Review: True Blood – 6x06 Don't You Feel Me?

Sem espaço pra remorsos. Parabéns True Blood, é assim que eu gosto de você, se recuperando magistralmente do episódio mais fraco da temporada com uma hora divertida, eletrizante e inspirada. É fácil classificar “Don't You Feel Me?” como o verdadeiro ponto de virada deste sexto ano. Nele tivemos despedidas, revelações, alianças, sequências WTF e uma afunilada nos plots para entregar a finale que, segundo o Tio Buck,vai trazer a série de volta às suas origens definitivamente. Se semana passada eu reclamei muito do romance milenar e injustamente de algumas tramas que pareciam seguir o caminho covarde de antigamente, hoje eu estou de coração aberto, e sinceramente até comprei moderadamente a afliceta de Sookie por Warlow, afinal, a desculpa com o “dangerous whore” foi tão genial que a piada pronta despontou como a cereja que faltava nesse delicioso rebirth da série.

A resolução do cliffhanger no lago foi manjada e serviu de prólogo para viagem de Sookie e seu stalker apaixonado ao plano das fadas. Não vou começar com mimimi sobre o lance do teleporte ou sobre o porquê da (sa)fada não ter usado a luz exorcista no Lafa antes de mandar Warlow  fazê-lo, mas já aviso que atentei pra essas piruetagens providenciais do roteiro. As pontuais expressões do cozinheiro Mãe de Santo ao descobrir as novidades do vasto universo racial de Bom Temps valeu cada minuto no laguinho, e eu ri demais. Felizmente a fuga luminosa patrocinada por Sookiezita chamou a atenção de Billith, que despertou para o real perigo. A aterradora visão nos Campos do Governador está próxima de acontecer, e Jess já está nas mãos da LAVT. Notar que Bill se importa de verdade com sua cria somou alguns pontos a mais na escala de simpatia do profeta enrugado.

Sobre o corte de tramas desnecessárias, adianto logo que aparentemente os roteiristas estão querendo reduzir o contingente do núcleo mais desnecessário da série. A lobinha Emma foi embora com a avó feia (que só não tem mais ruga que o Bill), e aos poucos eu vou enxergando a possibilidade do maldito bando de Alcide ser cortado pela raiz. Sam e Nicole ficaram só na promessa de uma trama que fizesse coro ao governo de ódio patrocinado por Burrell e Sarah. O metamorfo devia voltar pro Merlotte’s e continuar garantindo o salário fantasma de Sookie ao invés de partir nessa jornada chorosa com a ativista. O ultimato de Alcide pra ele vai ser esquecido já no próximo episódio, e lá se vai termos de escutar a ladainha do packmasterde novo. Se não há cura para esse câncer, deviam exterminar todos eles de uma vez. Sou radical.

O que já é sensação, não deixa de ser maravilhoso! Mais uma vez todas as sequências da disputa entre os vampiros e a LAVT nos Campos foram espetaculares. Eric e Pam juntos na arena de Burrell só poderiam resultar nos costumeiros momentos épicos do clã Northman. A cara de medo de Steve Newlin ao ficar sob o olhar do viking foi hilária. Quem também se empenhou para entrar na prisão foi Jason, e torno a dizer que o personagem está em sua melhor forma. Me diverti com a entrevista no alistamento e mais ainda quando ele deu um esbrega em Sarah, só não esperava que a Zuleidinha piriguete mostrasse o lado bitch vingativo de forma tão rápida e certeira. Eu pensei que Burrell cantaria de bad guy por muito tempo, mas é Sarinha a verdadeira megaevil. O teste de cópula com Jess e o vampiro James (desculpa Jason, mas eu já shippo os dois) foi constrangedor, e a tortura psicológica só reforçou a falta de escrúpulos da loira do mal.

Burrell também tentou um destaque, mas a gente percebe que os atos deles são movidos mais por vingança do que propriamente por ambição. Eric sempre fica por cima da carne seca e não baixa a cabeça para nenhum insulto, só que a LAVT e o Governador sabem seus pontos fracos.Usar Nora daquele jeito foi tão terrível quanto o que fizeram com Jess. Simpatizo muito com a moça, e a relação fraternal dos dois é tão real que fica fácil se emocionar diante do desespero de Eric. O retorno das doenças sanguíneas como arma contra os vampiros foi outra coisa que me deixou encantado. Nora sobrou para o primeiro teste, porém Burrell está batizando todo o novo estoque de Tru Blood com o vírus da Hepatite V desenvolvido nos campos. A conspiração foi desmascarada graças à ajuda da nova baby-vamp. O sangue de Godric tem mesmo poder, pois tanto Willa quanto Tara são jovens e mais astutas que Jess, o orgulho de Eric ao ver o sucesso de Willa em resgatá-los foi de deixar qualquer um com um sorriso no rosto.

Como tudo o que é vilão tá virando a casaca, Bill colocou sua parte divina contra parede só para ouvir um sermão bem dado por Lilith. Servindo mais uma vez de chapeado para forças maiores, o vampiro guarda pelo menos a vantagem de ter mais poderes que qualquer um dos seus inimigos. Logo, turbinado com sangue sundown, o rugoso partiu para enfrentar Burrell cara a cara. A chegada motherfucker na mansão do Governador e a cena em que ele chacina os seguranças de Burell a la Magneto foi bem eficiente. Fiquei espantado e curioso quando Billith dá um fim brutal ao vilão, a referência à hidra caiu bem, e agora Sarah Newlin tem todo o sistema dos campos sob o seu comando. Alguém duvida que a bitch vá tocar o terror lá dentro?

