escrever, por isso ambas as revistas contém uma quantidade de diálogos acima da média, mas que são de ótima qualidade. Questionamentos sobre a o preconceito e as medidas extremas tomadas por Scott Summers fazem parte do primeiro arco e vão evoluindo para outros temas. A arte também contribui, principalmente em All New X-Men. É bom saber que as duas revistas se comunicam entre si, mas Uncanny só foi lançada a partir do número 8 de All New, ou seja, fica difícil saber como a Panini vai lidar com isso. Revista em formato americano, com 68 páginas a 6,50.
Trilogia Conflitos Internos: Essa trilogia chinesa está entre as melhores que já vi em minha vida. Para quem não sabe, esses três filmes serviram de base para o premiado longa de Martin Scorsese Os Infiltrados, que é um bom filme, mas por ser apenas um longa para resumir três filmes, perde um pouco quando comparado ao seu material de origem. A trilogia conta a historia de dois infiltrados, um policial em uma das gangues criminosas mais procuradas da China, onde o objetivo é juntar o líder com provas o suficiente para pegá-lo em flagrante, e um infiltrado da gangue na polícia, onde este vaza informações sobre as investigações que estão ocorrendo, só que nenhum dos dois infiltrados sabem sobre o outro e a partir daí a trama se desenvolve de forma muito boa, contando através dos longas, a história desses personagens, e desenvolvendo eles até chegar ao momento final, onde todo mundo tem que pagar pelo que fez.
Munique: Revendo esses dias, a sensação que me veio quando o longa metragem terminou foi exatamente a de “EITAPORRA!!!!”. Porque esse não é só um filme maduro que destoa de toda a filmografia do Spielberg, como é a partir de agora, considerado por mim, sua melhor obra. Munique, dirigido por Steven Spielberg não só é um trabalho arriscado que foca diversas nuances de um fato real mais que tenso, como é uma obra narrativamente perfeita. O domínio de câmera do diretor já veterano quando começou o projeto (o filme foi lançado em 2005) não só pode ser comparado com a maestria de Brian de Palma com uma câmera, como pode ser considerado em alguns momentos algo superior, mas não ao trabalho de De Palma, superior a carreira inteira de um diretor conhecido por sua técnica impecável, desde seu primeiro longa. É tão bem orquestrado, que em meio à trama angustiante, você consegue criar um carisma interessante pelos personagens, tudo uma mescla da belíssima e incomum trilha sonora de John Williams, que aqui não só deixa de lado as raízes temáticas e épicas, como faz um trabalho inteiro introspectivo e detalhado no de manos, ao invés do mais. A fotografia é um primor, a montagem é absurda de genial e conduz o filme de 3 horas fazendo parecer que tem apenas 10 minutos. É uma película que merece um olhar atento, que se feito apropriadamente, causará o mesmo efeito que causou em mim, um “EITAPORRA!!!!” sairá esbravejado pelos seus pulmões.
Foxygen - We Are The 21st Century Ambassadors Of Peace & Magic: Um disco feito para qualquer um, com um adendo: se você é fã de Rolling Stones, Bob Dylan, The Beatles, The Kinks, David Bowie, The Stooges, e todo e qualquer tipo de rock clássico e bom, você com certeza se apaixonará por esse release. Lançado no começo de 2013, o segundo álbum completo do Foxygen (também considerado como primeiro, já que o debut é tido como um EP) traz os melhores elementos que uma boa banda precisa ter, passeando por sons lisérgicos e deturpados, caminhando por entre acordes simples e refrões que grudam recordando de uma maneira mais sutil e natural que em seu primeiro trabalho os sons que tanto homenageia, a banda reúne um conjunto de faixas que não ficam em constante mutação, mas que trazem os elementos de homenagem, de uma forma mais apropriada e resumindo ritmos e estilos a faixas isoladas formando assim um conjunto épico do que as bandas referenciadas tem de melhor, mas com um ar original. É uma das obras-primas de 2013, vale mais que a pena. Faixas em destaque: No Destroction, San Francisco, Shuggie, Oh Yeah.
Trilogia Jogos Vorazes: Se no passado, os futuros distópicos criados em exemplares clássicos como 1984 de George Orwell, ou Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley se mostravam como uma literatura mais sisuda e nenhum pouco acessível ao público infanto-juvenil, no ano de 2008, a escritora norte-americana Suzanne Collins, estava prestes a causar um revés sensacional nesta marca, ao lançar o primeiro livro da trilogia Jogos Vorazes. Visivelmente inspirada nas obras já citadas, mas também inserindo uma crítica a sede do seu próprio país pela guerra (com as centenas de jovens perdidos no Iraque) e pelos infindáveis realitys shows (que chegam a fincar o pé no próprio exploitation atualmente), Collins criou um sombrio conto que remonta desde os gladiadores e a política do pão e circo em Roma (o país do futuro pós-apocalíptico nos livros se chama Panem, não por acaso), até a necessidade insurgente de sempre termos que criar um mártir para nos guiar em épocas sombrias.
O diferencial de Jogos Vorazes está justo no seu escopo narrativo. Construído sobre um único ponto de vista e em primeira pessoa pela personagem principal, a jovem Katniss Everdeen, temos um olhar adolescente sobre os horrores que dominam o mundo do livro. Katniss é a junção de todos os anseios que um jovem guarda aos 16 anos, porém a mesma deve aprender a moldar sua própria realidade com as mudanças do seu mundo pessoal. Na Panem dividida em 12 Distritos, todos os anos uma Colheita de jovens (entre 12 e 18 anos) é feita para lutarem até a morte nos chamados Jogos Vorazes. O porque da terrível competição ser patrocinada pelo governo local – a temida Capital – vai sendo construído minuciosamente por Collins na figura de um perigoso déspota conhecido apenas por Presidente Snow.
Mesmo sendo taxada como uma obra infanto-juvenil, a trilogia Jogos Vorazes não abre mão do tom soturno que chega a chocar pela crueza com que Collins desconstrói Katniss e Panem. Uma verdadeira e sincera ode a um futuro que de tão real, assusta, pois se pararmos para pensar, ele está quase batendo a nossa porta. Se surpreenda, se emocione e prepare-se para pensar por dias ao terminar o último livro. Você decididamente não estará preparado. O box com os três livros pode ser encontrado aqui.
Sempre tive vontade de ler Jogos Vorazes, mas não tinha certeza se era realmente bom, talvez agora eu compre.
Cara os livros são muito bons. É quase impossível não devorar todos eles em uma semana.
Melhor ainda se comprar pelo link ali a cima =)