Review: The Walking Dead S08E07 - Time For After

FAZ QUE VAI, MAS, NÃO VAI

The Walking Dead é o tipo de série que, em muitas ocasiões, desafia a nossa paciência. Muitos acabaram abandonando ela ainda nas primeiras temporadas. Para quem chegou aqui, continua firme e forte, mas, não significa que as falhas (principalmente, de roteiro e de direção) não sejam apontadas até por aqueles que se consideram grandes fãs do “universo Walking Dead”.

Começamos este mais recente episódio vendo o Rick sofrendo em seu cárcere devido à sua “brilhante” ideia de pedir ajuda aos Catadores, o que não tem justificativa alguma, já que, pelo menos, até aquele momento, o plano de encurralar os Salvadores, e fazê-los se render, estava indo de vento em popa. Não deu outra:  preso e subjugado.

Porém, este episódio não vai se focar em Rick, mas, em Eugene. Ok, não estamos falando do personagem mais carismático da série (muito pelo contrário), mas a perspectiva de ver quais as reais motivações dele para ajudar com tanto empenho o grupo do Negan são boas; O problema? Estamos falando de um dos personagens mais fracos de The Walking Dead, em todos os sentidos.

O roteiro até faz parecer que Eugene sofre com uma certa dualidade pelo fato de ter saído do grupo de Rick, e agora, estar lutando ao lado de Negan. Só que as suas motivações, pelo menos como são exploradas, são fracas e repetitivas, calcadas apenas da questão de querer sobreviver. Só que disso, já sabíamos desde que o personagem surgiu, algumas temporadas atrás. É como se, simplesmente, ele não tivesse evoluído, e se não evoluiu, não era necessário um episódio inteiro para ele.

Inclusive, a confusão mental de Eugene parece afetar os roteiristas. Numa hora, o personagem diz ao padre Gabriel que está com Negan para o que der e vier, e, na sequência seguinte, recusa-se a entregar Dwight como traidor. Estaria ele elaborando um plano perfeito, que será  revelado somente no final dessa temporada? Pouco provável.

O outro núcleo deste episódio também não convence, que é aquele que envolve Morgan, Michonne, Daryl, Rosita e Tara. E esse núcleo se resume  a: por vingança, pessoas do grupo de Rick colocarão todo o plano a perder. Com indecisões mal formuladas entre esses personagens, motivações sem nexo, e uma ação simplesmente kamikaze, resolve-se “adiantar” a queda dos Salvadores.

E, por fim, temos no episódio um Rick badass, seminu, desarmado, encarando um zumbi de armadura, e mais um monte de Catadores (que deveriam estar armados). Tudo não passa de conveniência de roteiro pra tentar justificar o plano de Rick, e fazer com que o pessoal do lixão se alie a ele numa sequência bem mal filmada, diga-se.

E, mais uma vez, a série não avança, e só pula de um ponto A para um ponto B por causa de alguns personagens com esquizofrenia em querer resolver tudo na marra. A tão prometida guerra continua parecendo “fogos de artifício”.

Redação

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