Estreia do diretor de O Poderoso Chefão e Apocalipse Now acontece aqui, em um longa que segue a esteira do cinema de Mario Bava e Alfred Hitchcock

Demência 13 é um terror de baixo orçamento que é celebrado especialmente graças a sua equipe de produção em detrimento de sua trama, que é por muitas vezes subestimada.
Lançamento de 1963, foi produzido por Roger Corman e dirigido por Francis Ford Coppola, resultando assim em um conto gótico, macabro e bizarro, no interior da Irlanda.
Sendo assim uma coprodução entre a Irlanda e os Estados Unidos, o longa mistura drama, horror e suspense, com uma história que gira em torno da família Haloran, um grupo de intimidade que guarda um segredo macabro.
Eventualmente, esse fato escondido é elevado a luz, se tornando conhecido da parte de quem não sabia, iniciando assim uma série de eventos estranhos, que envolvem até o surgimento de um assassino de intenções misteriosas.
O ponto de partida dramático
A trama inicia com Louise percebendo que não herdará nada se sua sogra, Lady Haloran, falecer. Ela então lança mão de uma falsificação, depois que ocorre uma coincidência macabra.
Aos poucos o mistério do matador ganha importância essa questão, mas não eclipsa completamente esse fato.
Inspiração e parceria
Na prática esse é um filme que tem duas referências básicas, para o diretor: Mario Bava e Alfred Hitchcock, especialmente em Olhos Diabólicos e Psicose.
A ideia de Francis Coppola – que assinava assim antes de adicionar Ford ao nome - estava auxiliando Roger Corman no set de Desafiando a Morte na Irlanda.
Corman então permitiu que Francis usasse o mesmo cenário, equipe e atores - como Luana Anders, William Campbell e Patrick Magee, para rodar a sua ideia de filme.
Coppola queria fazer uma história de horror, para isso acabou utilizando os mesmos recursos e cronogramas do filme de seu mentor, em conformidade com o cronograma e as filmagens de Desafiando a Morte.
É por esse motivo que Corman é produtor, por isso foi homenageado por Coppola em O Poderoso Chefão 2 com um papel e tem seu nome em um oficial do exército em Apocalipse Now.
A equipe ao redor de Coppola e a estreia
Formam também a equipe criativa o escritor não creditado Al Locatelli, além de Jack Hill, cujo texto engloba os momentos de filmagens de segunda unidade. Marianne Wood foi produtora associada.
O filme estreou nos Estados Unidos em 7 de agosto de 1963, em uma premiere em Indianapolis.
No Canadá chegou em 31 de agosto. Chegou aos cinemas de Los Angeles no mês de setembro, enquanto em Nova York estroeou no seguinte, no outubro do halloween.
Na Itália chegou em julho de 1964, no Reino Unido saiu em outubro de 1964 e em Portugal foi lançado numa premiere de tv em novembro de 1985.
Sobre o nome:
Durante uma entrevista no TCM, Roger Corman afirmou que, embora o título original do filme fosse "Demência" (Dementia, em inglês) ele descobriu que havia outro filme com o mesmo nome, Demência, de 1955.
Por isso, decidiu alterá-lo, pensou que o número 13 era tipicamente considerado um algoritmo assustador e Dementia 13 soava bem.

Ele ligou para Francis Ford Coppola e perguntou se poderia acrescentar algo no roteiro. Sugeriu colocar na boca de algum personagem algo pessoal e pretérito, um sinal ruim relacionado ao número.
Por isso se escolheu englobar um trama em um personagem justamente aos 13 anos, fato que influenciaria boa parte da trama, por consequência e seria essa a justificativa da adição do número. Coppola então concordou.
O título original é Dementia 13. Já na Irlanda e Reino Unido, The Haunted and the Hunted, na parte espanhola dos EUA Demencia. Na Bulgária é Луди сънища, na Dinamarca é Djævelens borg, na Grécia é Παραφροσύνη, na Itália é Terrore alla 13ª ora, enquanto na União Soviética é Безумие 13.
Locações e gravações
O período em Coppola rodou esse foi no mês de setembro de 1962. As gravações ocorreram em County Dublin, County Wicklow.
Também houveram cenas no Howth Castle em Howth- Fingal. Esse lugar foi a base para o Castelo Haloran, ou seja, foi a locação onde teve mais filmagens.
Boa parte das cenas internas foram no Ardmore Studios em Herbert Road, Bray.
A Roger Corman Productions (a Filmgroup presentation) produziu esse. A distribuição foi da American International Pictures (AIP) nos EUA, da Astral Films no Canadá ambos em 63. A Regal Films International lançou no Reino Unido em 1964.
A Marengo Films e Alpha Video Distributors lançaram o longa em DVD, no ano de 2004. A Multimedia Group lançou em DVD no Brasil, no mesmo ano.
Quem Fez
Esse foi o primeiro crédito de Francis Ford Coppola como diretor, como foi dito, assinando ainda Francis Coppola.
Ele assinaria dessa mesma forma também em outras obras futuras e de épocas distintas, a saber Apocalypse Now, O Fundo do Coração, Vidas Sem Rumo, Cotton Club, Peggy Sue, Seu Passado a Espera e Jardins de Pedra.

