O Último Gangster : Uma melancólica e bizarra propaganda contra o crime organizado

O Último Gangster : Uma melancólica e bizarra propaganda contra o crime organizadoO Último Gângster é uma obra de ficção que mira a temática de máfia, tentando também ser um retrato da realidade, por meio do esforço da "anti" propaganda, tornando as figuras fora da lei como alvo de crítica e desprezo.

Dirigido por Edward Ludwig e estrelado por Edward G. Robinson e James Stewart, o filme lançado em 1937 também é lembrado como O Outro Inimigo Público (Antother Public Enemy no original) é localizado entre os gêneros de drama e filme policial.

O elenco de apoio conta com gente de tarimba, como Rose Stradner, Lionel Stander e John Carradine e a história mira um bandido mafioso, um gangster de origem não falada, mas claramente é sobre o grupo de criminosos ítalo-americanos da Cosa Nostra, Camorra ou outra facção mafiosa.

O sujeito é preso por dez anos e deixa para traz sua esposa grávida, que está a beira de parir o filho dos dois.

A trama mais dramática envolve o desprezo dele pela mulher, o amor pela criança que estava para nascer e uma ideia extremamente vaidosa e ensimesmada da jornada da vida.

Na prática, essa é uma história de um homem vaidoso e egoísta, que só se interessa pela sua vida, por seu legado, pela continuidade do seu sangue, eventualmente se importando com pessoa que estão ao seu redor, mas não o suficiente para parecer humano.

Ou seja, a ideia do filme é tornar criminosos em figuras terríveis, incapazes de gerar simpatia e de praticar empatia.

A direção é do já citado Edward Ludwig, com roteiro de John Lee Mahin baseado no texto original de William A. Wellman e Robert CarsonLou L. Ostrow foi produtor não creditado do filme.

A estreia nos Estados Unidos foi em 12 de novembro de 1937. Foi veiculado em outros países a partir de junho de 1938, na Hungria e França, chegando em Portugal em setembro e na Dinamarca em novembro.

O título original é The Last Gangster, com nome de trabalho Another Public Enemy. Na Áustria é Der letzte Gangster, na Bélgica e França é Le dernier gangster, na Grécia I ekdikisis tou gangster, na Hungria é Gangszterek alkonya, na Itália é L'ultimo gangster, na Espanha era chamado de El último gángster e em Portugal também se chama O Último Gangster.

O Último Gangster : Uma melancólica e bizarra propaganda contra o crime organizado

Foi gravado entre agosto e setembro de 1937 na Califórnia e em Nova York. O grosso das cenas foi no Metro-Goldwyn-Mayer Studios em Washington Boulevard, em Culver City, Tiburon e em San Francisco Bay na Califórnia. Em Nova York foram gravadas cenas na ilha de Manhattan.

A Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) produziu e "apresentou" o longa, controlada pela Loew's Incorporated. A MGM distribuiu na Austrália, Noruega, Bélgica, Reino Unido e França. A Warner lançou em DVD, em 2009 nos EUA.

Edward Ludwig dirigiu Dama Fatídica, Aventura em Nova York e O Marido Mentiu. Dirigiu Uma Aventura Perigosa, Pantera Negra e Labaredas no Céu.

John Lee Mahin escreveu Scarface: A Vergonha e uma Nação, Marujo Intrépido, O Céu é Testemunha e Marcha de Heróis.

William A. Wellman é lembrado por ter escrito e dirigido Nasce Uma Estrela, a primeira versão, de 1937. Dirigiu e escreveu também O Bandoleiro do El Dorado, Garota do Interior além de A Fuga e Tarzan. Carson escreveu Nasce Uma Estrela junto a Wellman, também redigiu Conquistadores do Ar e A Luz que se Apaga.

Lou L. Ostrow produziu O Segredo do Castelo, foi produtor associado em Baronesa no Nome e Mulher Admirável, produtor executivo em A Hora da Vingança.

