Depois uma estreia apenas boa, Krypton mostra uma enorme evolução em termos de história e de personagens
Após um primeiro episódio-piloto apenas bom, Krypton mostra a que veio, e temos, acima de tudo, um ótimo desenvolvimento dos personagens e da história.
Na verdade, podemos dizer que House of El é um episódio focado nas relações dos personagens, e como isso vai se interligar na trama para situações futuras.
Começa com a relação entre Seg e o terráqueo Adam, que envolve momentos de óbvia desconfiança do primeiro em se tratando do segundo. Afinal, depois do ocorrido no episódio anterior, o que Seg busca é uma vingança cega, e nada mais.
Parte para a relação pra lá de conflituosa entre Lyta e sua mãe casca-grossa Alura que, pela primeira vez, consegue demonstrar um sentimento materno de afeto e preocupação, mostrando uma personagem com mais camadas do que se supunha.
E, por fim, temos a relação de Seg com o passado da sua família, o que justifica o título deste episódio, e que aproveita para fazer ligação que o grande vilão que a série está construindo até então: Brainiac.
Só que, além dele, o programa está conseguindo explorar muito bem outro vilão (este, mais palpável à realidade da Terra), que é o sistema ditatorial e militarista que reina em Krypton. É verdadeiramente representativo quando o Exército começa a planejar um massacre aos plebeus do local apenas porque uma célula terrorista está infiltrada neles.
E, isso tudo é muito bem amarrado em termos de roteiro, e potencializado por uma competente trilha sonora, que apesar de, às vezes, ser intrusiva, funciona na maioria das cenas importantes.
Apenas algumas piadinhas fora de hora que dão um tom meio rocambolesco à trama, que poderiam ser evitadas, ou, pelo menos, inseridas de maneira mais orgânica nas situações.
Mas, no geral, ótimo crescimento da série de um episódio para o outro, abrindo ainda mais o leque de possibilidades que ela pode ter ao longo de várias temporadas (quem sabe?). Personagens com carisma e história poderosa os realizadores de Krypton têm em mãos. Basta que utilizem bem.
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