O Exorcismo : O filme de possessão que é uma montanha russa de emoções

O Exorcismo : O filme de possessão que é uma montanha russa de emoçõesO Exorcismo é um lançamento do cinema de de horror que acabou ficando famoso pelos motivos “errados”. A obra tencionava fazer comentários a respeito das lendas urbanas presentes nos sets de filmes de terror que eram supostamente amaldiçoados, mas acabou tendo sua premissa ofuscada depois que Russell Crowe entrou no projeto.

Muitas pessoas confundiram esse com O Exorcista do Papa, outras tantas achavam que esse poderia ter alguma ligação com ele, tal qual sequência, spin-off ou algo que o valha, já que ambas obras têm como chamariz a figura do ator famoso por Gladiador, no entanto esse é um projeto ainda mais antigo que a cinebiografia do Padre Amorth.

A escolha de Crowe não foi à toa, obviamente, ele entrou no projeto justamente por conta da fama do outro filme, mas a verdade é que esse nasceu como um projeto pessoal do diretor Joshua John Miller, cineasta que é filho de Jason Miller, que interpretou o padre Damien Karras em O Exorcista.

A ideia inicial é que esse exploraria uma história metalinguística, que a princípio, se chamaria The Georgetown Project, girando em torno de uma refilmagem da obra de William Friedkin.

Portanto, a narrativa exploraria os mitos e lendas urbanas a respeito de filmes que são ditos como amaldiçoados, tal qual foi com próprio O Exorcista, com A Profecia, com Poltergeist: O Fenômeno etc.

Para isso, a história segue os passos de um ator que estaria estrelando essa refilmagem, ou seja, também seria é um filme sobre a feitura de um outro filme, garantindo assim um comentário metalinguístico a respeito do cinema B.

A obra passou por muitas fases de pré-produção, teve filmagens iniciadas em 2019 e chegou a ser finalizado por essa época, mas os estúdios não gostaram do material final.

Com a pandemia do novo coronavírus, ele acabou sendo engavetado, sendo enfim resgatado quando O Exorcista do Papa estreou. Como o filme citado foi um sucesso, se pensou no nome de Crowe para o papel central desse. Ele aceitou e passaram a refilmar algumas partes a partir daí.

O roteiro ficou a cargo de M.A. Fortin, contumaz parceiro do diretor, além do próprio Joshua John Miller. Produzem Bill Block, Ben Fast e Kevin Williamson. São produtores executivos Andrew Golov, Padraic McKinley, Scott Putman e Thom Zadra.

Os estúdios por trás dele foram a Miramax e o Outerbanks Entertainment. A distribuição foi feita pela Vertical nos EUA e pela Imagem Filmes no Brasil.

O título oficial é The Exorcism, tanto nos Estados Unidos quanto na Índia e Japão. Na Argentina e México chama-se Exorcismo, na Itália é L'esorcismo - Ultimo atto.

O Exorcismo : O filme de possessão que é uma montanha russa de emoções

Como dito antes, o nome provisório do longa foi The Georgetown Project, título esse também do “filme dentro do filme" e em alguns países, como na França.

Na Espanha era intitulado El Exorcismo de Georgetown, lembrando obviamente que Georgetown, Washington DC foi o palco da história de possessão de Regan MacNeil. Em Portugal também é O Exorcismo.

A obra foi filmada entre novembro e dezembro de 2019, na primeira gravação. As refilmagens ocorreram em 2024, acabando em maio, sendo rodado na Carolina do Norte, em Wilmington.

Joshua John Miller havia dirigido apenas um filme, no caso, The Mao Game, que era sobre uma família de pessoas de Hollywood que sofre com questão ligadas a problemas de ordem psíquica.

Ele trabalhou no texto do curta dirigido por Rose McGowan chamado Dawn, também escreveu o slasher metalinguístico Terror nos Bastidores, criou a série A Rainha do Sul e também foi ator no passado.

