A retomada da franquia Pânico é um grande evento simplesmente por existir. O trabalho do coletivo Radio Silence já havia tido um resultado muito positivo já que Pânico 5 (ou só Pânico/Scream) foi muito elogiado por resgatar de uma maneira humilde e moderna os clichês estabelecidos por Wes Craven e Kevin Williamson. Já Pânico VI sofreu bastante, especialmente com o que vai além da narrativa cinematográfica.
O longa estreou no primeiro semestre de 2023 e ficou famoso por uma crise com a antiga estrela da franquia e interprete de Sidney Prescott, já que Neve Cambpbell e os produtores não chegaram a um acordo financeiro satisfatório para ela.
Essa situação fez com que a dupla de diretores, Tyler Gillett e Matt Bettinelli-Olpin, tivesse que lidar com a ausência e o resultado é uma trama que consegue tirar proveito dessa inconveniência, mas que tem problemas na essência do produto, independente até da falta de A, B ou C.
Da geração antiga retornaram duas personagens, a repórter Gale Weathers, que repete parte dos problemas de construção da personagem, ignorando por completo a evolução da mesma, além de Kirby Valentine, uma sobrevivente de Pânico 4 que faz uma aparição de duração até considerável, resultando enfim em uma pessoa que de fato faz parte substancial da trama e não é apenas um easter egg ou fan service.
A localização da história é em uma zona urbana bastante conhecida, no caso, Nova York. Woodsboro havia sido palco do primeiro Pânico, do quarto e do quinto filme, mas mesmo quando Craven levava sua narrativa para outro lugar era em um ponto isolado, onde um assassino teria dificuldade de se dissipar na multidão, como uma locação de cinema ou um campus de faculdade distante da cidade.
Agora, qualquer esquina é repleta de gente, inclusive de fãs da franquia Stab/ Punhalada.
Como a obra estreou já há um tempinho, falaremos com spoilers. O aviso está dado.
A introdução se dá com um despiste, com o artificio de engodo conhecido como Mcguffin, tal qual o mestre do suspense Alfred Hitchcock gostava de fazer e fez em Psicose.
A primeira pessoa a aparecer é Laura Crane, uma mulher solteira, bela, interpretada pela ótima Samara Weaving que esteve no também bom Casamento Sangrento, outro filme da Radio Silence.
Ela é uma professora universitária que dá aulas teóricas sobre cinema, cuja especialização é na temática dos Slasher Movies/Filmes de Matança. Sua apresentação é dada em um bar, com ela visivelmente incomodada por estar sozinha, enquanto conversa com alguém pelo celular.
Nesse trecho é bom salientar que obviamente não há qualquer surpresa sobre o seu destino. Desde sempre Pânico, Scream e até os filmes dentro dos filmes Stab/A Punhalada começam com uma morte marcante. A exceção no caso foi o último capítulo, que inicia com um ataque mas que não resultou em morte.
Crane já nasce condenada dentro da trama, o problema é como se desenvolve a sequência. Depois de deliberar com a pessoa, ela acaba caindo em uma armadilha que de tão incipiente, chega a ser infantil.
Ela é esfaqueada depois de sair de uma rua movimentada, indo para uma viela isolada, mas não tão longe da movimentação.
Acaba sendo massacrada pelo assassino e pela situação irônica e dramática de se deixar capturar nas festividades de Dia das Bruxas, época em que usar máscaras é super comum, época em que barulhos são mais facilmente abafados.
O matador do início é Jason, que é claro uma referência mais do que óbvia a Sexta-Feira 13. Mas o personagem de Tony Revolori não dura muito.
Ele conversa com alguém pelo telefone, uma pessoa de autoridade sobre ele, claramente é de um sujeito de hierarquia superior, que usa a voz de Ghostface de Roger L. Jackson.
A sequência como um todo termina de maneira bizarra, primeiro porque ele teve contato com Tara (Jenna Ortega), uma das final girls anteriores, segundo por conta de Jason encontrar seu amigo Greg (Thom Newell) fatiado na geladeira.
