Uma guerra entre Titãs. A série épica mais aclamada dos últimos anos (acredite, ela consegue ter um apelo maior que Game of Thrones) volta para o seu derradeiro capítulo e a julgar pelos dois episódios exibidos, podemos esperar uma despedida em grande estilo. Spartacus surgiu quieta e aos poucos foi angariando inúmeros fãs e dando notoriedade ao até então desconhecido canal Starz. Mesmo enfrentando sérios problemas como a morte prematura do seu protagonista (o saudoso Andy Whitfield), os produtores não tiveram medo de dar continuidade ao trabalho que começaram. E é essa ousadia com os pés no chão, que vem garantindo uma série madura, mas que nunca quis levar a tão divulgada alcunha de PNC (nem preciso dizer o significado), ou seja, ela é antes de tudo compromissada apenas com o entretenimento.
Sem mais delongas, War of the Damned já começa em meio a mais uma batalha da rebelião dos escravos, com toda brutalidade a que temos direito, descobrimos que Spartacus aumentou seu exército exponencialmente depois da luta contra Glauber no monte Vesúvio e está prestes a acabar com mais dois generais romanos. Desesperados e acuados frente ao poderio devastador do líder dos escravos, os generais pedem ajuda a Roma e é aí que conhecemos aquele que com certeza será o inimigo mais poderoso que Spartacus já enfrentou, o político Marcus Crassus.
O primeiro episódio foi excelente e conseguiu delimitar bem as semelhanças entre Crassus e Spartacus. O patrício romano é tão justo e astuto quanto o antigo gladiador, e é por pensar como Spartacus, que ele se mostra uma ameaça tão urgente. As cenas em Roma foram um espetáculo (o custo de produção aumentou consideravelmente, ponto para o Starz), assistir todas as declarações de Crassus sobre o sentido da escravidão, conferiu uma simpatia que nunca existiu em Glauber. Como toda temporada da série tem que ter o/a bitch, o papel caiu como uma luva para o ambicioso Tiberius Crassus. O filho de Crassus se mostra tão venenoso quanto os moradores do nosso conhecido ludus em Capúa e vai ser capaz de qualquer coisa para ascender em Roma.
No acampamento dos escravos, os problemas como a fome e o inverno que se aproxima, foram os temas principais. O melhor de tudo foi vermos o quão forte é o comando de Spartacus, que pasmem consegue dar ordens a Crixus, Agron e mesmo em pequena escala a Gannicus (ainda fanfarrão ao protagonizar a cota de sexo com um 4Some bem Spartacus). Depois de mandar a cabeça dos dois últimos inimigos para Roma e descobrir que o império designou um general ainda mais poderoso, Spartacus percebe que o seu povo deve encontrar um lugar mais seguro que os campos abertos, a melhor opção é o saque a cidade portuária de Sinuessa en Valle.
Com Wolvesat The Gate, a organização e a crueldade do exército de Spartacus tomou boa parte do seguimento ao plano de tomada de Sinuessa. Foram ótimos diálogos e tomadas excelentes, mas o maior destaque veio das questões levantadas por alguns personagens. A romana Laeta era claramente contra ao regime opressor imposto aos escravos (assim como Crassus) e foi essa nova percepção sobre os romanos que fez Spartacus ser mais cauteloso e sentir pesar pela primeira vez (muito bom o momento em que ele vê uma família morta logo após o saque). Instalados em Sinuessa talvez eles tenham alguma chance contra as hordas que se aproximam.
Essas hordas vêm sobre o comando de Crassus, que conseguiu o apoio do senado graças a um conhecido nome, o jovem Julius Caesar. Não gostei muito do personagem (ele é explosivo como Crixus e tem um pouco da canastrice de Gannicus), porém ainda teremos chances de descobrir mais sobre ele. Diante de tudo o que conseguiu é certo dizer que Marcus Crassus vai estar a um passo de bater aquele que vem manchando um império aparentemente imbatível, e se os dois titãs que comandam esse exército ainda irão entrar em combate, eu não poderia estar mais ansioso.
P.S.: Devido ao atraso das reviews, eu não comentei muito das subtramas, mas prometo falar mais delas nos textos semanais.
Comente pelo Facebook
Comentários
Comente pelo Facebook
Comentários