Coppola conheceu sua esposa Eleanor durante as filmagens deste Demência 13.
Até o lançamento desse, fez Sombras do Terror junto a Corman, onde dirigiu algumas cenas. Também fez O Poderoso Chefão, A Conversação, O Poderoso Chefão Parte II, Tucker: Um Homem e Seu Sonho, O Poderoso Chefão Parte III.
Dentro da sua filmografia há tambpem obras de terror como Drácula de Bram Stoker e Virgínia.
Recentemente, lançou Megalópolis.
Ele escreveu a maioria dos filmes que dirigiu, além de Esta Mulher é Proibida, Paris Está em Chamas, Caminhos Mal Traçados, Patton, Rebelde ou Herói? e O Grande Gatsby.
Al Locatelli é conhecido por ser diretor de arte, em obras como Planeta Sangrento, Os Homens São Homens, Caçada Feroz e A Mulher do Chefe. Fez essa função também em Desafiando a Morte e Demência 13.
Hill dirigiu Sombras do Terror, sem créditos, também Spider Baby, Serenata Macabra, A Serpente do Terror, além de blaxploitations como Coffy: Em Busca de Vingança e Foxy Brown. Escreveu Sombras do Terror e praticamente todos os filmes que dirigiu.
Corman é conhecido como o padrinho ou o chefão do cinema B. Dirigiu obras como Um Balde de Sangue, O Dia do Fim do Mundo, A Loja dos Horrores, A Guerra dos Satélites e Frankenstein: O Monstro das Trevas. Produziu dezenas de obrasc, como Os Devoradores de Cérebros e Massacre.

Restauração
O estúdio de posse de Coppola - a American Zoetrope - produziu uma nova restauração em 4K do filme em 2018, adicionando o prólogo de abertura, há muito desaparecido, que apresentava a sequência de teste da D-13.
Essa nova restauração foi exibida em alguns festivais de cinema, mas não foi lançada em DVD ou Blu-ray.
Referências
O título deste é visto em uma marquise de teatro em Loucuras de Verão, ou American Grafitti, filme 1973 conduzido por George Lucas e produzido por Coppola.
A letra da música American Girl, de Tom Petty, tem uma fala, raise on promises que parece ter vindo de um diálogo deste filme. Referindo-se a outra mulher, em uma fala de Louise.
Trilha sonora
A American International Pictures costumava enviar os compositores Les Baxter e Ronald Stein para gravar suas trilhas sonoras em Londres, Munique e Roma.
Apesar de Sombras do Terror ter um orçamento pequeno, Stein conseguiu usar a Orquestra Sinfônica de Munique, com 90 músicos, para gravar a trilha sonora.
Uma vez em Munique, Stein conciliou as sessões de gravação entre o filme citada e esse Demência 13, a fim de fazer um trabalho 2 em 1, como aliás era bem comum em produções de Roger Corman.
Classificação
A obra foi submetida ao Conselho Britânico de Censura Cinematográfica pela Regal Films International e aprovada com certificado "X" em 17 de julho de 1964.
A Regal não conseguiu garantir um lançamento geral nos principais circuitos, mas distribuiu esse para muitos cinemas como reserva opcional, dividindo a bilheteria com The Crawling Hand.
Na época, o Monthly Film Bulletin informou que The Haunted and the Hunted teria 73 minutos ao invés da duração original de Dementia 13, que era de 81 minutos.
Narrativa
O longa é consideravelmente diminuto, se comparado a outras obras de terror. Sua duração conta com pouco mais de uma hora de exibição.
A trama começa com John indo até o cais, pegar uma jangada. Ele e feito por Peter Read, é um dos membros da família Haloran e é interrompido por sua amada, Louise, personagem de Luana Anders, que queria dormir.
Mesmo cansada, ela decide acompanhar seu marido. Como ele decide ir para o mar, vai junto do sujeito.
O motivo
A razão para seguir seu par é bem simples: ela está preocupada de ser excluída da herança da sogra.
Manifesta isso de maneira verbal para o marido, em um tom quase de segredo, mas aparentemente, todos em volta sabem desse receio dela, já que é comentado mais à frente, por outros membros do clã.
A conversa se torna rude, ela diz que a mãe dele está louca e que ele deveria interferir nessa questão, mas o sujeito dá de ombros, não parece ter qualquer preocupação, mesmo que sua esposa manifeste seu receio.
Um mal que surge subitamente
Em meio a esse inocente passeio, ele acaba passando mal, tem um problema no coração. A princípio, não se preocupa, pois acha que carrega os comprimidos, mas não.
Antes de chegar em terra firme, ele diz para ela se apressar, afinal nada ganhará.
A partir daqui, falaremos com spoilers:

