Cupcakes e maconha. Geralmente a gente assiste um episódio pré-finale esperando cliffhangers mindfucks, um clima tenso e o desenhar de arcos angustiantes para a despedida. Bates Motel tomou decisões tão curiosas, que ao final de Underwater eu me vi tenso por um determinado gancho, porém tinha a noção de que havia assistido o episódio mais divertido da série até então. Sim, o corpo do delegado Shelby deixado de lembrança para Norma foi o responsável pelo momento mais surtado da mama Bates, e esta explosão imprimiu um timing cômico quase irônico que se somou a estadia dos aparadores no Motel. A impressão que eu fiquei é a de que qualquer trama avulsa brilha com a inclusão de Norma.
Norman foi quem esteve mais por fora e ainda lidando com o gelo de Bradley. A súbita relação que ele passa a estabelecer com a professora (envolvida em outro mistério desde já) não me empolgou tanto. O que me interessou mesmo foram as mudanças nos tons dos seus sonhos. Ele nem chega a negar pra Dylan que sonhou dando um fim em Bradley. O irmão do rapaz até tenta fingir um certo conforto durante a conversa, mas ele bem sabe o que isso significa para o estado atual de Norman.
A ameaça do sr. Abernathy funcionou e Norma decidiu abrir mão de tudo. A histeria da mulher é fruto do trabalho excepcional de Vera Farmiga (Emmy né?!). Nossa expressão quando ela enlouquece é mais ou menos aquela estampada no rosto dos empregados de Dylan. Durante todo o episódio, o misterioso Abernathy continua a tortura psicológica e infelizmente a maioria da defesa de White Pine Bay já acha Norma louca e nem liga muita para as suas denúncias. Só a resta fugir mais uma vez, porém Norman não aceita a imposição da mãe e a responde no mesmo nível de Dylan. A decepção dela foi bem penosa e a reconciliação dos dois momentos depois me deixou com um sorrisão pela cena fofa ao estilo Bates Motel.
E a lindinha da Emma? Não sei se é a fragilidade ou o modo altruísta com o qual ela encara sua condição, mas tenho um apego pela moça que não dá pra explicar. O alívio cômico que foi ela tentando controlar os aparadores no Motel rendeu uma paquera (já shippo ela com o maconheiro) e a primeira experiência com drogas. A cara de Emma ao tentar explicar pra Norma que ficou chapada com um cupcake de desculpas foi impagável. O cuidado que a mama Bates tem com ela também não me escapou, e eu torço mais e mais por cenas entre as duas.
Mesmo querendo sair às pressas de White Pine Bay, Norma descobre outro empecilho. A desvalorização do Motel não lhe trará o lucro da primeira compra, e se ela vender, o estabelecimento vai sair no prejuízo. A surra de bolsadas que ela deu no corretor ao descobrir a informação foi outro dos momentos divertidos, e apesar de tudo eu fiquei com pena dela. Nesse meio tempo, Dylan se juntou a Bradley (uma bitch metida a sonsa, bem que eu desconfiei) que com o mesmo papinho manso usado para atrair Norman, convence o Bates mais velho a invadir o escritório do pai na “empresa” de Gil.
A repercussão dessa aproximação entre Bradley e Dylan vai explodir de dois lados, pois nem Gil e nem Norman vão gostar muito quando descobrirem. No entanto, o gancho pra finale veio mesmo do ultimato que o sr. Abernathy da para Norma. A grana da última moça traficada ainda não foi reposta, e ele tem certeza que mama Bates sabe do paradeiro.Um prazo foi dado, e semana que vem a gente confere o boom para uma temporada irretocável. Ansiosos?
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