Atuou em Juventude Assassina, Quando Chega a Escuridão, na série Anjos da Lei e no filme A Guerra dos Donos do Amanhã. Na época era creditado apenas como Joshua Miller. Seu último trabalho de atuação foi em O Mágico Sanguinário.

M.A. Fortin trabalhou na escrita dos mesmos filmes e séries de Miller, também foi produtor executivo na maioria desses projetos.

Bill Block produziu Elysium, Halloween, A Perfeição, Halloween Kills: O Terror Continua, Halloween Ends, Os Rejeitados, Beekeeper: Rede de Vingança.

Ben Fast é contumaz parceiro de Kevin Williamson. Foi produtor em Isolamento Mortal (conhecido por seu nome original, Sick) o filme que Kevin escreveu em 2022, justamente sobre o período de isolamento oriundo da questão do SARS-CoV-2. Também se aventurou na escrita, fazendo o roteiro do curta The Godmother e um episódio em Leverage.

Já Williamson foi produtor em Isolamento Mortal, filme "pandêmico" que ele escreveu como um Peacock original. Seus últimos trabalhos foram como produtor executivo em Stalker, The Following, Pânico 5 e Pânico VI. Recentemente foi anunciado que dirigirá Pânico VII, ainda a saber o nome oficial.

Crowe tem feito algumas produções de gênero, esteve nos filmes de herói Homem de Aço e Liga da Justiça de Zack Snyder. Também fez Noé de Darren Aronofsky, que é de drama com pitadas de horror.

Fez também A Múmia de Alex Kurtzman, onde interpretou Dr. Henry Jekyll, que teria um filme solo vindouro, mas esse O Médico e o Monstro foi cancelado, assim como o resto do Monsterverso da Universal.

O Exorcismo : O filme de possessão que é uma montanha russa de emoções

A trama começa com um homem de meia idade entrando em casa, entoando as palavras de um papel, que está em suas mãos.

Ele é Tom, personagem de Adrian Pasdar, que faz uma leitura dramática do roteiro. Empolgado, ele atravessa os cômodos do cenário onde anda, lendo com atenção o texto, fazendo uma reconstituição solo, uma simulação do que o texto pede, por isso caminha por todo o cenário.

Nesse ponto a câmera se afasta e mostra que aquela é uma casa cenográfica, um lugar montado para as câmeras registrarem. Esse aliás é um bom aspecto do filme, já que detalha de forma curiosa os momentos típicos de bastidores de gravações de uma obra cinematográfica.

Há mais demonstração de momentos assim, como aparição de animatrônicos que seriam usados em tela, também são detalhados os trabalhos de equipes de efeitos visuais (Miller até interpreta um especialista em VFX) de cenografia, figurino, captação de som etc.

No entanto o foco desse momento e do restante da trama são os ataques no set. O sujeito é esganado por algo invisível, as luzes falham, especialmente quando se invocam as palavras de ordem ao espírito espúrio são repetidas.

O termo que supostamente desperta o mal é Molech, na verdade uma variação para, Moloch, que além de ser o principal antagonista do filme, é um demônio na Bíblia Sagrada, uma entidade que é um deus cananeu associado ao sacrifício de crianças.

Provavelmente por isso se trocou a grafia, para evitar uma afronta ao politicamente correto, já que essa é uma entidade de outra cultura.

Curioso é que o sujeito morre subitamente, como se seu pescoço fosse apertado por alguém, mas nenhuma questão muda a respeito da feitura do filme. A produção segue, com as pessoas se ocupando apenas de arrumar um novo interprete. Não há a mínima repercussão após esse evento

A respeito do espírito, há um cuidado do roteiro em usar palavras mais genéricas para se referir a entidade, especialmente o termo serpente (serpent no original), que é uma das alcunhas de Satanás, o Diabo.

Não demora para que a trama "real" comece. A jovem problemática Lee chega a cidade. Ela é feita por Ryan Simpkins, conhecida por produtor da Netflix como a trilogia Rua do Medo e a animação Scott Pilgrim: A Série.