Esses dois fatores demonstram aspectos curiosos. O primeiro ajuda a demonstrar como Laura é alguém fácil de enganar, já que ela sendo uma professora substituta foi enrolada por um aluno em fase de graduação.
A inteligência dela é automaticamente diminuída só por isso, mas como ela não tem muito tempo de tela, dá para relevar uma construção meio porca da personagem.
O segundo ponto é curioso por perverter o chavão horroroso do WIR, sigla que signfinica ou Woman in Refrigerator ou Mulher na Geladeira. Normalmente esse chavão é utilizado na cultura pop para motivar um herói, matando uma mulher, que pode ser seu par ou uma parente.
Como Jason não é um herói e como a pessoa ali é um menino, a perversão pode ser encarada como algo inteligente, mas o tom ainda é de mau gosto.
Há um terceiro aspecto de destaque, que é a violência que se estabelece bem cedo. Ghostface ataca o rapaz, o trata como se fosse um animal, um ser bestializado, chega a chama-lo assim e a igualar o garoto a um pedaço de carne, terminando o serviço fazendo um corte na barriga, que expões suas tripas e vísceras.
A máscara dessa versão é mais escura, seus métodos são mais sujos e claramente não parece se importar com mais nada, nem como os rumos dos filmes, ao contrário de Jason. Para este novo assassino, o que ocorria na franquia Stab simplesmente não importa.
Outro aspecto de destaque é que desde cedo é dado que há mais de um assassino, como aliás aconteceu em quase todos os filmes da cine-série. No entanto, dessa vez há diferenças até visuais entre os matadores, com configurações visivelmente diferentes nas máscaras, no modo de andar e de matar.
A trama logo vai a alguém conhecido, retornando a Samantha 'Sam' Carpenter de Melissa Barrera. Apesar dela estar em uma situação limite, há um esforço no sentido de melhorar e de superar os traumas do passado, tanto que ela se submete a terapia.
O irônico é que até esse esforço tem resultados ruins, já que seu médico, o Dr. Stone (Henry Czerny) é bem covarde, ameaçando até chamar as autoridades quando ela assume que matou Richie, seu antigo namorado e assassino da última vez.
Ela não é compreendida sequer por quem a atende em um consultório e tem que lidar com uma questão nova, pontual e bem esperta da parte do texto. Há uma perseguição entre fãs de A Punhalada, com discussões em fóruns de fãs de que ela é é na verdade a culpada pelas mortes do quinto capítulo da cinessérie. Segundo esse hoax ela matou a todos e jogou a culpa no personagem de Jack Quaid.
Algumas dessas questões da personagem já eram esperadas, até óbvias. A má fama já a acompanha antes mesmo dela reagir em legítima defesa, dado que ela era filha de Billy Loomis. O que é novo, e muito bem-vindo é o advento da relação fraternal de superproteção que ela impõe a Tara.
O novo paradigma apresentado é o incômodo da irmã caçula em ser cercada de cuidado e afeto. Tara ficou fora de combate a maior parte da história anterior, mas mesmo assim não quer se deixar definir pelo passado.
Sua atitude que melhor demonstra isso é quando ela verbaliza que três dias ruins não definirão quem ela é. Finalmente a personagem tem personalidade, não é apenas a menina divertida que gosta de pós-horror e de O Babadook, e sim alguém que interfere no próprio destino, que não esquece o que passou mas busca superar a experiência traumática, com muito mais afinco aliás que qualquer outro personagem.
Ela foge da condição de ser apenas uma personagem fofa e bonitinha. Possui camadas e decide querer vive, a sua juventude, incluindo aí possíveis más decisões.
No entanto, Sam, Chad (Mason Gooding) e Mindy (Jasmin Savoy Brown) parecem não enxergar ela como uma igual. Os três a tratam como se ela fosse alguém frágil. É sempre cercada e observada por algum desses, que agem de maneira condescendente por eles.