O casal toma um susto, na verdade, só a esposa, já que ele perece ali mesmo, a bordo da jangada.
Percebendo o drama, ela pensa rápida contrariando o estado de nervosismo que se esperaria dela. Se livra do corpo, joga ele na água do lago perto da mansão e torce para que ninguém encontro o cadáver.
Mesmo assustada e chocada, ela segue agindo rápido, redige uma carta e a envia como um telegrama para si mesma, fingindo ser de autoria do marido.
Mesmo sendo endereçada a ela, a mensagem na verdade fala diretamente para a mãe de seu marido, a gestora da herança futura.
Na casa grande
Depois do ocorrido, ela aparece na mansão, conversando com Billy (Bart Patton) o irmão mais novo dele, a pessoa que cuida dos negócios da família na ausência do irmão.
Como Richard está ocupado, é ele quem busca Kane, personagem de Mary Mitchel, no aeroporto, também é quem conta sobre Kathleen, a irmãzinha deles que morreu muito nova, afogada.
Mary Mitchel trabalharia com o diretor anos mais tarde, em bastidores de suas obras. Depois de se aposentar da função de atriz, ela se tornou supervisora de roteiro.

Atuou em séries como Perry Mason, Os Monstros e Guerra, Sombra e Água Fresca, depois, foi consultora de roteiro em Drácula de Bram Stoker, Desejo Assassino, A Máscara do Zorro e Todo Mundo em Pânico 4.
A falta de Kathleen
A família sofre com essa lembrança, mas seguem, tentando driblar essa questão, se forçando a ter uma rotina o mais normal possível.
Richard (William Campbell) é um escultor, que ama sua namorada, Kane. Suas cenas de intimidade também demonstram sua rejeição a figura da cunhada, Louise.
As peças artísticas que maneja são bonitas e elaboradas. São na verdade obras creditadas a Edward Delaney (1930-2009), um renomado escultor irlandês, responsável por muitos monumentos públicos.
A matriarca
Esse é um filme com muitos homens, mas os papeis de destaque são todos femininos, tanto que os filhos, orbitam Lady Haloran, a mãe deles, a matriarca interpretada pela bela Eithne Dunne.

