Review: Bates Motel – 1x05 Ocean View

Saindo do ninho. A cada episódio fica mais claro, que Bates Motel  não quer ser apenas um prequel. A série já construiu uma base sólida, com tramas interessantes e que vão se sustentando sem a necessidade de sermos sempre lembrados que tudo vai terminar no que vimos em Psicose. O que confirma essa proposta é o tratamento dado a Norman desde que o mesmo começou a se abrir com Dylan. Os dois irmãos tem uma química incrível e chega a ser triste perceber que Norma também tentou transformar Dylan no que hoje o irmão mais novo é.

A repercussão do assassinato de Keith Summers finalmente recaiu com toda força para cima de Norma. Dona Bates é um poço de frieza e egoísmo, pois mesmo Norman suplicando para ajuda-la, ela apenas afastou o garoto por saber aonde ele tinha estado na noite anterior. Esse lado de Norma (que é bem conhecido por Dylan) estimula o filho mais velho a procurar uma saída rápida para proteger o irmão, enquanto Norman nem mede esforços para tirar a mãe da cadeia. Quem retorna nesse meio tempo é Emma. Mesmo shippando Bradley e Norman, eu tenho de confessar que a mocinha com fibrose cística é mil vezes mais simpática e o humor somado com a dinâmica “jovens detetives” que ela e Norman sempre assumem, me diverte pra caramba.

Dylan parece ter parte do magnetismo dos Bates, pois de cara o seu parceiro na vigília da maconha, empresta o dinheiro para ele arranjar um lugar onde Norman fique livre da influência da mãe. De forma brutal, White Pine Bay sempre nos surpreende, pois Ethan é baleado a queima roupa por um drogado que devia dinheiro aos seus chefes e Dylan se vê perdido em outro problema. O mais interessante de tudo, foi ver um lado vingativo quando ele atropela o viciado mais tarde. Fiquei curioso sobre como essa trama vai se desenrolar.

A melhor cena do episódio foi com toda certeza o confronto entre Norma e Norman no carro. Nem preciso comentar a desenvoltura de Vera Farmiga, que antes já tinha feito a gente rir de nervoso com a revolta hipócrita ao afirmar para advogada que não tinha matado Keith. Quando o filho com toda sinceridade afirma ter medo de algumas de suas atitudes ela se altera ainda mais. Norma é complexa e você fica torcendo pelos momentos nos quais ela explode. O que me deixou com medo, é que cada vez mais ela vai se prendendo a Shelby e isso vai abalar Norman de todas as formas.

O plot do tráfico de mulheres também ganhou um desenvolvimento interessante. É bem curiosa a capacidade que a série tem de mudar o tom quando Norman está junto de garotas da sua idade. Emma badass arrombando barcos e sendo uma detetive melhor que a galera de uma certa série por aí (cofcof... The Following) foi impagável. Não enrolar o encontro com a garota asiática também foi outro acerto.

Agora Norma vai ter de lidar com a confirmação de que Shelby é sim um monstro e que o filho estava certo o tempo todo. Como ela tem o rabo preso com o delegado, não vai sobrar muitas alternativas para resolução do problema, o que deu para perceber é que agora o clima de bomba relógio começou a surgir e os envolvidos não terão para onde correr, a verdade vai ter de ser revelada e a gente vai ficar na ansiedade até lá.

 

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