Review: The Walking Dead – 3x11 I Ain’t a Judas

Fica difícil entender as decisões da cúpula criativa responsável por The Walking Dead, a série apostou numa primeira metade da temporada regada a adrenalina e agora deu uma brecada que até o momento não vem se mostrando nenhum pouco saudável. Todos sabem que diálogos não são o forte da série e os impasses enfrentados por aqueles sobreviventes soam vazios quando um personagem antipático guia a hora da semana. Por incrível que pareça, eu esperava gostar muito menos de um episódio que em suma foi quase todo centrado em Andrea, talvez porque pela primeira vez (desde a morte de Amy) eu comprei as suas escolhas.

Afinal, o episódio foi ruim? A resposta é não, porém bom também não foi. Por estar vacinado, eu não caio mais na desculpa de que a fórmula “mimimi+zumbi da semana+mimimi” salve tudo da mesmice. Mais uma vez eu tenho de elogiar a cena de abertura. Aquela conversa seca e cheia de verdades entre Rick e Hershel é de uma profundidade certeira e se todos os momentos fossem assim, o geral funcionaria melhor. Carl também vem numa crescente excelente, o que me faz ter a certeza de que a culpa pelo antigo pedantismo vinha de Lori, pois desde a morte da mãe do garoto, as transformações caíram muito bem.

Ingenuidade não combina com o apocalipse, então só posso acreditar que Andrea é burra por cair tão fácil na conversa de um cara que vem mentindo e escondendo coisas dela desde o começo. Quando eu achava que o Governador a levaria no papo outra vez, Andrea percebe qual o real propósito dele estar armando todo o pessoal de Woodbury. Eu não confiaria nos possíveis braços direitos do Governador, porém ela pede ajuda justo a Milton (outro que felizmente é coerente, mesmo que seja para o mal) para chegar a prisão e avisar aos seus amigos o que realmente aconteceu e estar para acontecer.

Milton não esconde nada do seu líder e é assim que tem de ser, pois afinal aquele é o seu povo. O momento mais legal (e gore) da semana veio de Andrea ensinando como fazer um “pet Walker” igual aos que Michonne tinha no passado. Foi brutal, insano e essencial para elevar um pouco o nível do que víamos. Nessa ida a prisão, Andrea e Milton encontra o grupo de Tyresse. Não vou me dar ao trabalho de falar sobre o personagem mais decepcionante do momento. Estou falando isso, pois Tyresse sofreu uma descaracterização grotesca e está mais para um banana do que para o cara forte e destemido das HQ´s. As cenas posteriores dele e do seu grupo em Woodbury mostram bem disso.

A chegada de Andrea na prisão fez jus ao nome do episódio. Além de deixada para trás, ela foi tratada com um verdadeiro Judas (só Carol mostrou condescendência pela amiga) e recebeu todo o tipo de olhar rancoroso e crítica velada. Para ser sincero, ela não merecia tudo aquilo e nessas horas a gente vê o quanto Rick foi do esperançoso ao frio ditador da sua “não democracia”. De bom mesmo, veio a conversa de Andrea com Michonne (elas tiveram um caso sim ou claro?) e o momento “últimas notícias” com Carol, que ainda ensinou um método eficaz para dar fim ao Governador (Carol é muito amor minha gente!).

Cantoria de Beth, alguns quadros abertos da prisão e Woodbury e outro momento de entrega por parte de Andrea só para provar mais uma vez que no final Michonne estava certa sobre ela. Não existem verdades aparentes que justifiquem o modo da nova Judas agir, ela quer mesmo se sentir segura, afinal estamos no apocalipse.

P.S.: Cena fofa de Daryl e Carol vão enrolar o casal até quando?!

P.S.2: E gostei da conversa entre Merle e Hershel. Os diálogos na prisão sem parecem ser trabalhados com um cuidado maior.

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2 comments

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    Denis Gadelha 28 fevereiro, 2013 at 11:46 Responder

    Pelos boatos e comentarios sobre o episodio, eu realmente esperava gostar menos.Nao esperei aquela coisa de zumbie e mais zumbie, desta vez a calmaria do episodio nao foi chato ja que as atitudes de certos personagens nos vem surpreendendo.
    Parabens Cara!!

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