Review: Krypton S01E06 – Civil Wars

Uma boa história precisa dosar bem as suas revelações, as suas tensões e os seus momentos de impacto. Isso é o que se espera de uma trama para que fiquemos minimamente interessados nela. É isso, por exemplo, o que The Walking Dead abandonou há tempos. E, é isso o que estamos tendo em Krypton.

 

Indo direto ao ponto: a revelação feita ao final do episódio anterior (a relação entre Lyta e o General Zod) serve como uma espécie de “premissa” para desencadear outras revelações, e que serão primordiais para a história daqui pra frente, o que foi uma escolha de roteiro acertada, pois, deixa o campo, daqui por diante, com diversas possibilidades.

Nesse momento, por sinal, a narrativa está cada vez mais frenética e empolgante. Enquanto Seg, Lyta, Adam e Zod tentam procurar um jeito de derrotar Brainiac (sem dar muitos spoilers, digamos que esse ”jeito” é, no mínimo, radical), Daron-Vex e Jayna-Zod precisam planejar um atentado contra a Voz de Rao, o que, possivelmente, trará melhores dias a Kandor (capital de Krypton).

A grande sacada da trama é ir um pouco além das obviedades para manter o interesse na história. Por exemplo: aqui temos um assunto bem espinhoso, mas, que na série é tratado de maneira bem sóbria, que é a doutrinação religiosa envolvendo a figura da Voz de Rao, um ser quase divino aos olhos dos mais inocentes.

Outros aspectos mais generalistas são abordados neste episódio, como saber a iminência de um futuro trágico, e não fazer nada para mudá-lo. Nesse aspecto, também se questiona qual o valor dos ideais para alguém  (o próprio Superman é questionado por ser um imigrante que, aparentemente, abandonou a cultura de sua terra natal).

Tudo isso não necessariamente profundo (afinal, nem daria tempo para desenvolver esses temas da maneira devida, visto que cada episódio possui apenas 40 minutos de duração). Mas, é interessante ver como, no pouco tempo que é disponibilizado, os roteiristas estão conseguindo encaixar pequenos detalhes que deixam a história mais interessante, de maneira bem orgânica.

Este episódio mesmo não para um segundo, e o senso de perigo e urgência é imposto em cada cena, até mesmo nos momentos mais “calmos”, como nas conversas entre a Voz de Rao e a menina que perdeu a mãe nas mãos de uma das sentinelas de Brainiac. O final do episódio dá um belo gosto de “saber o que vem a seguir”.

Em suma, mais um episódio de Krypton que passa a sensação de dever cumprido.

Redação

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