Robinson foi um ator de enorme sucesso nos anos em que trabalhou, tanto que tinha um contrato de exclusividade com a Warner. Ele foi emprestado a MGM para fazer esse. Entre suas obras mais celebres estão Grilhão Eterno, A Última Façanha, Mulher Ideal, Alma no Lodo, Pacto de Sangue, Almas Perversas, O Estranho e Paixões em Fúria.

Até essa época, Stewart fez Entre a Honra e a Lei, Amemos Outra Vez e Ciúmes. Ele ficaria famoso pela parceria com Alfred Hitchcock em Festim Diabólico, Janela Indiscreta e Um Corpo que Cai. Também é lembrado por clássicos adocicados, como A Felicidade Não se Compra e por obras de como Anatomia de um Crime

Curiosamente, o filme é estrelado por dois dos atores que foram mais imitados de todos os tempos. Robinson se tornou uma figura de emulação quando se trata de retratar bandidos, enquanto James Stewart virou sinônimo de bom mocismo, mesmo que tenha revertido um pouco dessa imagem anos depois, especialmente nas parcerias com Hitch.

A trama segue o chefão das gangues Joe Krozac, que retorna da Europa durante a Lei Seca, com sua nova esposa, Talya (Stradner) que além de não falar inglês bem, também não tem conhecimento ou ciência dos antecedentes criminais do marido.

Em um confronto com os irmãos Kile - que invadiram o território de suas ações bandidas durante a sua ausência - ele ordena assassinatos, uma chacina entre seus opositores. A maioria é morto, mas um sobrevive, Frank "Acey" Kile, de Alan Baxter.

Em meio a essa época, o casal engravida, Krozac fica preocupado demais com o filho, tanto que deixa sua esposa aos cuidados de Curly, seu braço direito, interpretado pelo icônico Lionel Stander.

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Krozac é preso, vai para a Penitenciária Federal de Alcatraz, em uma pena de dez anos. Curiosamente ele não é indiciado por assassinato, agiotagem ou algo que o valha e sim graças ao crime de evasão de imposto de renda, em um claro aceno ao caso real da prisão de Al Capone.

Forçadamente ele se afasta de Talya, mesmo nos momentos de visita na prisão. Diante do desprezo do marido ela passa a entender a violência das ações de Joe, nutrindo por ele desprezo.

Ele segue preso e passa a ser um medo constante para a mulher, até depois de ser liberado, para encontrar as ruas em configurações completamente diferentes do que deixou.

A narrativa inicia em 1927. Um barco chega a América, trazendo Talya e Joe à bordo.

Os Estados Unidos viviam um caos devido à criminalidade e o início texto de introdução trata como um equívoco nacional a tal Lei Seca, afirmando que a forma como o governo tratou a questão das bebidas e como tratavam as comunidades americanas de origem estrangeira, facilitavam a organização de criminosos em castas, famílias e sociedades.

Apontavam também que essas comunidades estrangeiras se encontravam sufocadas por homens com talento para a criminalidade, que construíram poderosas organizações que escapavam das garras da lei, embora a hierarquia e organização vistas nesse não sejam exatamente nessa toada.

Havia uma preocupação com a criminalidade, com o avanço desses grupos, por isso se enxergava esse tipo de filme e publicação como esforço público para diminuir o poder e a popularidade deles, uma espécie de propaganda a favor da lei, por isso se nota um moralismo exacerbado e bem chato em boa parte dos filmes de crime da época.

Esse é particularmente muito fundamentado nesse quesito, tanto que o personagem de Robinson é exagerado para parecer um pastiche de humanidade, alguém que pensa tanto em si que fica cego a todo o resto das ações humanas e interações.

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O casal Krozac é mostrado como apaixonados um por outro, especialmente Talya, que apesar de ser feita pela atriz austro-húngara Rose Stradner, que era fluente em inglês, aqui faz uma moça que não fala bem a língua nativa dos EUA.

Na saída do barco, um embaixador dá entrevista. A imprensa pergunta sobre o seu "compatriota" Joe, embora não fique clara a nacionalidade de ambos – provavelmente eram ítalo-americanos, mas precisavam fingir não ser, também há alguma chance de serem austríacos, como a atriz Stradner era, mas é provável que fossem mesmo italianos.