Eles agem como se ela tivesse sido a única pessoa atacada, quando na verdade, são todos iguais, todos quase morreram, ela só foi atacada primeiro, sequer foi a pessoa que mais ficou perto de morrer, já que Chad por pouco não pereceu no final.
Quando os sobreviventes veem na televisão que um assassino com máscara executou uma pessoa, Sam entre em modo de emergência, pede para elas fazerem as malas, que em 10 minutos estariam saindo.
Tara se desespera, diz que nada fará, até envolve sua roommate Quinn (Liana Liberato) na conversa, pedindo para que ela intervenha, já que é filha de policial. Ela pede para que a amiga verifique com seu pai quem são os suspeitos, para provar a irmã que não tem nada a ver esse caso com o das duas.
Ela estava enganada, obviamente. O assassino liga para Sam e ainda é irônico, já que o faz a partir do número de Richie. Ele anuncia que atacará e de fato faz. Ghostface não tem pudor algum em atacar na rua. Faz um estrago, esfaqueia pessoas em lojas de conveniência, rouba uma espingarda do comerciante e atira. Ele é cascudo, agressivo e não possui limites.
O filme tem uma duração considerável, e mesmo tendo mais de duas horas o ritmo é muito bom, especialmente no primeiro terço, já que é frenético e explora bem os personagens antigos e ainda introduz os novos.
Um dos introduzidos é o detetive Wayne Bailey, de Dermot Mulroney, personagem que é pai de Quinn. Junto a ele também aparece a nova/velha figura Kirby Reed (Hayden Panettiere), que se tornou uma agente da lei, entrando para o FBI.
Kirby e Sam estudaram juntas no High School, uma no ultimo e outra no primeiro ano e o cumprimento das duas se torna um aceno para os fãs e para os personagens, um registro de que as coincidências aqui são bastante suspeitas.
O núcleo de personagens antigos segue com problemas na participação que Courteney Cox faz. Mais uma vez Gale retorna à mediocridade intelectual e moral, já que ela escreveu mais um livro sobre um massacre de adolescentes.
Para além do tropo cansativo dela estar na condição de "eterno retorno", há uma ótima piada, de que ela não conseguiu vender os direitos para fazer o cinema, já que o mercado só quer séries de true crime, segundo ela própria. Se há uma boa questão de metalinguagem, certamente é essa.
Os personagens são melhor desenvolvidos, e por "personagens" leia-se o quarteto sobrevivente. Todos eles melhoram, Chad parece alguém real e não só um rapaz de corpo bonito, Tara não aceita que a tratem como coitada, Mindy é a mais inteligente e menos a cópia de Randy.
Mesmo que eles apelem eventualmente para questões estereotipadas, são quase todas pontuais e não impedem eles de parecerem pessoas tangíveis.
Entre todos, a melhor desenvolvida é Samantha. Ela aparece como alguém abnegada, que é tão traumatizada que não consegue viver sua vida, atrelando sua existência a da irmã.
Ela é um alguém culpada e incapaz de se julgar como um indivíduo bom e com talentos. Há uma bela justiça poética, em um trabalho de roteiro de James Vanderbilt e Guy Busick , já que agora ela se torna ela alguém digna de torcida.
Nesse ponto, também colabora a não participação de Sidney. Não há uma competição pelo holofote de heroína insegura. Não tendo um espelho e uma comparação, finalmente ela tem condições de brilhar.
Há também alguns aspectos de qualidade discutível no texto, especialmente no que tange o fato de Mindy ser uma espécie de professora de roteiro. As rimas estabelecidas com Pânico 2, que se passa também em uma faculdade são legais e bastante óbvias, mas as elucubrações dela são bastante forçadas. Faltou inspiração nessa parte do script.
Segundo ela o assassino repete a perseguição do segundo capítulo da saga, enquanto o filme também o faz. Ela acha que a abordagem pode ser ligada mais a franquias no geral e menos a segundos capítulos ou "partes dois" de sagas. Enfim, é mais blábláblá cinéfilo e uma tentativa fraca de quebra de quarta parede.
