Centrado em ótimos personagens e outros nem tanto, o penúltimo episódio dessa temporada foi apenas “ok”
Oitava temporada quase no fim, e os roteiristas de The Walking Dead parecem ter resolvido fechar muitas arestas de núcleos anteriores. O problema é que isso inclui um desfecho morno de um ótimo personagem (o Simon), ao mesmo tempo em que dá atenção para outros simplesmente insuportáveis (Eugene).
O episódio já se inicia com (finalmente) Rick lendo a carta deixada por Carl, e, convenhamos, sem muitas surpresas em relação ao conteúdo dela, não? Afinal de contas, uma das grandes intenções de Carl sempre foi a paz entre Rick e Negan.
Só que, a partir desse núcleo, seguem-se outros bem chatos e que deixam o episódio arrastado. Exemplo disso são os momentos em que Aaron insiste até o fim pela ajuda daquela comunidade formada só por mulheres, ou mesmo as vergonhosas aparições de Eugene (que, por sinal, já deveria ter saído da série há tempos).
Sem contar que outros personagens da série parecem ter piorado bastante com o tempo, como, por exemplo, Daryl, que executa um plano estúpido de sequestro a Eugene, com execução totalmente capenga. Mas, também, depois de Daryl ter “destruído” o plano de Rick, não se espera mais nada de bom desse personagem (infelizmente).
Pra compensar, há o bom e tenso núcleo entre Negan (que retorna para os Salvadores), Dwight e Simon, conspiradores, digamos, em “lados opostos”. Tudo bem que o desfecho de um deles poderia ser mais catártico, mais intenso, porém, os desdobramentos da relação entre os três proporcionam momentos bem interessantes lá pelo final do episódio.
Talvez, o grande problema dessa sub-trama de Dwight ser um agente duplo é que demorou em demasia para Negan descobrir todo esse jogo. Havia indícios suficientes para o atual vilão da série descobrir a respeito das ações clandestinas de Dwight. Mas, é aquela história: antes tarde do que nunca. O estranhamento é que, como a “descoberta” se deu em apenas um episódio, tudo pareceu meio corrido.
Inclusive, interessante também notar como, aqui, tudo começa e termina com as cartas de Carl (tanto com o Rick lendo o que o seu falecido filho tinha a dizer, quanto o Negan escutando o que o garoto deixou pra ele como “último pedido”). Uma construção de roteiro, entre dois personagens antagonistas, que dá a entender que o desfecho dessa temporada pode ser, no mínimo, inusitado.
Ao final, bom episódio, que deixa no ar certo interesse para o desfecho da temporada, mas, ainda assim, bem aquém, se comparado com o penúltimo episódio das anteriores.
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