O Exorcismo : O filme de possessão que é uma montanha russa de emoções

Ao chegar na cidade ela entra em um prédio velho, que lembra bastante o que serviu de base para as primeiras cenas. Há um esforço da parte da produção para ter rimas visuais, fato que aumenta a ambiguidade do roteiro, ao menos é uma tentativa disso.

Ela encontra seu pai Anthony "Tony" Miller, um ator, interpretado por Crowe. Em conversar frias fica claro que os dois não tem uma boa relação, também fica evidente que ela teve problemas com os estudos.

Tony inclusive reverteu a expulsão dela da St Agatha, uma escola católica, que é evidentemente uma referência a religião a fé cristã.

Sem falar muito fica claro também que ele foi um ator maior do que o momento atual. Ele teve problemas no passado e uma mágoa que ambos remoem.

Mais tarde, é dado que a mãe de Lee morreu e a menina o culpa por isso, possivelmente com alguma razão, já que ele é um viciado, um alcoólico teoricamente reabilitado.

Os dois são tão distantes que ela o chama de Tony e não de pai. Toda a duração do longa mira uma retomada de relação entre os dois, inclusive o motivo central do horror mira isso.

Há uma boa cena de confissão, com um super close no rosto da estrela de O Gladiador. Ele chora, fala de sua esposa doente, em como errou com ela, confessa também que quer fazer a filha se orgulhar dele. O drama do personagem é bastante crível.

Parte dos dois primeiros terços do filme tem uma boa construção dramática, é inegável.

O roteiro que ele lê é o tal Georgetown Project. Apesar da experiência ele não está garantido no papel, em breve fará um teste, junto a equipe de produção do longa.

Na tal audição, Lee o acompanha, mas age de maneira passivo agressiva o tempo inteiro, tudo para reforçar a ideia de que ela está incomodada em estar ali.

Sua língua ferina e o ímpeto de causar mal no parente a faz confrontar ele com suas questões. Em alguns pontos ela parece ser até ingrata, já que depois de ganhar o papel, Anthony consegue que ela faça parte da equipe de produção.

Ela é mostrada como uma pessoa que quer entrar na indústria, até cita um roteiro em que estava trabalhando, embora não se explore muito essa temática. A personagem aliás parece um comentário autobiográfico, já que o sobrenome de Tony e Lee é Miller, tal qual é com o cineasta e seu pai, o ator Jason Miller.

A maior riqueza do longa certamente é o esforço de Crowe em tornar seu personagem complexo. Em parte, ele consegue.

Interpreta bem um sujeito soturno, de passado trágico, um viciado que varia entre autocomiseração, a auto piedade e a vontade de vencer na carreira artística e se reinventar, mesmo com a idade avançada e com seu passado conturbado.

O Exorcismo : O filme de possessão que é uma montanha russa de emoções

Ele parece resiliente, tanto nas conversas com Lee quanto nas audições junto ao diretor do filme, Peter, de Adam Goldberg. Uma outra boa construção, ao menos no início da trama, é ligada ao diretor, que faz alguém genioso, que acredita em um método de choque e ofensas com seu elenco, mas que é estudioso o suficiente para saber que Tony foi um coroinha quando era menino.

Esse passado com a igreja católica voltaria para assombrar ele. Falaremos mais na parte com spoilers.

Na comemoração da escolha de Tony, Pete apresenta o padre George Conor (David Hyde Pierce) que fará um papel de consultor de assuntos religiosos na trama.

É nesse mesmo bar que é apresentado o estranho personagem de Sam Worthington, o ator bêbado Joe, uma espécie de representação do passado de Tony, já que é um homem bonito, de carreira promissora, um macho alfa que também tem problemas com alcoolismo.

Nesse ponto, o vício em álcool do protagonista é mencionado de maneira mais testado, já que todos estão comemorando com bebidas, além do fato de que o diretor adora reforçar que ele quando era novo (e bebia) era um dínamo, um homem de masculinidade forte e muito sexual.