Já os novos personagens estão bem aquém. A já citada Quinn é apagada. Ethan (Jack Champion) não passa do estereotipo do nerd virgem, e nem Anika (Devyn Nekoda), já que é calada e parece estar lá apenas como assessório, sendo a namorada de Mindy e nada além disso. Até o vizinho caladão e com cara de malvado Danny (Josh Segarra) tem mais momentos que ela, mesmo não sendo um primor de atuação ou de boa exploração do texto.
O personagem com destaque - portanto, principal candidato ao crime - é o detetive Dermot. Ele acha Kirby suspeita e faz questão de falar isso sempre que pode, dentro da velha tática de plantar elementos que seriam desenvolvidos mais à frente.
Os personagens notam o padrão de deixar as máscaras dos donos antigos nas cenas dos assassinatos. A ideia é mostrar não só o legado, mas também a superação de paradigmas. Seja quem for o novo matador, esse é mais forte, mais cruel e mais violento.
As mortes são muitas, mas sempre em personagens desimportantes. Isso tira a gravidade desse banho de sangue, mesmo que o volume de mortos aconteça muito rápido. Resta a momentos tensos, como a transferência de apartamentos via janelas com uma escada.
Ao menos os efeitos de maquiagem e efeitos práticos são muito bons. Há um grande cuidado na utilização dos efeitos digitais, deixando foco nos momentos de violência mais realistas, com efeitos práticos que tornam cada morte em algo mais palpável, mais fácil de sentir.
Como a trama vai até Nova York, natural que haja mais momentos audaciosos. Isso se vê especialmente no cenário que louva a cultura de Stab.
Jason e Greg tinham um lugar escondido, uma espécie de templo de louvor aos Ghostfaces. Ao longo do filme é dado que eles apenas tinham acesso, não eram os donos do lugar.
Visualmente não há do que reclamar. O cenário é deslumbrante, surpreende pela boa construção, é na verdade um cinema, que reúne diversos objetos dos personagens clássicos, se tornando assim um lugar de culto, um santuário que louva os assassinos que passaram por Woodsboro e que perseguiram aquelas pessoas.
Aqui se nota que o lugar contém facas, roupas, muita coisa dos mortos e até dos sobreviventes.
Entre os itens, se destacam os livros de Gale, entre eles Woodsboro Murders, College Terror, Hollywood Terror, Knife of Doom, Ghostface Returns, Knife of the Hunter, Wrongly Accused, Clock of Doom, Stabbed in the Back: The Real Sunrise Story. Não fica claro quantos capítulos de Punhalada existem, mas só aqui há 8 ou 9 livros escritos por ela.
Teoricamente o novo assassino usurpou de Jason e Greg as máscaras e a motivação, como é demonstrado na cena inicial. Mas o mistério maior fica por conta da manutenção do lugar. Certamente não seria barato isso, ainda mais para dois estudantes de faculdade.
Mesmo que eles tenham família rica, dificilmente teriam verba para manter um lugar desse alugado, ainda mais com tantas provas de crimes.
Nas conversas entre os sobreviventes até levantam a possibilidade de aquilo ter sido arrumado diretamente com a polícia, fato que ajuda a reduzir o número de suspeitos.
Um aspecto bem marcante e negativo são as conversas de Sam com seu pai. A aparição de Skeet Ulrich retorna em um momento de extremo stress. O motivo dela não é ruim, mas a participação em si é patética mesmo sendo breve.
Ele é visto refletido em superfícies de metal, perto dos manequins com as capas dos Ghostfaces. Essa tática obviamente mira esconder o efeito especial ruim e a falta de orçamento para tentar rejuvenescer ele digitalmente, mas resulta num esforço pobre e tosco, visual e moralmente.
Mas ainda assim há viradas. Os personagens antigos são bem utilizados.