A autoridade diz que o seu "paesano" é um criminoso, indigno da admiração ou do encanto que os populares lhe conferem, considera um inimigo público, uma mancha na civilização, visto que é um homem que vive de crimes e assassinatos.

O roteiro peca pela exposição, mesmo em comparação com as obras de sua época. As conversas com Krozac são assim especialmente quando ele discute Curly, a respeito dos irmãos Kile, os bandidos que dominam o Broklin.

Logo depois mostra o The Lake Side Rod & Gun Club, que era um negócio da família criminosa rival. Ao fundo se ouvem tiros, os irmãos que estavam ali são executados, restando três corpos, exibidos nas capas de jornais.

Essa é uma mostra que não se deve bater de frente com os interesses de Joe e é também a demonstração mais agressiva e violenta do filme, sem qualquer ação em tela.

A ideia de tirar o glamour do crime era tão grande que nem mesmo os tiros são mostrados, fora que há pouca ação, quase nenhuma, na verdade. Como era esperado, um deles sobreviveu, no caso, Frank Acey.

Junto a isso, a esposa do protagonista desmaia. Isso poderia ocorrer pelo susto e pela coincidência de ter relação com uma ação do seu marido, mas não, é apenas um sinal dos mais óbvios relacionados a gravidez.

Enquanto isso, os policiais chegam para inquirir o homem, enquanto Curly é piadista, avisando que os agentes da lei vêm até o chefe, como cegonhas. Os homens liderados por Danny Shea (Moroni Olsen) estão juntos a Acey e inquerem ele.

Frankie quase parte para cima do rival criminoso em sua própria casa, mas é contido pelas outras pessoas. Na delegacia, o bandido descobre que o FBI está em seu encalço, com o agente Broderick (Willard Robertson) entregando a ele um mandato de prisão, visto que sonegou impostos.

Mesmo com essa apresentação, ele segue subestimando o poder das autoridades, não demora para que Joe seja encarcerado, tendo até recortes de jornais falando de si.

Preso, Joe queria saber do seu filho, mas foi transferido para a prisão antes que pudesse ligar ou entrar em contato com alguém.

A escolta dele é simples, vários homens estão com ele, todos mega armados. Antes de ir para o trem prisional, Acey aparece de novo e o jura de morte, dizendo para ele mandar um postal do inferno assim que morrer.

Essa presença martela toda a trama, insiste bastante no ponto e argumento. Estão indo para Leavenworth, na penitenciária Federal de Alcatraz, ele com pena de dez anos por evasão de imposto de renda antes do nascimento do filho.

Joe fica desesperado ao ouvir um jornaleiro dando a notícia do nascimento do seu filho, um menino, como ele previa. Até ensaia comprar um exemplar, mas o agente do cárcere não permite. Ele dá um murro em Casper (Carradine) o companheiro algemado ao seu lado, que o provocou.

O bandido se irrita pelo modo como é tratado, mas não só em relação aos outros bandidos, também com a hierarquia da cadeia. Até exige do chefe da prisão que permita que ele ligue para a esposa.

A seu favor há de dizer que ele realmente sofre com uma má vontade com as informações dadas a ele. Acabou de ser pai, está sensível, não tem quase nenhuma informação sobre o filho, exceto que nasceu e está saudável. Até "exige" que ligue com seu advogado, Gorman (Frank Conroy) mas é ignorado, seguindo fazendo apenas trabalhos braçais, sempre ao lado de Casper.

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Gorman tenta extrair dinheiro da esposa do cliente, acredita que há um dinheiro escondido por ele e essa seria uma trama recorrente até o fim do filme, como se fosse um tesouro a ser encontrado e explorado.

Curly cerca o advogado, parece estar ali para não permitir que ele se aproveite da fragilidade e ingenuidade da moça, mas logo parece ser outro o caso.

A esposa de Joe vai visitá-lo, leva a criança e o bandido fica encantado com o bebê. Lá ela diz que fala melhor a sua língua, tem melhor compreensão de tudo em volta e como em um passe de mágica, nota o total desprezo da parte dele, que se preocupa demasiadamente com a criança e quase nada com ela.

