Cara de poucos amigos, atlético, forte e com um toque de humor ácido. Daniel Craig é o protótipo que Ian Fleming, criador do 007, tinha em mente quando criou o agente mais famoso do mundo em 1953. Os filmes que vieram depois não tinham acertado na mosca a visão de Fleming até que Craig apareceu. Desde o primeiro filme, lançado em 1962, sete atores já interpretaram James Bond, com diferentes estilos e personalidades, mas ninguém supera o legado que Daniel solidificou.
Craig tem, como maior competidor nessa história, o icônico Sean Connery. Mas o escocês, que esteve na pele de Bond por seis filmes, tinha uma pegada mais sarcástica e galanteadora. As ações de 007 nas décadas de 1960 e 1970 eram voltadas para roteiros mais leves e sem tanta ênfase no suspense e thriller.
O que Craig trouxe nos últimos quatro filmes — Cassino Royale (2006), Quantum of Solace (2008), Skyfall (2012) e Spectre (2015) — é uma personificação de um agente mais comprometido com a missão e sem sorriso fácil. As mulheres e as charadas ficam em segundo plano, enquanto as perseguições e as cenas intensas falam mais alto.
É nisso que Craig se destaca, lembrando mais o que Timothy Dalton e George Lazenby trouxeram durante filmes da década de 1980 e 1960, respectivamente. O público naquela época, porém, não estava preparado.
Outro fator que coloca Craig no patamar acima dos demais é a capacidade de se adaptar a diversos tipos de cena. Em uma em particular, no filme Casino Royale, o agente trava uma batalha épica de poker com Le Chiffre. Na cena, Craig se mostra como um verdadeiro profissional do esporte, ganhando e mostrando a parte estratégica de um esporte de muitas possibilidades.
Além de ter tido uma atuação quase impecável em Casino Royale, quando assumiu Bond pela primeira vez, Craig interpretou o agente no que é considerado um dos melhores filmes da série. Com o Skyfall, o site IMDB deu a boa nota de 7,8.
Em comparação com Connery e até mesmo Pierce Brosnan, que foi o penúltimo ator a interpretar Bond (décadas de 1990 e 2000) em quatro filmes, a tecnologia e os orçamentos gigantescos são grandes auxiliares para Craig.
A produção do último filme (Spectre), por exemplo, girou na casa dos US$ 250 milhões. Cenas de ação e suspense não poderiam ser executadas do mesmo jeito nas épocas de Connery e Brosnan. Inclusive, algumas lutas do ator escocês nos filmes de 1960 não chegam aos pés das produções recentes.
Outro fator que ajuda Bond é a parceria com um diretor de muito sucesso. Nos últimos dois filmes, Sam Mendes, vencedor de Oscar no filme Beleza Americana (1999), é o único diretor que já dirigiu filmes de 007 e que já levou uma estatueta para a casa. Mendes tem uma carreira brilhante no teatro e no cinema, e levou todo seu talento em parceria com Craig.
Se Connery e Brosnan tivessem as mesmas chances de Craig teve de brilhar como o agente mais famoso do mundo, talvez eles teriam o mesmo sucesso de Bond. Mas nenhum deles tem o jeito durão e ideal que um agente da MI6 precisa. Com uma silhueta perfeita para o papel, vai ser difícil algum outro ator superar o que Craig fez na pele de Bond nos últimos 11 anos. Um casamento que funcionou muito bem e nas melhores condições.
Sem dúvidas será o melhor James Bond da franquia. Vamos torcer para que venham melhores!
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