O tema do vício é recorrente, seja por menção ou por discussão. Embora seja assim, não se aprofunda muito essas questões, ao menos até o momento final. Nessa parte mais séria há muito potencial, o roteiro parece bem pensado.

O que não possui muito aprofundamento é a construção de personagem de Lee. Ela faz uma menina problemática que é um clichê ambulante. Todas as suas atitudes soam derivativas, parecem genéricas, mesmo que o desempenho dramático de Simpkins passe longe de ser ruim. A personagem é claramente mal escrita.

Lee se aproxima de Blake Holloway, atriz que participará do filme também. A menina é feita pela cantora Chloe Bailey, que atuou em Uma Dobra no Tempo e Acertando o Tom.

Aparentemente os personagens femininos são todos tortos, baseados em arquétipos ligados ao lugar comum. Ela é a jovem mística, que até toma banho de salvia, a fim de afastar más vibrações, azar ou algo que o valha.

Vem dela a fala mais do que óbvia sobre os sets amaldiçoados. Daí começa um embate entre Lee, que é cética e ressabiada, com a menina, que imediatamente se torna seu interesse amoroso.

O ceticismo dos Miller é barrado quando a filha assiste o pai sofrendo com estranhos episódios de sonambulismo. Ela não demora a associar os temas de invocação maligna de The Georgetown Project.

Após esse episódio, quando Tony erra algumas falas, em uma cena com Joe, Peter chega a ele, próximo do ator mais jovem, basicamente para provocá-lo, dizendo que Anthony é irredimível, que o diretor acreditou nele apesar de não fazer bons trabalhos recentemente.

Ele o xinga de maneira indizíveis, ataca no pessoal, fala do filho perdido e do câncer de sua esposa.

Anthony tem sonhos frequentes com um rapaz, que vem a ser ele próprio, interpretado por Jayden Fontaine, quando ainda jovem. Entre esses momentos, que parecem ser eventos que marcaram maldosamente seu passado. Entre esses pesadelos, também se vê as páginas do roteiro rabiscadas.

Lee o encontra na parte baixa da casa, sem luz, se urinando, obviamente imitando o momento que Regan faz o mesmo, em uma festa de sua mãe em O Exorcista.

Depois ele fica com olhos esbranquiçados, como se estivesse fora de si, ou seja, parece estar possuído. Ao tomar banho, aparecem manchas escuras em sua pele, como varizes.

No entanto nenhuma dessas intercorrências é tão grave quanto o fato de que ele voltou a beber. Lee o encontra todo arranhado, com mãos feridas e inchadas e com um cheiro terrível de álcool. Ele diz que não quer passar por todo o drama de novo.

Quando ela avisa que vai sair ele não permite, usando poderes telecinéticos para fechar a porta, de maneira ridícula e nada sutil, só perdendo em patetice para o momento em que ele olha para Lee e diz que não é mais Tony.

Depois do dia 50, Lee leva uma gravação do pai falando em latim, cita Molech, o espírito de Georgetown Project e partir desse ponto a coisa degringola.

Como esse é um lançamento nos cinemas, avisamos que falaremos com mais spoilers do final. O aviso está dado.

O Exorcismo : O filme de possessão que é uma montanha russa de emoções

A coisa se perde a partir do minuto 59, na cena de contorcionismo bizarro de Tony.

Em meio a gravação que ele protagoniza o sujeito vai para a frente da atividade e do cenário montado para começar a se contorcer, em uma tentativa de horror corporal cujo efeito é muito malfeito.

É de um constrangimento atroz, que rivaliza bastante com a cena em que a possuída cega Ellen Burstyn em Exorcista O Devoto. Tudo acontece após uma bronca de Pete a ele, quando o mesmo erra uma fala, justamente quando Blake faz nova versão de Regan, possuída.

Depois de ocorrer tudo isso, depois do grande susto que todos passaram, a ordem dos fatos segue como se nada tivesse ocorrido.

Era para todos os profissionais abandonarem o set, nunca mais querendo participar, mas Peter ainda tenta convencer Joe a mudar seu papel, para ganhar mais foco do roteiro, em detrimento de Tony. O diretor, que antes era tão esperto, age como um tolo, não percebe o óbvio e acaba condenando o ator.