Quando mencionei uma injustiça da minha parte, estava me referindo ao pré-julgamento que destinei à trama de Terry. Se eu soubesse que a despedida do cara mais malucão de True Blood seria tão de repente, eu teria ficado calado. Desde Adele e Godric, nunca tínhamos tido uma morte tão significante em termos de valor sentimental. Eu sei que Terry era coadjuvante, mas a leveza de sua interação com Arlene, Andy e todos no Merlotte´s sempre foi legal. Um bom exemplo é a conversa sobre chaves (recheada de duplo sentido) que ele teve com Lafa. O conforto, ou melhor, o adendo, é que pelo menos Terry se foi feliz e longe de todo o horror que enfrentou na guerra. Ponto para essa partida que vai deixar saudades (Alcide devia ter ido no lugar dele), mas é necessária ao andamento da série em si.

Para o fim, eu reservo uma menção primorosa às cenas avulsas e sexuais no plano ofuscante das fadas. Lá, descobrimos que Sookie não é boa em matemática (super relevante), que ela está disposta a se assumir como vadia (o melhor de tudo) e que néon é sinônimo para orgasmo mágico. Sério, True Blood sempre inova nas variantes sexuais de suas criaturas, mas a transa de duas fadas vai ficar marcada no cânone da série como o WTF mais engraçado de todos. Sookiezita, minha querida, tá liberada agora né?!

P.S.: Andy dando o nome a fadinha número 4 foi bonitinho.

P.S.2: Acho Holly divertidíssima, e a participação do seu amigo vampiro gay é das gags do roteiro que me fazem amar True Blood.

P.S.3: Será que ainda explicam as discípulas de Lilith fantasiadas de menstruação?

P.S.4: Ainda estou triste, mas vamos lá, R.I.P. Terry Bellefleur.

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Comentários

4 comments

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    Júnior Silva 28 julho, 2013 at 18:36 Responder

    Ai que episódio belo!
    Mas, em primeiro lugar, tenho que expor minha profunda ingratidão com a morte de Terry, awn ele era tão fofo, por que as pessoas fofas tem que morrer? (Warlow é fofo, então não matem ele =p) Sei que semana passada ele tava ZzZzZ… e por isso já percebia que era uma justificativa para um fim dele, mas não queria =/ Foi muito lindo ver ele e Carmit (sdds PCD) juntos, depois da passivamp hipnotizá-lo, eles poderiam ficar felizes, mas felicidade ali não dura, então veio o tiro, que ele mesmo buscou e nem lembrava mais, ver Carmit chorosa feat. dengosa foi a morte. E lá se foi um bom personagem, e só pra lembrar, fofo.
    Enquanto isso em Jogos Mortais, parece que as coisas estão fluindo para uma reviravolta, duvido, mas parece. Foi lindo ver aquela puta tremer na base diante de seu "macho comedor vingativo e cheio de ódio", em busca de vingança e de Jess, diante ainda de uma ameaça sambista. Mas quando o recalque é grande, ninguém segura, então ela queria que ele visse levar chifre e pianinho na frente dos demais. Jess e seu novo amigo pisaram mais uma vez não fazendo nada. Morra bitch!
    Erik e Pam, sabia que não iam brigar, ali é amor (mesmo que não pareça). Foi horroroso ver a agonia dele e de sua irmã diante da morte dela, já estava preparado pro pior, mas eis que surge a nova vamp, que ja me conquistou, dando novos planos de fuga aos dois. Tara mulher você é uma ótima amiga =)
    Bill não perde nunca minha admiração (certo teve uns tempos que ele estava mal), mas sinto sua bondade em ajudar seus irmãos e sua filha, foi lindo a cena de todos os guardas atirando no outro, gritei. E o pai de Wila, degolado, tudo bem, a melhor morte vai para ela, a "crente do hot kooo".
    Por último, deixei as fadas ♥ .Foi tão cremoso as cenas deles dois, eu quero que eles fiquem juntos (jogue pedras, já estou preparado). Eles nem foram o foco do episódio mas foi muito intenso, principalmente no final xD.

    ps1: Kylie sempre se mostrando uma pessoa boa e amiga, além de companheira.
    ps2: Alcide e Sam gostei da cena, mas totalmente por fora, tudo bem, pelo menos a fase ZzZzZz… deve ter acabado, espero.
    ps3: As Lilliths nucam tomam vergonha na cara e se rapam, cansei
    ps4: Chorei quando a filhotinha chorou
    ps5: Nem lembrava mais que Jessica era virgem pra sempre xD
    ps6: Se, e somente se, um dia eu criar coragem pra fazer o mesmo que Sookie e Warlow fizeram, quero que saia luzes em neon e muito glittler, seria uma ótima motivação *-* (enfim, dexa pra lá kkkkk)

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    José Guilherme 28 julho, 2013 at 19:08 Responder

    Eitaaa Boca, ousadia pura as sensações que o episódio despertou em você! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Ri alto por aqui. A gente só tem de comemorar o quanto True Blood voltou a ser essa série boa e divertida, mesmo com momentos tristes como a despedidade de Terry!!

    Tô gostando sempre do comentário fiel! o/

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