O herdeiro ausente...mas presente
A figura de Kathleen, mesmo morta há anos é sempre citadas, como se fosse um membro presente.
Sua ausência é antiga e até mais sentida que a de John, uma vez que, para todos os efeitos, ele ainda está vivo, ao menos para as pessoas da família.
Curioso que mesmo nos momentos mais agudos da trama, mal se menciona o filho que está perdido.
Isso pode ser explicado de certa forma pelo fato da trama se passar em pouco tempo, mas não é tão plausível que ele seja tão pouco citado, exceto claro o desejo de esconder ele da trama, visto que estragaria boa parte dos momentos de suspense e apreensão.
O problema da Mãe
Apesar de ser chamada de incapaz, Lady Haloran tem um único indício problemático, que são as contemplações em torno do retrato desenhado da filha que partiu.
Ela venera a criança morta, a mesma que teve em dificuldades de parir, já que tinha 40 anos quando a menina nasceu.
Sendo dominadora sobre todos, acaba remendo um sentimento de culpa, que de certa forma, contamina a todos.
A quem compare essa sensação a um tardio momento de depressão pós-parto, que foi retomado graças ao luto proveniente do acidenta fatal que tirou sua menina.
Ela culpou a si e a todos pelo afogamento de Kathleen, mas ela não demonstra de maneira literal essa tristeza, aparece sempre cabisbaixa, mas não ataca as pessoas.
Constrange elas de uma maneira covarde, com insinuações pontuais, que servem como facadas.
Receio de Richard
Como é esperado, Richard deseja casar com Kane, mas revela ter receio de a mãe tratar sua amada mal, como ocorre com a cunhada.
Ainda preocupada com a "rejeição financeira", Louise tenta manter escondido o marido morto, afinal, certamente seria culpada pelo que ocorreu, mas ela disfarça mal, já que usa vestes de luta, quase sempre veste preto, parece querer ser pega.
Conversando com Richard, fica claro que ele sabe que a parenta nutre desconfianças em relação não só a mãe deles, mas aos Haloran como um todo.
Fora os ja citados, há Simon (Karl Schanzer) um caçador da área, que eventualmente, assusta os Haloran. Apesar dessa condição, ele é simpático e boa gente, tanto que jamais matou nenhum bicho, ao menos é o que diz um dos irmãos.
Já Simon se auto intitula o melhor caçador da Irlanda. Billy tenta desmentir o sujeito, afirma que ele sequer carrega a espingarda que leva.
Há muitos blefes aqui, como é demonstrado depois.
Vozes:
Louise procura a senhora, afirma que a casa tem algo estranho, diz estar ouvindo vozes.
Age de maneira malvada e pesada, tanto que chega a ser escrota, finge que ouve Kathleen e diz que é para a mãe se arrepender.
A moça tenta manipular Lady Haloran, jogando o pensamento da filha morta para os seus interesses, mas faz isso aos poucos, vai ganhando espaço com o tempo.
Esconderijo:
Vasculhando a propriedade, a viúva acha um local curioso, cheio de brinquedos.
Para chegar no cômodo há um acesso difícil, por uma janela, que ela usa como porta. Somente uma pessoa jovem e flexível conseguiria entrar, fato faz o espectador mais atento descartar qualquer participação de Madame Haloran naquela parte da casa.
Dentro há artigos infantis, bonecas macabras, brinquedos que andam.
Nesse ponto, a música de Ronald Stein abrilhanta demais a obra, se tornando um aspecto poderoso, sobretudo quando aparece um destaque um boneco de corda, que usa um machado.
O musicista tinha uma boa experiência com cinema de gênero, participando em Atlas, A Última Mulher Sobre a Terra, Monstro do Planeta Perdido, Sombras do Terror e Dagger: Caçador de Espiões.
Surpresa
Imitando Hitchcock, Coppola faz surgir um macguffin, já que Louise mergulha, para ver o corpo do marido, mas não o encontra. Vê uma pedra enorme, com algo escrito, objeto que parece uma lápide, que são as pedras que ficam perto dos túmulos.
Depois, quando sobe, vê uma silhueta escura, manejando um machado, bizarramente, de maneira bem semelhante ao boneco anteriormente mostrado.
O sujeito de aparência (aparentemente) masculina a acerta. A cena é confusa e assustadora. Ela termina sem vida, sangrando, sendo puxada para fora da água.
A figura de Louise sendo retirada por um puxão na cabeça e os momentos subsequentes, com ela enrolada em lodo e algas é absurdamente bem pensada. A imagem é forte, aterrorizante, um dos momentos mais nervosos e dramáticos da carreira de Coppola, justamente em sua estreia nos cinemas.