A cena de Gale recebendo telefonemas e sendo atacada é bastante tensa, faz as pessoas se importarem com ela, mesmo que não faça tanto sentido. Mas não dá para ignorar que ela é acompanhada de um personagem descartável, de um namorado que não recebe nenhuma importância na trama, por quem também não há qualquer lágrima vertida. Aparentemente, ele está lá só para embelezar o cotidiano dela e o filme nem se importa em disfarçar isso.
Já a sequência do metrô é qualquer nota, até por não expandir muito fora o receio de encontrar Ghostfaces espalhados nas ruas. Como esse momento já havia sido explorado nos trailers e materiais de divulgação, acabou meio reduzida nos significados. Vale pelos easter eggs nas fantasias de halloween, que incluem filmes de horror italiano, Hellraiser, lobisomens, espantalhos, múmias...
O final perde bastante fôlego. Curiosamente, até o momento em que os assassinos se assumem o ritmo segue bom. Até a parte em que percebe que Richie inspirou Greg e Jason enquanto cineasta é legal, uma vez que dá importância ao assassino anterior, mostrando ele como um fanático pela sétima arte, mas o modo como se expõe os segredos é meio patético.
Tentar transformar Richie no novo Billy Loomis é uma questão já esticada demais, esgarçada e cansativa. Se ela se estender por um terceiro filme vai demonstrar que falta criatividade e desapego a ideias ruins da parte da Radio Silence.
As atuações dos novos vilões é de despreza. Mesmo Mulroney que até a revelação ia bem, se torna canastrona e caricata no momento em que ela assume seu plano. Além de sex expositivo, tal qual um vilão de gibi antigo, ele se tornar um sujeito careteiro bizarro.
O mesmo pode-se dizer de Ethan e Quinn. Tal qual ocorre com o policial eles também fazem expressões horríveis. Chega ao cúmulo de eles quase imitarem a expressão da máscara boquiaberta, mas acompanhada de um sorriso bizarro e mal encaixado, que deixaria a entidade de Sorria com inveja.
O desfecho é bem piegas, reforçando a ideia de legado, com as irmãs Carpenter assumindo o papel de assassinas. Também faltam mortes da parte dos mocinhos, praticamente só a namorada de Mindy cai entre os personagens bonzinhos.
Ao menos serviu para pavimentar o caminho para Jenna Ortega se tornar a protagonista dessa nova história, embora ela esteja com a agenda bastante cheia, inclusive em grandes franquias.
Sobre o presente, é difícil não gostar desse novo longa, já que tecnicamente ele é muito bem feito. Aspectos como a direção de fotografia de Brett Jutkiewicz e a localização de Nova York realmente fazem diferença, assim como o carisma dos personagens.
O problema é o conteúdo, já que não há quase nada de metalinguagem para discutir. Cada novo filme falava a respeito de movimentos e tendências do cinema de horror e aparentemente, falas sobre pós horror e os reboots no estilo Halloween de David Gordon Green já foram abordados na parte 5.
O pouco tempo de intervalo serviu para esvaziar as chances de discutir cinema e isso transforma esse sexto capítulo em algo mais genérico. Fica a dúvida para o próximo, se haverá uma nova aposta, como transformar um dos personagens principais em vilão ou não.
De qualquer forma, dificilmente vai ocorrer uma nova moda ou onda para comentar, especialmente se Pânico 7 estrear em 2024 como está previsto e simplesmente brincar com os problemas de obras recentes como Halloween Ends é fraco, uma derivação tosca que mais tem a ver com a franquia Todo Mundo em Pânico e menos com o que Craven e Williamson pensaram nos anos 1990.
Pânico VI é apelativo, especialmente por exibir dois Ghostfaces mascarados de maneira simultânea, mas mesmo seus defeitos parecem charmosos, ao menos nesse quesito. É esperado que para o futuro os roteiros não se percam tanto em exposição, além de que se aguarda que a história só retorne com uma boa história para contar, se não o diferencial da franquia simplesmente se esvaziará.