Poucos animes shonen podem se dar ao luxo de receber ovação mundial, ou status como de genial, soberbo ou inigualável, mas estes foram só alguns dos adjetivos vinculados a Fullmetal Alchemist: Brotherhood, criado pela mangaká Hiromu Arakawa em 2001. O mangá ganhou em 2003, um anime pelo estúdio Bones que infelizmente caiu no problema enfrentado pelas produções do gênero - o lançamento concomitante com o mangá - logo a versão animada seguiu outro caminho, desagradando então boa parte dos fãs que se impressionavam cada vez mais com a grandiosidade dos rumos que a história estava tomando no papel e que não seria mais retratada em tela.
Foi só em 2008 com o anúncio dado por Arakawa de que em menos de um ano terminaria sua história, que o estúdio Bones apostou todas as suas fichas no remake, resultado: uma produção não só superior em qualidade técnica como também fiel ao material de origem, confesso então, que por mais que gostasse do antigo desfecho (Fullmetal Alchemist: Conqueror of Shamballa ainda é um dos longas animados mais belos que vi) a certeza de que havia algo faltando ainda batia, logo adentrar em Amestris mais uma vez elevou minha ansiedade as alturas.
No anime, os irmãos Edward e Alphonse Elric vivem em um mundo onde a alquimia evoluiu a partir do princípio da Troca Equivalente, passando então a ser utilizada como arma de guerra (os chamados Alquimistas do Estado) em Amestris (qualquer semelhança com a Alemanha não é mera coincidência), seu país de origem. O pai dos garotos é um misterioso e poderoso alquimista que os abandona ainda criança, deixando os dois aos cuidados de sua mãe e de uma velha amiga. Com a morte da mãe os dois irmãos recorrem à alquimia, burlando seu único tabu, o de criar vida humana, o resultado é um fracasso assombroso, sendo levados em troca o corpo do pequeno Alphonse e a perna de Edward, que posteriormente abre mão do próprio braço para fixar a alma do irmão em uma antiga armadura oriental.
Edward passa a se culpar pelo ocorrido e jura que trará o corpo do irmão de volta, mas para isso precisará do único artefato que pode interferir na Troca Equivalente, a Pedra Filosofal. Tem início uma verdadeira odisseia e, em meio a conspirações governamentais, feridas de uma antiga guerra civil, e o crescimento constante de intrigantes “ataques” envolvendo os desconhecidos Homunculus, os irmãos Elric vão percebendo que as bases de sua civilização estão mais ligadas com seu destino do que pensam.
Fullmetal já chamaria a atenção por sua intricada trama, atributo geralmente presentes apenas em animes seinen, mas vai além e o estúdio Bones tratou os 64 episódios com um cuidado que pouco se encontra nas animações adolescentes, e diante de um mar de produções japonesas atuais, não empalideceu nem um pouco ao entregar as mais belas sequências de luta, é realmente de perder o fôlego, a apoteótica batalha final, por exemplo, um deleite visual e mais que um reflexo da marcante direção de Yasuhiro Iriemesmo diretor da primeira versão.
Emocionante por construir personagens marcantes em uma jornada de redenção sem soar forçado, FullmetalAlchemist: Brotherhoodvai estar por muito tempo no imaginário de quem acompanhar a série, seja você amante ou não das lendas e histórias sobre alquimia, vale conferir a história dos jovens irmãos que elevaram o termo "Jornada do Herói" a outro nível.
Um pequeno exemplo da qualidade do anime, veja sua belíssima primeira abertura:
Muitoooo bonito mesmo !!! Parabensssss José Guilherme :DDD E pode ter certeza vale mais que apena assistir esse incrivel anime !!!
Foda tudo !!! Trama amarrada, ótima trilha sonora, personagens cativantes, qualidade técnica insuperável e shonen como pode isso ser possivel ? aeiuheiuaehuae
Só sendo Fullmetal!
Absolutamente fantástico. Como leigo no roll dos animes, me arrisquei com esse por indicação. Hoje eu nem sei como passei tanto tempo pra ver algo como Fullmetal. Como uma visão pessoal, todas as histórias sempre há interesses e esses são os que movem os personagens, mas o interesse dos irmãos Elric no desenho vai além do mero pessoal, não tem como não se envolver com eles e torce em suas buscas. Ainda em minha humilde opinião, esse é de longe a melhor história contata em papel e lápis de colorir. Tive muitas experiências infantis com animes, mesmo sem saber que eram, mas nada é mais marcante que Fullmetal e mais marcante ainda se torna quando você ler um post como esses. Algo assim, só instiga a rever esse sonho e, mesmo sabendo de toda a trama, torcer por eles novamente e sentir tudo o que foi sentido da primeira vez. Só pra constar, o que abrilhantou ainda mais esse post foi ter colocado essa abertuda que eu adoro demais demais. Parabéns pelo post, agora eu sei onde tem bons comentários na internet sobre coisas que gosto 😀
Tem mais o que dizer?! Não né?!
Orgulho de viver em uma época onde é possível assistir obras de arte como FMA! =)
E que orgulho!
Fullmetal é com certeza um dos animes mais bonitos em fotografia e em história que já vi 🙂
Verdade, a arte do anime é incomparável.