Novas aparições
O estranho e misterioso Dr Justin Caleb de Patrick Magee aparece, fala com a matriarca. Parece uma pessoa suspeita, o candidato número um a assassino.
Depois, a empregada Lilian (Derry O'Donavan) também aparece, basicamente para engrossar uma possível lista de suspeitos, além de estar ali somente para atender a sua patroa, que pede que ela traga Louise.
A matriarca está aflita para ouvir mais de sua finada filha, aparentemente acreditou no ardil de sua nora, cujo paradeiro ninguém sabe ao certo onde é.
No lago:
Quando observam a água, notam que há brinquedos boiando, isso poderia abrir possibilidade de pensar que o fantasma da criança ali está, mais não.
Todos acham suspeito, Billy lembra da infância à beira da água, remetendo ao momento em que sua irmã se foi, mas nesse trecho a exposição para, sendo retomada somente perto do final.
Mais reclamações femininas:
Kane reclama de Richard, o provoca.
Diz que ele a trata como um dos objetos que fabrica, que só a "utiliza" quando convém, nos dias bons, deixando-a guardada a maior parte do tempo. Repete assim o ciclo de Louise e John, possivelmente, se condenando, já que até onde se sabe, Richard é o principal suspeito de ser o assassino.
Ele no entanto conta uma história triste, relacionada a perda familiar da irmã caçula. Diz que a coisa toda sempre foi assim, que todos eram culpados pela perda no passado, afirma que sua mãe sempre buscou culpados pela morte da filha, que Billy ficou traumatizado, afinal, só tinha 13 anos.
O irmão viveu em pesadelos, a mãe sequer foi ver o falecido pai deles no momento de convalescença e Richard acha que ela o despreza da mesma forma que fez com o pai.
No seu entendimento, a mãe culpa ele, Richard, como culpou o pai. Como convive com essa sensação há muito tempo, há bons motivos para ele ser insensível de maneira tão anormal.
Tiros:
Ao contrário do que falou Billy, o caçador Simon de fato atira, no meio da floresta. Ele vai ate uma toca e acha uma pessoa dentro, uma menina, referência a Alice no País das Maravilhas, com o esconderijo do coelho e uma menina.
Antes de poder reagir, vê pernas e uma calça, do lado de fora. O assassino usa um machado e o decapita.
O efeito impressiona, causa espanto e receio em relação ao destino dos Haloran.
A parte externa da mansão:
Caleb conversa com um funcionário, Arthur. Esse é pago pelo doutor para esvaziar o lago, a fim de manejar as três comportas que desaguam ali.
Os dois vão tentar resolver essa questão, a fim de solucionar enfim o mistério.
Lady Haloran e a tiara
Eventualmente, a mãe encontra uma cabana, onde estão brinquedos e o corpo da mulher loira, reconhece uma tiara, da filha, mas a cabeça do corpo morto cai.
Chocada, ela ainda é atacada, pelo assassino usando machado, mas foge e cai na frente de casa, desmaiada, ainda com pulso, ou seja, com vida.
Fica a impressão de que ela não escapou e sim foi poupada. Diante da revelação final, isso ganha outros contornos.
Todos aparecem, mas Billy e Richard são os mais demoram, primeiro há Kane, Lilian e Arthur. Lembrando do plano, esse último decide ligar para Caleb.
Segue o mistério de quem é o corpo escondido, já quem o viu ou morreu, ou desfaleceu ou é o matador. É Louise? Kathleen?
Sonho
Billy confirma a Kane uma história estranha, na verdade, um sonho que teve, de um homem jogando ele no lago. Nesse devaneio, sua mãe ria do seu infortúnio...
Ele depois, chega a conclusão de que era Richard em seu sonho
Com o lago dragado, encontram uma lápide, onde se lê Forgive me Kathleen, ou seja, é uma lamúria, um pedido de perdão, para a criança morta.
Caleb aponta para Richard, afinal ele é um artesão, mas aquilo é de pedra, algo rudimentar perto dos metais com que trabalha.
O médico diz que deve ter sido ele quem fez, afinal, é algo velho, de pelo menos seis anos e por mais que o patriarca Haloran tenha ensinado todos os filhos a talhar pedras, somente ele herdou o talento do pai, ao menos é o que pensam.
Caleb acredita que Louise roubou a tiara da irmã deles e propõe a Billy procurar ela na cidade, à revelia do conhecimento de todos, ou seja, em segredo.
Os dois vão a cidade, discutem sobre quem dava comprimidos a Billy, enquanto isso, Richard e Kane se beijam, no cômodo de Kathleen, com o corpo da irmã por testemunha, intacto e bem preservado.
Estaria mumificado? Foi Richard que drogava o irmão?
Casorio
Kane e Richard enfim contraem matrimônio, algum tempo depois.
Caleb alerta sobre a aura de depressão, ansiedade e leve insanidade da família, acusa para Kane que todos ali tem problemas sérios e ela fica bastante apreensiva.

O sujeito não está errado, mas não precisava fazer isso justo com a noiva, no dia do seu casamento, mesmo que faça isso no sentido de alertar ela.
Kane sai dizendo que não se importa com nada que falam do marido.
No final, o doutor funciona como um detetive, que enfim consegue encontrar o corpo de Louise e da "garotinha". A solução do caso foi retirado de pistas nas cantigas infantis, que são mensagens cifradas para o esconderijo dos crimes.
Na verdade, em sua obsessão, o assassino guardou os corpos em um lugar que coincidisse com as letras das músicas, afinal, essa era a sua referência.
Caleb monta uma armadilha, coloca Kathleen num lugar central e atrai o matador, que é Billy. Ele se culpa, por ter largado a irmã no lago, sem prestar socorro, por ter se assustado.
Para aplacar a culpa, fez a boneca de cera dela, para lembrar e para homenagear a perda que todos tiveram, em especial, ele. Seus parentes esqueceram que ele também tinha talento de esculpir, mas nesse ponto o roteiro faz questão de explicitar tudo.
Demência 13 é pesado, bem melhor do que normalmente se fala. Mesmo carecendo de orçamento, é inventivo, assustador e misterioso. Pode-se falar que é subestimado, embora hoje seja um objeto de culto para um número considerável de cinéfilos.
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