Dragon Ball Super: O que deu certo e o que deu errado?

Mesmo equivocado em alguns pontos, Dragon Ball Super se mostrou um bom anime, unindo velhos e novos fãs

Neste último sábado, dia 24, foi ao ar o tão esperado episódio final dessa nova saga de Dragon Ball, intitulada “Super”. Ela contou com nada menos do que 131 episódios, e deu uns bons picos de audiência por aí.

Só que o anime não foi, necessariamente, uma unanimidade como pareceu ser em seus tempos áureos. Uns adoraram, e outros detestaram.

Mas, afinal, qual o veredicto?

Pra ajudar a decidir melhor, segue um panorama dos acertos e erros desta nova saga de um dos animes mais populares do planeta.

Comecemos com os erros...

Digamos que as grandes falhas de Dragon Ball Super, logo de cara, têm nome e sobrenome: PRIMEIRAS TEMPORADAS.

As duas primeiras simplesmente estenderam os dois filmes anteriores do anime (A Batalha dos Deuses e A Ressurreição de Freeza), o que contabilizou insuportáveis 27 episódios que não acrescentaram em nada ao que a gente já sabia.

Ok, esses filmes (ao contrário de muitos outros de Dragon Ball lançados no cinema) possuem conexão direta com a continuação da história, mas, se é assim, que inserissem esses momentos em flashbacks.

Ficou um começo de saga arrastado, e com alguns momentos bem constrangedores e chatos (a exemplo do núcleo envolvendo Pilaf e a sua trupe, bem como a postura de Vegeta perante Beerus – algo que já havia se mostrado ineficiente no filme, e que foi repetido aqui).

Só que os erros de Dragon Ball Super não se resumiram somente a esses primeiros momentos, mas, infelizmente, à sua melhor temporada, a do Goku Black. Mesmo muito bem escrita e animada, ela se arrastou lá pelo final, com aquelas soluções simplistas de ida e volta no tempo que não paravam mais.

Se tivessem enxugado mais a trama (principalmente, nos momentos derradeiros), teria sido uma temporada perfeita, ao nível da de Freeza ou de Cell. Sem contar que Trunks deu uma leve piorada em sua personalidade, como se depois da saga de Cell ele tivesse evoluído muito pouco ou nada.

Por fim, podemos citar os altos e baixos da temporada final, a do Torneio do Poder. Não há dúvidas de que tivemos momentos muito empolgantes aqui, porém, em outras partes, a coisa foi desinteressante, sem emoção, e (pior) com personagens novos pra lá de irritantes (vide a Ribriane).

Agora, vamos aos acertos...

Agora, não sejamos haters sem argumentos, e, vamos reconhecer as qualidades que esta nova saga trouxe, que tal?

Um dos destaques, sem dúvida, atende pelo nome de Goku Black. Mesmo com alguns pequenos pontos que poderiam ter sido mais bem trabalhados, essa temporada além de mostrar uma tremenda qualidade na animação (as cenas de batalha são primorosas), trouxe algo que estava faltando em Dragon Ball desde a saga de Cell: conteúdo na história.

Aqui, a trama é bem amarrada e interessante em diversos aspectos, em especial, na construção do vilão, Zamasu, que vai além do clichê “quero dominar o mundo”. Além disso, as lutas são bastante empolgantes (algo que iria se intensificar ainda mais no Torneio do Poder), com um final realmente digno de um anime desse calibre.

Outro ponto muito positivo em Dragon Ball Super foi o panteão de adversários que Goku teve que enfrentar, como Beerus, Golden Freeza, Hitt e, por fim, Jiren. Todos poderosíssimos, e todos muito bem inseridos na trama.

Os momentos finais do Torneio do Poder, com Goku superando os deuses através do Instinto Superior são de tirar o chapéu. Não tem como negar que tem momentos muito “massa véio” nessas lutas, mas, que empolgam, com certeza empolgam.

E, se tem uma coisa que volta a ser recorrente em Dragon Ball é o humor. Ok, é verdade que nem sempre acertam a mão aqui, mas, quando conseguem, o resultado é muito engraçado, e faz jus à fama escrachada que o anime tinha em seus primórdios.

Alguns dos melhores momentos, nesse sentido, são de Beerus e seu irmão Champa, verdadeiramente hilários quando interagem um com o outro.

Por último, e não menos importante, é que Dragon Ball conseguiu unir gerações. Tanto aquele público nostálgico, que cresceu assistindo Dragon Ball na TV, quanto a galera mais nova, que passou a acompanhar a saga pela Internet e se uniu para vibrar junto. Ou seja, os fãs antigos, em geral, parecem ter ficado satisfeitos, e os novos agora têm uma história pra contar.

Concluindo...

Dragon Ball Super está longe de ser um anime perfeito. Têm falhas que poderiam ter sido facilmente eliminadas, como algumas gorduras nas tramas aqui e acolá. Mas, mostrou qualidades que justificaram acompanhar o anime por tantos meses.

E, só lembrando que ainda temos mais um filme para cinema este ano, que, provavelmente, lançará ainda mais luz sobre a história dos Saiyajins, além de mais algumas temporadas para uma nova saga, que será lançada só em 2019.

Como se pode ver, Goku & cia ainda darão diversas alegrias aos seus fãs.

Redação

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