Review: Arrow S02E21 - City of Blood

O texto abaixo contém informações relevantes sobre o episódio. Não são necessariamente spoilers, mas talvez seja melhor ler apenas após assisti-lo.

City of BloodDepois do final bombástico do último episódio de Arrow, talvez os fãs esperassem uma sequência agitada, com Oliver partindo de vez para o ataque a Slade, motivado por vingança. Mas o que série entrega ao espectador é o exato oposto com este City of Blood, carregado de cenas fortemente emotivas e lidando, principalmente, com os efeitos que a morte de Moira Queen trouxe para sua família e para a cidade.

Como se tornou o único candidato a prefeito, Sebastian Blood assume o cargo ao mesmo tempo que os remanescentes da família Queen lamentam a morte de sua matriarca, cada um a seu modo particular. Thea assume as rédeas do luto, já que Oliver desaparece, deixando Diggle e Felicity preocupados a ponto de pedir ajuda a Amanda Waller, uma adição interessante à trama, já que a personagem até aqui serviu apenas para expandir o universo do seriado, não desempenhando grande importância para o andamento da história principal. Quem retorna também é Walter Steele, dividindo boas cenas com Thea. A garota, aliás, se mantém firme quanto a sua posição contra os segredos que levaram a toda tragédia, culpando o irmão, como já era de se esperar. O roteiro dá um jeito de amenizar isso em uma sequência bastante dramática e que não soa forçada, em boa parte pela interação entre Stephen Amell e Willa Holland.

A tensão no episódio é toda construída aos poucos, em um ritmo até lento, se comparado com o que é de costume na série. Novas informações são adicionadas, como um segundo esconderijo do Arqueiro, algo que provavelmente será mais abordado na terceira temporada, já que, aparentemente, o antigo local de operações do justiceiro não ficará mais acessível. Uma das falhas no roteiro, inclusive, é a conveniência deste novo local justo quando a boate Verdant deixa de ser administrada por Thea, mas esse tipo de situação didática é comum em séries de TV aberta, principalmente as do CW.

Mesmo quando o normal é utilizar a força, City of Blood nada contra a maré. Em uma cena de interrogatório, por exemplo, ao invés de Diggle surrar o suspeito a fim de obter informações, é Felicity quem faz as perguntas, enquanto encontra uma forma criativa de incentivar o sujeito a contar o que precisam saber. Ao mesmo tempo que Blood e Oliver também partem para um confronto de palavras, em oposição a um corpo-a-corpo. Assim, o espectador fica ansioso, bloco a bloco, para saber quando o episódio irá atingir seu ápice, seja com uma cena devastadora, algum segredo revelado ou um ataque surpresa de Slade. É bem no final, no entanto, que tudo começa a entrar em ação, o que acaba deixando um gancho angustiante para o que virá a seguir.

De todos os momentos emocionais que City of Blood proporciona, vale destacar a participação de Laurel, que finalmente exibe pistas de que está se tornando a personagem que os fãs queriam desde o começo. Há uma situação particularmente interessante que também adiciona um novo elemento na dinâmica do seriado e que certamente terá ramificações na próxima temporada no que tange ao “Time Arqueiro”. A garota também protagoniza uma de suas atitudes mais inteligente na série, provando que o sangue de policial herdado de seu pai fala mais alto quando a situação exige. É de se pensar que, com o devido treinamento, Laurel pode mesmo se tornar uma Canário até melhor que Sara, que se beneficia mais de suas habilidades físicas do que da inteligência.

City of Blood

Como já era esperado, este antepenúltimo episódio da segunda temporada soa como a primeira parte de um season finale gigante que precisou ser dividido em três. Por isso, seu andar mais lento funciona também como preparativo para as duas partes restantes, além de, falando de forma lógica, economizar orçamento para usar cenas grandiosas no episódio derradeiro. Nem por isso, no entanto, deixa a desejar, muito pelo contrário, uma vez que, por focar mais nos personagens e no estado emocional que se encontram, pavimenta de forma muito mais humana e natural o desafio que terão de enfrentar na batalha final contra Slade.

Obs.: Antes que alguém diga que os roteiristas esqueceram que Oliver está com o joelho fraturado, prefiro acreditar que ele está agindo sob fortes analgésicos.

