Quinta-feira Violenta (Thursday): Este é daqueles filmes dos anos 90 que, provavelmente, jamais sairiam do papel não fosse a impulsionada que Quentin Tarantino deu no cenário independente, fora dos padrões estabelecidos pelo mainstream, com seu Cães de Aluguel. O longa em questão é escrito e dirigido por Skip Woods, que anos depois, inexplicavelmente, cometeria o roteiro de X-Men Origens: Wolverine, Hitman e Duro de Matar 5 (!!!). A trama toda se passa durante a quinta-feira do título, quando um criminoso, vivido por Aaron Eckhart resolve visitar um antigo parceiro, agora tentando viver honestamente como arquiteto, interpretado por Thomas Jane. O reencontro acaba em desastre quando o primeiro esconde drogas na casa do segundo, que, quando descobre, em um ataque de fúria, destrói os narcóticos. O problema é que um sem número de personagens perigosos estão atrás dos pacotes. Violento, lotado de muito humor negro e de vilões (se é que existe algum herói nesta história) que subvertem as expectativas, com destaque para o "estupro" sofrido pelo protagonista, em uma sequência sensual e perturbadora que divide com Paulina Porizkova, Quinta-feira Violenta não é um filme para qualquer um. À época de seu lançamento não foi bem aceito por vários críticos, que o acusaram de ser racista e absurdo. Hoje, adquiriu o status de cult, merecidamente. É um tapa na cara pela crueza como mostra a violência, ao mesmo tempo que diverte com situações realmente absurdas, mas coerentes com a natureza dos personagens da trama. O DVD do filme pode ser encontrado neste link aqui.
Pushing Daisies: Imaginem vocês, se o universo de Amélie Poulain, de um modo bizarro, se juntasse com alguma das fábulas mais características do Tim Burton, e de um modo ainda mais apaixonante tomasse a forma de uma história tragicômica de amor com elementos pulp. O tal híbrido que surgiria dessa salada existiu numa curta, porém marcante sobrevida, lá no ano de 2007 e atendia pelo nome de Pushing Daisies.
Idealizada pelo injustiçado (e incompreendido) Bryan Fuller, Pushing Daisies contava a história de um jovem fazedor de tortas que tinha o dom de trazer os mortos de volta a vida com um simples toque, ao mesmo tempo em que poderia tirá-la se o fizesse novamente. A série abrilhantou ainda que por duas curtíssimas temporadas, a grade do canal ABC e angariou fãs por todo o mundo, ao fazer de Ned (o carismático Lee Pace) e de todas as curiosas figuras que rodeavam o restaurante Pie Hole, verdadeiros poços de inventividade e excentricidade, como a undead girl Chuck (Anna Friel), a platônica Olive Snook (Kristin Chenoweth) e o detetive ranzinza Emerson Cod (Chi McBride).
Contando com uma produção toda estilizada – com direito a narrador onisciente e aos cenários mais surreais –, que trazia Ned, Emerson e Chuck resolvendo os assassinatos mais bizarros ao passo que tinham de lidar com o segredo do primeiro, Pushing Daisies antes de qualquer coisa, era um conto sobre vida e esperança além da aparentemente definitiva morte. Uma série para ver, rever e se sentir feliz a cada resolução absurda de um crime ainda mais esdrúxulo, no maior estilo Scooby-Doo. Melhor, uma lembrança de quanto a TV conseguia ser original.
A primeira temporada pode ser encontra neste link. E a segunda neste link.
Survivor: Muitas séries e reality shows perdem o fôlego após alguns anos, mas esse não é o caso de Survivor, que mesmo após 27 temporadas ainda consegue se renovar e manter uma média de audiência de 9 milhões, um feito realmente admirável para um programa que está a tanto tempo no ar. A edição e produção do programa sempre foram primorosas e as escolhas dos locais onde as gravações acontecem são sempre certeiras. A escolha dos participantes geralmente é acertada e a ideia de sempre trazer participantes amados ou odiados de outras edições torna o jogo ainda mais interessante para os telespectadores. Além do mais o programa é um grande estudo social em que podemos ver as ideias e decisões que as pessoas são capazes de tomar para tentar vencer o jogo. Outro pró do show é que é extremamente divertido ver quando algum participante, criando todo um plano de jogo, achando que está manipulando os demais, quando na verdade ele está sendo enganado e quando nota o que estava realmente acontecendo já é tarde demais para se salvar. Para sobreviver no jogo os participantes tem que estar sempre atentos aos competidores e sempre fazendo boas leituras dos demais para ver se eles estão mentindo ou não. Dito tudo isso Survivor é basicamente um jogo de xadrez no qual quem fizer os melhores movimentos e prever melhor os futuros tem maiores chances de ganhar.
Caramba, que louco! Nunca tinha ouvido falar de Quinta-Feira Violenta, achei a premissa interessante pra caramba. Verei com toda certeza e quanto antes!
Já Pushing Daisies eu tentei ver uns anos atrás e acho que fui com expectativa demais por conta do hype, acabei me decepcionando. Achei a ideia genial, mas não gostei da série…
Pushing Daisies é realmente incrível! Muito amor por esta série.
Ela tem todo um ar de conto de fadas, cenários incríveis….foi muito bom acompanhar essa série semana a semana.
Concordo plenamente Mariana!