Batman - Xamã: A Panini está lançando nas bancas um encadernado com o primeiro arco da revista Legends of the Dark Knight, que existiu de 1989 até meados dos anos 2000. A proposta da publicação era trazer histórias que não precisassem da cronologia vigente para serem apreciadas. Vários arcos mostravam o Homem-Morcego em início da carreira, outros no presente e até vislumbres de possíveis versões do Batman no futuro. Xamã, que contempla do número 1 ao 5 da revista, não deve figurar na lista de melhores histórias do personagem, mas é escrita por Dennis O'Neil, um dos principais nomes responsáveis pela revitalização do Cruzado Encapuzado, muito antes de Frank Miller redefini-lo nos anos 80. Só por isso, já valeria conferir o conto, mas, além de tudo, é uma boa história do Batman, principalmente para quem não está interessado em supersagas ou no atual estágio do herói, pós-Novos 52. A primeira parte contextualiza a trama durante alguns eventos de Ano Um, com o artista Edward Hannigan até buscando uma certa emulação do traço de David Mazzuchelli. Mas, a partir da segunda parte, é dado um salto temporal de 6 meses, com Batman no momento em que está aperfeiçoando suas técnicas. Ele não é o amador da origem recontada por Miller, mas também não é o vigilante implacável que o leitor está acostumado. Com um leve toque de misticismo e comentário social (sobretudo quanto ao abuso sofrido por resquícios de tribos indígenas), marcas registradas do texto de O'Neil, deve agradar os fãs do Morcegão, já que também se sai bem no tom violento e urbano que confere às noites de ronda do protagonista, valendo a aquisição entre outros encadernados mais clássicos. Tomara que a Panini se anime a publicar outros arcos da extinta LotDK, bem melhores inclusive, como Gothic, de Grant Morrison, por exemplo, essa sim, no top 10 de muitos leitores. Aqui no Brasil você pode encontra-la na Comix.
A Culpa é das Estrelas: Quantas histórias sobre o câncer e a luta dos envolvidos na batalha brutal contra a doença, nós já não ouvimos, lemos, ou assistimos? Muitas seria a resposta mais adequada. E por mais que possa parecer desumano, eu dizer que este “muitas” tende a cair no lugar comum, a gente sabe que é a verdade.
Tentando e conseguindo com louvor mostrar um lado diferente sobre o tema, o autor norte-americano John Green – a voz dos jovens, mais idolatrada da atualidade – trás em A Culpa é das Estrelas, uma sincera e emocionante versão, por assim dizer, da mais dura realidade, num conto sobre esperança e a falta dela, na visão de quem menos se esperaria tê-la: dois jovens “sobreviventes” da doença.
Hazel Grace e Augustus Waters tiveram tudo o que se espera de uma adolescência comum, só que ao contrário. Ela, uma potencial paciente terminal desde criança. Ele, um futuro brilhante no esporte, roubado pelo mesmo ladrão que sugou a vida de Hazel, o câncer. Ao entrarem, numa incomum relação, os dois passam a dividir a visão peculiar que cada um tem do mundo a sua volta e aos poucos percebem que a desesperança que por muito tempo fez parte dos seus futuros, é o maior combustível para viverem o presente.
O maior trunfo de John Green em A Culpa é das Estrelas, é que ele não poupa, ou ameniza a situação degradante pela qual seus personagens estão destinados a passar. Mesmo assim, para tornar tudo menos pesado, o humor negro toma conta de boa parte da trama, trazendo não só Hazel e Gus, como também uma gama de personagens simpáticos e bem escritos, que pasmem, nunca soam unidimensionais, mesmo a narrativa sendo em primeira pessoa – no caso, do ponto de vista de Hazel –, o que fortalece ainda mais a história.
A literatura jovem, ainda sofre muito preconceito desde o fadado e insuportável sucesso da “saga” Crepúsculo, mas se o futuro do gênero estiver nas mãos de autores como Green, saibam que mais obras memoráveis estarão por vir. Duvidam? Se sim, ou mesmo se não, leiam A Culpa é das Estrelas e juntem-se a legião de fãs, será impossível segurar as lágrimas ao fim de cada pensamento maroto da jovem Hazel Grace. O livro pode ser encontrado neste link aqui.
Lego Senhor dos Anéis: Se existe um brinquedo que agrada a todas as idades este é o Lego. Devido a tal sucesso, a empresa começou a expandir e entrou no mercado de jogos eletrônicos e recentemente chegou ao cinema, e minha dica de hoje é uma junção destes três. Em Lego Lord of The Rings somos levados mais uma vez a Terra Média onde o jogador irá "refazer" os passos da sociedade para conseguir destruir o anel e derrotar Sauron. Apesar de ser o jogo mais sério da franquia, ele ainda mantém suas tiradas e piadinhas que acabam tornando a experiencia mais divertida. Outros pontos fortes são a melhoria considerável nos gráficos em relação aos demais jogos feitos pela empresa, a utilização das vozes originais dos atores que fizeram os filmes e os cenários que, além de serem um show a parte, estão muito maiores e fazem jus ao universo criado por Tolkien. Além do modo história há o modo livre no qual depois de concluir a parte principal você pode andar livremente por toda a Terra Média e jogar novamente capítulos da parte principal para completar todos os desafios que o jogo propõe, como encontrar novos personagens e ajudá-los em algumas tarefas, além de coletar itens escondidos e resolver quebra-cabeças. Em resumo, a Lego, juntamente com a Traveller's Tales, acertou novamente e traz mais um ótimo jogo que agrada a todos. Você pode encontrar o jogo para compra neste link aqui.