Em uma crise de sinceridade sentimental, Joe abre mão da sensação masculinista de autossuficiência e diz que está fragilizado, assumindo papel de vítima, de perseguido, já que todos estão contra ele, todos trabalham contra sua liberdade e bem-estar. Ele verbaliza isso para a esposa, que fica inconsolável, já que se vê desamparada, sem chances de ter o marido liberto, piorando pela compreensão dela de que se casou com um marginal e que seu filho é fruto da relação com um criminoso.

A apelação de Joe é negada e junto a isso Tayla é fotografada por gente de jornais, estampando manchetes junto de seu filho. Em uma matéria, o menino é chamado de Public Enemy Jr., Toys with Guns. As matérias são péssimas, tão toscas que fazem até rir. Esse momento é indiscutivelmente pesado e seria o início para uma das viradas do roteiro.

Aqui se exige bastante da atuação de Stradner, que quase não foi escalada para o papel, já que o plano inicial era colocar Luise Rainer como Tayla. O produtor Louis B. Mayer tentou tomar emprestada a atriz Anna Sten junto ao produtor Samuel Goldwyn, mas não conseguiu, optando então por Rose Stradner.

Essa foi a estreia dela no cinema americano. Na Áustria foi atriz de teatro e cinema e escapou por pouco da tomada nazista de seu país em 1936. Louis B. Mayer a trouxe para Hollywood, mas seu casamento com Joseph L. Mankiewicz.

Mesmo sendo elogiada nesse, sua carreira entrou em compasso de espera até 1939, graças aos preparativos de seu casamento, atuou em Alucinação em 1939 e As Chaves do Reino de 1944, na TV esteve em Reinado do Terror de 1953.

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O estresse em seu casamento levou ao alcoolismo e à depressão, que resultou em um suicídio no ano de 1958.

Irritada, Tayla vai até a redação do jornal, tirar satisfação pelas supostas mentiras contadas ali, acreditando de fato no que o marido dizia, então encontra Paul, o personagem de James Stewart, o mesmo que escreveu a matéria sensacionalista.

Aqui se coloca em cheque duas posturas distintas, a de Joe, que não tem qualquer pudor ou receio de ser como é, imoral, violento e frio, enquanto Paul é um humanista, de coração mole, que permite arrepender-se pelas duras palavras que escreveu, obviamente por envolver uma criança inocente nessas condições.

Nas visitas seguintes Krozac mostra o motivo de ser tão temido, uma vez que ameaça a esposa, ao ver que ela resolveu não levar Jr. para que ele visse. Joe fica inconsolável, se irrita, ao sair de lá até cai na provocação barata de Casper, brigando com ele, sendo separado pelos gases lançados no refeitório.

As passagens de tempo não são dadas de maneira automática ou avisada. Em cenas posteriores já aparece Paul na antiga casa do bandido, com o menino crescido, chamando ele de tio. Aos poucos, ele passaria a chamar ele inclusive de pai, esquecendo que não tem parentesco com sujeito.

Já a montagem da pena de Joe passando é sensacional, misturando vários estilos de filmagem, com cartelas de tempo além de mostrar o personagem em diversas atividades e trabalhos de esforço físico, em eventos que visavam mostrar que ele esteve ocupado na prisão, com possibilidade de se reabilitar, afinal, cumpriu a década sem interrupções.

Passa o tempo enfim, Paul agora é editor de jornal e o filho de Joe o chama de pai. Ele é uma criança muito feia, feita por Douglas Scott e é irritante, incomoda até Gloria, a empregada da família, interpretada por Louise Beavers.

Olhando assim, é impossível não identificar ele com seu pai biológico, embora ambos pareçam rejeitar essa pecha, em momentos distintos, já que o menino quando se encontra com ele não o reconhece, enquanto o pai parece sentir vergonha pela postura do filho, possivelmente por se enxergar nele, como um ser bruto, já que ambos são dignos de pena.

Paul não leva o jornal que anuncia o retorno de Krozac para casa, para não alarmar sua esposa. Ela viveu uma década de medo e receio. Não saiu de casa, praticamente, se tornando ela refém do medo do ex-marido.