Worthington não está mal, ao contrário da maior parte dos filmes que faz. No entanto, seu personagem não tem profundidade mínima que seja. Ele entra e sai na trama de maneira gratuita e bizarra. Só aparece quando é conveniente. A forma como ele perece rivaliza com outro óbito bizarro, que ocorre só no final.

Ninguém absolutamente suspeita de Tony, mesmo ficando claro que foi ele quem matou o rapaz. A filha se ocupa de tentar dar os remédios para ele enquanto ninguém se preocupa em investigar o sujeito, mesmo depois de um surto bizarro que ele dá no set.

A sucessão de eventos é tão confusa que parece uma daquelas fitas antigas, cujo conteúdo se perdeu em partes ou simplesmente foi cortada parte dos filmes originais. A tentativa de suicídio, o ingresso de Conor na interação de Lee e Blake...nada faz sentido.

O Exorcismo : O filme de possessão que é uma montanha russa de emoções

Muitos críticos que viram o filme começaram suas resenhas se perguntando até onde o projeto original de Miller ia e onde começaram as sugestões do estúdio. Para esse analista, fica bem claro que todo o simbolismo posterior a primeira hora de filme foge completamente da ideia que Joshua tinha em homenagear o filme e a franquia que seu pai estrelou, já que Jason Miller esteve também em O Exorcista III e sua versão mais fiel ao livro, Legião, de William Peter Blatty, os dois estilos que esse produto final tenta misturar não tem qualquer sentido.

O final é na verdade um amontoado de cenas que tentam causar impacto no público, mas que não tem qualquer sentido ou razão de ser.

Fora a obviedade do absurdo de Molech ter jogado o corpo de Tony de cima de um prédio - ele aparece inteiro, mesmo que as cenas indiquem que ele não deveria estar assim - ainda se quebra qualquer ligação entre personagem e público.

A boa construção da Anthony como um homem trágico cai por terra, ao associar o ator a uma sorte de pecados que não tem qualquer sentido em estar ali. Não há motivos para tentar colocar ele como alguém abusador, molestador e incestuoso.

A sua questão no passado tinha a ver com vícios, não com violência sexual, embora uma questão possa andar junto com a outra. Como fica implícito que Anthony foi molestado por um sacerdote quando criança, é capaz que ele tenha feito o mesmo com a filha. Essa menção é torta e por ser mal resolvida complica toda a construção, quase justifica o possível pecado do sujeito.

O texto é tão mal construído que inviabiliza uma reflexão mais profunda sobre ele. Também soa muito forçado o sacrifício do padre, que pede para que as meninas saiam.

Ele é sem dúvida o padre mais progressista do mundo, capaz de se entregar como carne para o abate, para salvar um casal LGBT e um ator bêbedo.

Curiosamente, são esses três seres que parecem ter mais sorte ao lidar com um possesso, mesmo que não tenham qualquer instrução, treinamento ou algo que o valha.

O desfecho do Padre Conor é bizarro, com um evento envolvendo um crucifixo que certamente ninguém imaginaria ocorrer. Na série de filmes indonésios The Doll, organizada pelo diretor Rock Soraya, há sessões de exorcismo violenta, onde os expulsadores de demônios terminam machucados, mas nada que se aproxime disso.

A impressão que fica é que Tony parece ter gostado de matar. Virou um assassino profissional, que insere isso em sua rotina e até tem coragem de se confessar em uma igreja católica, como se esse fosse um erro simples de resolver e não um crime que pode ocasionar pena de morte até.

O Exorcismo é uma obra desconjuntada. Tenta ser uma dezena de coisas diferentes, erra em todas as possibilidades. Fica a curiosidade para que um dia lancem uma versão do que Miller pensou inicialmente, mas as esperanças para que isso ocorra são mínimas. Vale pelo trash e pela audácia de apresentar clichês de tantos tipos diferentes de cinema de horror.

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