Review: The Walking Dead – 4x07 Dead Weight

“Um tigre nunca muda suas listras”, não é assim o ditado? Bem, ele até poderia ser usado para enunciar o The Walking Dead da semana, mas depois do episódio passado, nada será simples demais quando o assunto for o Governador, ou Brian, para sua nova comunidade. Assim, ganhando pontos pela montagem que realmente conseguiu imprimir uma sensação de passagem de tempo, Dead Weight se mostra um típico episódio preparatório, pecando só por não manter o foco característico que guiou essa reta final até aqui. Claro que esmiuçar a psicopatia disfarçada de instinto de sobrevivência do vilão, é sempre bem vindo, mas a série já provou que sempre capenga, quando decide apresentar personagens demais numa tacada só.

A relação do Governador com as irmãs Chambler e com a jovem Meghan despertou o antigo espírito impiedoso que levou Phillip Blake a destruir seu disfarce utópico em Woodbury. Eu não li os livros que contam a história dele, mas confesso que me interessei por essa segunda toada cheia de referências ao passado que levou um simples pai de família a se tornar um frio e cruel assassino. Notem que todas ás vezes em que foi questionado por Lily durante o seus ataques, o Governador fazia menção a uma realidade que compartilhou com sobreviventes num passado bem distante daquele que o encontramos na temporada passada. Em contrapartida, o uso brega da desculpa “sobreviver”, extrapolou os limites, pois foi preciso ouvir Brian dizê-lo mais de uma vez. Outro ponto bem incômodo foi o excesso de “expedições” que não conseguiram simpatizar os novos sobreviventes um minuto se quer.

Imagens são tudo em The Walking Dead e aquelas que se esperou por muito tempo, se destacam mais ainda. Portanto, só o vislumbre do tanque de guerra, foi o suficiente para me fazer esboçar um sorriso de fã das HQ´s. O que também chamou minha atenção, é que pareceu por um momento, estarmos diante da personalidade esquartejada de Philip durante várias cenas. Tivemos cabeças como troféus num campo de vingança que fez rima a velha sala em Woodbury, tivemos a cova de zumbis e ganhamos também um belíssimo momento que simulou o aquário morto da “sala do trono”. Eu sou fã de sequências imagéticas, e cada uma das que foram citadas, explodiram em pequenos ápices silenciosos e sombrios.

O que surgiu de suspense em Dead Weight não empolgou tanto e voltamos àquela estaca do gore para justificar os zumbis da semana (tá, o que aqueles walkers na lama fizeram para “assombrar” o Governador?). Para continuar alfinetando, vale dizer que o retorno do Martinez, foi bem fraco e só o fez ser somado como mais uma vítima. Agora, eu gostei do personagem do Kirk Acevedo (o Charlie Francis de Fringe). Mitch pode vir a ser um contraponto bacana para o Governador e também serve como um segundo braço direito, que sustente suas mentiras.

Retornando ao ponto de partida de sua primeira aparição nos arredores da prisão, somos deixados com um vingativo Phillip Blake, mostrando que sua alcunha mór, o Governador, nunca poderá ser esquecida. A fúria que cairá sobre Rick no mid-season finale da semana que vem já se agiganta como um dos pontos altos e provavelmente apoteóticos da trajetória de The Walking Dead, afinal, como bem disse Mitch: “O fim do mundo não é nada, quando se tem um tanque”.

P.S.: Viva a diversidade! Se Michonne e Andrea (segundo consta nas entrelinhas) protagonizaram um romance escondido, Tara e Alisha, não tiveram vergonha de se mostrar.

P.S.2: Vem cá? Foi só eu, ou o acampamento de trailers pareceu um cenário reaproveitado da pedreira lá da primeira temporada.

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