2 comments

  1. Heber de Gregori 5 maio, 2014 at 08:35 Responder

    Eu era um que pensei que este episódio seria melhor, não só por mais cenas de ação, mas a meu ver ele poderia ter sido melhor em vários sentidos.
    A começar por Oliver não ir ao velório da Moira. Não vi muito sentido nisso, ele poderia der tido seu momento pensativo de ‘acho que vou me entregar’ naquele momento e ter desaparecido na recepção, acho que a história seguiria da mesma forma.

    Depois a Laurel resolve suspeitar do Blood. Sério? Que indícios ela tinha a mais do que há alguns episódios atrás? Só se eu perdi alguma cosia, mas acho que nenhum. Tanto é que inventaram aquela história de pressentimento de filha de policial. Talvez ela poderia ter tido ao menos uns dois episódios para ter tido essa suspeita, investigado e descoberto o envolvimento do Blood com o Slade. Já que foi com isso que ela conseguiu convencer Oliver de não desistir.

    Os pontos altos do episódio, no entanto, estão na cena de Oliver e Thea; (Finalmente apareceu aquele amor fraternal a que fomos apresentados lá nos primeiros episódios da primeira temporada)
    Laurel salva o dia; (Já era hora dela se destacar um pouco e acompanhar o ritmo dos outros personagens principais)
    Slade já tinha tudo planejado; (Sequencia genial de cenas na delegacia e no aeroporto e pelas ruas da cidade – Tirando o fato de que: De onde surgiram as máscaras? e: Tinha tudo aquilo de prisioneiro em Iron Heights?)

    Teve ainda a aparição da Isabel Rochev devidamente caracterizada como uma vilã, que vamos combinar, ficou muito legal.

    Amanda Waller só fez sentido nesse episódio por duas razões: Talvez o time arqueiro vá precisar de uma ajudinha afinal ou precisam lembrar a audiência que a personagem existe (e junto com ela o esquadrão suicida) e virão com uma história maior na próxima temporada.

    E por fim, mas não menos importante. Não vou perdoar o furo no roteiro mágico que fez o Oliver curar o joelho hehehehehe. A não ser que ele tenha se injetado Mirakuru. Mas… acho que não né?

    Abraços

  2. Heber de Gregori 5 maio, 2014 at 08:54 Responder

    Eu era um que pensei que este episódio seria melhor, não só por mais cenas de ação, mas a meu ver ele poderia ter sido melhor em vários sentidos.
    A começar por Oliver não ir ao velório da Moira. Não vi muito sentido nisso, ele poderia der tido seu momento pensativo de 'acho que vou me entregar' naquele momento e ter desaparecido na recepção, acho que a história seguiria da mesma forma.

    Depois a Laurel resolve suspeitar do Blood. Sério? Que indícios ela tinha a mais do que há alguns episódios atrás? Só se eu perdi alguma cosia, mas acho que nenhum. Tanto é que inventaram aquela história de pressentimento de filha de policial. Talvez ela poderia ter levado ao menos uns dois episódios para ter tido essa suspeita, investigado e descoberto o envolvimento do Blood com o Slade. Já que foi com isso que ela conseguiu convencer Oliver de não desistir.

    Os pontos altos do episódio, no entanto, estão na cena de Oliver e Thea; (Finalmente apareceu aquele amor fraternal a que fomos apresentados lá nos primeiros episódios da primeira temporada)
    Laurel salva o dia; (Já era hora dela se destacar um pouco e acompanhar o ritmo dos outros personagens principais)
    Slade já tinha tudo planejado; (Sequencia genial de cenas na delegacia e no aeroporto e pelas ruas da cidade – Tirando o fato de que: De onde surgiram as máscaras? e: Tinha tudo aquilo de prisioneiro em Iron Heights?)

    Teve ainda a aparição da Isabel Rochev devidamente caracterizada como uma vilã, que vamos combinar, ficou muito legal.

    Amanda Waller só fez sentido nesse episódio por duas razões: Talvez o time arqueiro vá precisar de uma ajudinha afinal ou precisam lembrar a audiência que a personagem existe (e junto com ela o esquadrão suicída) e virão com uma história maior na próxima temporada.

    E por fim, mas não menos importante. Não vou perdoar o furo no roteiro mágico que fez o Oliver curar o joelho hehehehehe. A não ser que ele tenha se injetado Mirakuru. Mas… acho que não né?

    Abraços

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