Segundo Paul, não há com o que se preocupar, pois todos esqueceram do que ocorreu e eles se mudaram, então mesmo depois de um mês, como seu ex-marido livre, Tayla não deveria se preocupar.

Esse é um dos poucos filmes em que James Stewart usa pelos faciais e possivelmente o único em que ostenta um bigode, muito bem cuidado por sinal. Em filmes de faroeste ele aparece barbudo, mas na última parte deste ele está barbeado, exceto no lábio superior.

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A pergunta que fica é, por que Curly não cercou a esposa do amigo, qual o motivo para não ser próximo, já que ele era amigo de Joe e ele é quem recebe o chefe assim que sai da prisão?

O filme não demora a mostrar o motivo para isso, mas Curly tenta entreter o antigo patrão, até traz duas meninas, para entreter ele. Afirma que não sabe onde ela mora, nem quem é o marido novo, só sabe que ele foi visto em Boston.

Quando volta as ruas, Joe é maltratado até por seus antigos homens, perguntam onde está o dinheiro, o mesmo que Gorman tentou convencer Talya a dizer onde estavam. Não há qualquer prova de que havia dinheiro escondido, mas ainda assim torturam Joe, humilham ele, mas nada tiram.

Vale lembrar que em um regime de Máfia, fosse da Calabria, Sicília ou de Nápoles isso jamais ocorreria. Existe hierarquia e mesmo um líder odioso recebe respeito dos seus subordinados ou ex-subordinados. Não é o caso de Krozac, ele não é nem amado e nem temido, pervertendo a fala de Maquiavel a respeito de O Príncipe.

Ele é tratado como lixo e claramente o roteiro tenta desdenhar dessas instituições e sociedade secreta, tratando como tolos, desorganizados, selvagens e desrespeitosos entre si. O cúmulo dessa ação é quando raptam Junior, para fazer Krozac falar.

O reencontro é tosco e escancara que o texto é piegas e óbvio, especialmente na exploração sentimental, mas é cruel por referenciar sequestro e tortura de uma criança de 10 anos.

O garoto é liberado junto ao pai, depois que ele assume onde guardou o dinheiro, na antiga casa de Wetchester.

Quanto a criança, até o seu nome foi mudado, com ele chamando Paul North Jr. O menino segue sem aceitar a menção de que Joe é seu pai, mas coopera com ele, finge considerar que isso é verdade, afinal, não queria morrer. Talya lamenta o sumiço do filho, mas ao ver que Krozac trouxe ele vivo, sente alívio, apesar das más perspectivas e do receio dele ter morrido em um tiroteio, como Curly e os capangas foram.

Provavelmente esse momento foi organizado para atingir Joe, sendo de autoria de Acey, embora não fique claro.

Ele renega o próprio filho, mas nesse ponto, não fica claro se foi deliberado, para poupar ele ou se foi por vaidade, por considerar ele um garoto que não tem garra e poder de decisão.

O que fica claro é que Joe o considera fraco, como ele é. Aparentemente, parece que tem vergonha dele, por ser esquisito, mas o destino dele encontra o de Acey, que o aguardava.

Antes de dar cabo do inimigo, Frankie ameaça, afirma que vai contar aos jornais a verdade, que o garoto frágil é seu filho, acabando assim com a reputação do sujeito até depois de morto.

O destino de Joe fica claro, mas o resto não. O mafioso realmente sentia vergonha do filho? Ele conseguiu matar seu algoz?

No beco, o momento é estranho e inconclusivo, não fica claro se houve só tiros da parte de Acey ou houve uma troca de tiros. Poderia ele também cair? São várias perguntas sem respostas, já que a ação termina assim que Joe Krozac tomba, morto, tendo o fim poético e trágico que lhe foi prometido.

O Último Gângster é confuso, contém uma história moralista, com personagens bizarros e que fazem pouco ou nenhum sentido. É uma peça de propaganda descarada, que se salva muito graças a dedicação de Robinson, que dá alguma dignidade ao filme.

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