Review: American Horror Story: Asylum – 2x08 Unholy Night

Dedicando o episódio da semana à data festiva mais sagrada de todas, Asylum nos entregou um episódio doentio e um tanto quanto estranho, porém, na força do seu elenco, a série conseguiu escapar do que poderia ser um verdadeiro fiasco. Semana passada tivemos a belíssima participação de Frances Conroy, e dando mais uma entrada aos convidados especiais, Ian McShane (Deadwood) fez sua ponta como o psicopata Leigh Emerson e, diga-se de passagem, o senhor estava assustador. Mesmo assim, ninguém consegue roubar o posto máximo assumido pela endiabrada Sister Mary Eunice.

Eu achei válido (e sádico) o teaser que nos apresentou Leigh, só que a cena me causou um estranho desconforto, mais pelo significado que o Natal tem para maioria de todos nós. Assim, fiquei me perguntando: como ele vai se encaixar na história? A resposta veio na forma mais óbvia, porém, não menos excelente. Depois de vários assassinatos cometidos no Natal de 1962, Leigh foi mandado para o Briarcliff. Sister Mary Eunice sabendo da “arma” que tinha em mãos, usou o assassino para acabar com todas as pontas soltas que ameaçavam o seu comando na instituição. Com um plano Natalino literalmente diabólico, a freirinha esbanjou felicidade enquanto assistia tudo de camarote.

Toques especiais também fizeram parte do Natal no Briarcliff, como a bizarra árvore de natal idealizada por Sister Mary Eunice. Não sei se foi impressão minha, mas ela estava adorando tudo aquilo e demonstrou também um extremo bom gosto para canções Natalinas. Sister Jude apareceu sorrateiramente e colocou a entidade contra parede. Sabemos que ameaças não surtem efeito, e tenho certeza que o receio sentido pelo demônio só surgiu por que ele notou a mudança em Sister Jude, afinal, a culpa aos poucos deixa de ser um peso maior, pois ela não matou a pequena Missy, como já descobrimos.

Culpa é o que consome o segurança Frank, e por ele descobrimos que em nenhum momento as autoridades foram acionadas quanto ao retorno de Kit ou a morte de Grace e da outra freira. Arden percebeu de cara que Frank é um perigo ainda maior por ter visto o monstro que invadiu a cozinha, e bastou apontar isso para Sister Mary Eunice que a figura de Leigh veio como a peça chave para a emboscada perfeita.

O que mais gostei foi o mind game que Arden orquestrou para colocar Sister Jude no Briarcliff na noite de Natal. Eu fui bem burro ao achar que a admiração/amor que o nazista sentia pela antiga Sister Mary Eunice despertou algo bom dentro dele, portanto, caí direitinho no macabro jogo. Por meio de um bem-vindo flashback, entendemos também os possíveis motivos de Leigh querer “vingança” contra Sister Jude. Com tudo em seus devidos lugares, foi só esperar o ápice do episódio.

Quem ficou fora das festividades, mas não longe do eterno sofrimento, foi Lana Banana. O que desponta como genial no roteiro é a capacidade que as mentes por trás do show têm de juntar histórias tão facilmente. Lana, Kit e Thredson são partes de um só “conto”, onde os dois primeiros juntam forças contra o Bloody Face, algo que será admirável de assistir, quando finalmente conseguirem seu objetivo. Outro detalhe (triste) que não me escapou, é o fato de que com certeza a jornalista está esperando um filho do serial killer, e o possível desenrolar disso já me deixa angustiado.

O sangrento Natal no Briarcliff foi aberto por um Leigh vestido de Papai-Noel e com um aspecto ainda mais insano. Foi de arrepiar o estado de êxtase em que ele ficou ao ver Sister Mary Eunice degolar o pobre Frank. Fiquei atônito quando Leigh encontrou Sister Jude. Os momentos entre os dois foram aterradores e carregados daquele clima de urgência que só a série consegue despertar na gente. Eu sabia que Jude daria cabo do “bom” velhinho assassino, mas infelizmente a navalha trazida por ela, e com a qual Sister Mary Eunice matou Frank, vai ser o seu passaporte de permanência no Briarcliff, mas não da forma que ela esperava. Apenas uma expressão define os próximos episódios: “Game Change”.

P.S.: Eu não me importo com a trama dos alienígenas, porém espero que ela faça sentido em algum momento.

P.S.2: Pepper, Dominique, onde estão vocês?

P.S.3: Lily Rabe sua linda, deixa de roubar as cenas dos seus colegas.

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