O caminho da glória. Não faz nenhuma semana que eu falei daquela sensação de continuidade, do sentimento de que Spartacus poderia e tinha história para continuar por mais um ano só para acalentar nossos corações de fã. Bastou um episódio, carregado por um tom de despedidas, para essas esperanças virem a baixo é como o prelúdio de um series finale que enxerga na força dos seus personagens principais, um belo momento para mais de um réquiem sobre liberdade, luta e acima de tudo esperança, sendo o eterno Gaulês Invicto o protagonista destes momentos.
A relação de Spartacus e Crixus sempre foi explosiva, mas desde a destruição do ludus de Batiatus, que os dois irmãos da arena passaram a se respeitar. Mesmo com a tensão preexistente o respeito só trouxe frutos como as vitórias contra o impossível (mencionadas desde o episódio anterior). O que ficou claro desde o início da temporada, é que aos poucos os propósitos dos dois grandes líderes da rebelião, passaram a se bifurcar. Spartacus já tinha conseguido a sua justiça e para o seu povo a liberdade seria o presente mais honesto. Crixus, no entanto, não deixou de acreditar na sede de vingança por parte de Roma, e almeja mais do que uma simples mordida no calcanhar da besta.
Nunca o Gaulês esteve tão grandioso quanto vimos e olhem que a influência de Naevia já havia tirado boa parte da sua simpatia (assim como a falta de um corte naquele cabelo). A primeira conversa que Crixus tem com Spartacus, é tão verdadeira que os dois pontos de vista não soam sobrepostos um ao outro. E foi no olhar de admiração de Spartacus que senti a emoção perante um último pedido: um saque que permitisse um banquete de despedida (nada mais simbólico para aquelas almas).
Tudo o que nos leva a ter esperança, quando nada mais parece possível, caiu sobre Agron, logo o seu amor por Nasir assim como a certeza de que o rapaz sempre seria mais do que ele, não pareceu piegas. Se comover era mais do que esperado, porém quando eu vi a importância que Agron deu a outros dos seus irmãos, ele ganhou ainda mais o meu respeito. Aquela declaração dada a Spartacus antes dele se permitir viver foi a mais pura prova de que a série sempre soube segurar bem o quesito emocional e bem que Spartacus merecia o seu momento com Laeta.
Se eu tenho uma reclamação a fazer, ela vem justo do núcleo romano. Crassus prometeu bem mais do que se mostrou e os motivos da picuinha Tiberius/Caesar foram chupados do que um dia Batiatus e Glauber representaram. Kore só fugiu mesmo, Caesar aparentemente tão calculista foi confrontar Tiberius sem nenhuma proteção e acabou tomando uma surra de vara bem literal e Crassus só fala que foi traído. Sério, nada mais interessante poderia vir dali? Acho que essa antipatia geral, prova que os romanos não tem cacife para ganhar um spin-off e desde já eu agradeço.
A passagem de tempo estilizada para representarem as batalhas pela península itálica serviu como abertura para o final apoteótico sob a sombra dos muros de Roma. Lá, Crixus, Naevia, Agron e um contingente de rebeldes que escolheu a glória deram seus últimos suspiros antes enfrentar o caos. Não consigo expor em palavras o arrepiante “SHALL WE BEGIN!!” incitado por Crixus depois de relembrar um dos discursos mais emblemáticos de Oenomaus. Aquele do começo do fim, representado pela queda de um dos Deuses da Arena, que Crixus esteja nos braços de Júpiter.
Excelente episódio, bem como, o review. Muito mais poético e lógico o final que deram para Crixus, pois na história ele é derrotado em cima de uma bebedeira pós-vitória de Arrius.
No mais, sem palavras.
que loucura esse episódio
Foi um presente para um personagem tão querido por tanto tempo!! Valeu os comentários. =)
Na verdade discordo da maioria de vocês, não gostei do final do episódio! Obvio, que sabíamos que um dia esse dia chegaria, e o glorioso Crixus cairia, assim como outros a qual já imaginamos.Porém, achei o final dele, morto pelas mãos de um "muleque" extremamente vergonhoso. Não vi a morte gloriosa que sempre esperei, vi uma humilhação, coisa a qual um personagem tão importante não merecia.
No mais, parabéns pelo review, estou acompanhando.
Essa modificação foi ainda mais válida do que a morte que está na história, onde dizem que o Crixus morreu bêbado e humilhado depois de comemorar uma possível vitória. Também não queria Tiberius como o carrasco, mas morrer em batalha foi bem melhor.
Na verdade discordo da maioria de vocês, não gostei do final do episódio! Obvio, que sabíamos que um dia esse dia chegaria, e o glorioso Crixus cairia, assim como outros a qual já imaginamos.Porém, achei o final dele, morto pelas mãos de um "muleque" extremamente vergonhoso. Não vi a morte gloriosa que sempre esperei, vi uma humilhação, coisa a qual um personagem tão importante não merecia.
No mais, parabéns pelo review, estou acompanhando.
Chorei que nem uma desgraçada, apesar de no começo, depois que o primeiro ator que interpretava Spartacus morreu achar que o segundo não conseguiria brilhar, mas como brilhou… e eu sempre tive uma queda por seriados que mostrassem o drama e o real, mas com algumas doses de surrealismo e fantasia. Spartacus foi um dos melhores seriados que já pude acompanhar e eu sempre lembrarei do final épico e triste. E ainda continuo chorando… t-t
Desse jeito.
Somos duas então… até hoje tambem choro com o final dos personagens, principalmente de Gannicus e Kore!!!!
Perante ao Review a cima e outros que li, não consegui enxergar tantos pontos negativos, falhas no enredo, entre outras observações que fizeram. Gostei tanto da série (não sei se é poque foi a primeira que assisti até o final) que pra mim foi MAGNIFICA em todos os sentidos, conseguiram me prender até o final da história e a cada episódio sempre ficava a ansiedade de ver o próximo!!!
Abraços a todos
Eu concordo com você, como muito dos gladiadores que moveram a série, ela terminou invicta. Mas a review do último episódio é essa daqui ó.
http://www.cinealerta.com.br/2013/04/17/review-spartacus-war-of-the-damned-3×10-victory-series-finale/