Review: Krypton S01E03 – The Rankless Initiative

A série avança muito bem, com momentos que transmitem uma sensação real de perigo e urgência

Para quem começou de maneira tímida, quase modesta, até que Krypton está se saindo melhor do que a encomenda. E isso se deve a diversos fatores.

Primeiro, a construção dos personagens. O gradativo desenvolvimento deles faz com que nos importemos cada vez mais com seus destinos, não somente do protagonista, Seg, mas, de quase todos em geral. Cada um tem a sua motivação, e isso deixa a trama mais interessante a cada episódio.

Segundo, um subtexto político bem interessante. Principalmente neste episódio, ficou bem claro como as autoridades de Krypton agem de maneira truculenta e desproporcional, sob o pretexto de destruírem o grupo terrorista Black Zero. Porém, o que levam para a população pobre do local é tanto, ou mais, terror do que o tal grupo.

E, terceiro, a proximidade de um grande inimigo. Sim, Brainiac está cada vez mais perto, e sua ameaça já começa a se materializar na história. E, é aí que reside um senso de urgência e de perigo que, muitas vezes, falta em muitos filmes de super-heróis, em especial, nos da DC. Neste episódio, há um clima genuíno de tensão no ar, o que nos mantém interessados na história o tempo todo.

Uma das sub-tramas mais legais continua sendo de Lyta, que fica entre a obediência cega do exército de Krypton e o equilíbrio e a reflexão de não usar a sua autoridade de maneira arbitrária em suas interações com Seg e com sua mãe, Primus. Outro que merece destaque é o terráqueo Adam, cada vez mais participativo na história.

Algumas atuações e diálogos, é verdade, ainda comprometem um pouco o resultado, em especial Cameron Cuffe, que ainda precisa de um “pouco mais” para provar que é o protagonista. Mas, é provável que, com o passar do tempo, esses aspectos melhorem. Vale destacar os ótimos efeitos visuais que, mesmo aparecendo relativamente pouco, quando aparecem, convencem.

Com personagens cada vez mais interessantes, uma trama enxuta e redonda na medida certa, além de “algo a mais” em termos políticos e sociais, Krypton está se configurando como entretenimento de primeira, mesmo que seja uma série relativamente simples, fazendo o bom e velho “feijão com arroz”.

Deixe uma resposta