Review: Arrow S01E10 – Burned

Depois de quase morrer nas mãos do Arqueiro Negro no último episódio de Arrow exibido em 2012, Oliver Queen enfrenta uma crise existencial e abandona o capuz e o arco. E é durante esse momento de ausência que um enigmático vilão incendiário aparece em Starling City. Essa é a premissa inicial de Burned, que marca o retorno do seriado do Arqueiro Verde depois do longo hiato iniciado em dezembro.

Como mexeu com o status quo dos personagens, Arrow não volta mostrando apenas as dúvidas de Oliver em relação ao seu alter ego. Boa parte do episódio destaca o desaparecimento de Walter Steele, sequestrado pela organização criminosa do pai de Tommy Merlyn. É um dos momentos envolvendo os Queen que mais importam para a trama principal da série, já que a mãe de Oliver precisa tomar uma decisão quanto à sua posição nas empresas da família. Inicialmente seu comportamento incomoda um pouco, até porque o espectador sabe que Moira tem conhecimento do que houve com seu atual marido, fazendo seu pesar parecer ora falso, ora arrependimento.

Obviamente que os fãs dos quadrinhos não ligam muito para esses momentos de folhetim e querem mesmo saber da aparição do Vagalume, vilão do universo do Batman, que aparece agora em Arrow. Andrew Dunbar vive Garfield Lynns, que aqui não recebe o nome de inseto, que é citado de outra forma. É basicamente uma trama de vingança em que Lynns é um ex-bombeiro dado como morto, retornando para liquidar os ex-colegas que, em sua mente distorcida, foram os culpados pelas graves queimaduras que sofreu em um grande incêndio. Com isso, fica clara a intenção do roteiro de criar uma trama sobre busca de identidade. Oliver tendo de decidir se volta a ser o vigilante e o vilão encarando as consequências da escolha pela vingança. Como é de se esperar do CW, as intenções geralmente se esbarram com a execução, que torna tudo apressado demais e didático no desfecho. Mesmo assim, a inclusão do Vagalume se faz acertada. Infelizmente para os fãs, no entanto, o personagem carrega apenas sua identidade secreta, sem nem mesmo um uniforme que o diferencie dos outros bombeiros.

Apesar de John Barrowman fazer falta na história, até para dar mais liga na subtrama envolvendo seus atos escusos, a família Merlyn vem bem representada pela evolução de Tommy, que depois de ter relações cortadas com o pai, passa a ter uma arco dramático melhor definido. Ele quer ser uma boa pessoa, mesmo que para impressionar Laurel (se são os motivos certos ou não, agir de forma altruísta parece fazer bem ao rapaz). E como a garota ainda deixa transparecer seus sentimentos por Oliver e sua atração pelo Arqueiro, é bem provável que uma decepção enorme venha pela frente.

No geral, Burned foi médio. Trouxe elementos importantes, como a atitude do pai de Laurel no final (que deve gerar vários conflitos no futuro), e fez funcionar os flashbacks (mas que não fariam falta se não estivessem ali). Também trouxe bons momentos entre Oliver e Digg e conseguiu até justificar a existência de Thea na história. Por outro lado, faltaram as cenas de ação que foram destaque até agora (não que seja parado, até existem boas sequências, mas nada espetacular). Talvez o mais decepcionante seja não cumprir muito bem as promessas de novos desafios feitas no episódio anterior. O jeito é esperar pela próxima semana.

Alexandre Luiz

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    José Guilherme 19 janeiro, 2013 at 00:31 Responder

    Achei o episódio bem fraco, talvez pela expectativa deixada com a despedida em 2012. Fiquei feliz que acertaram com o Tommy, mas em compensação aquele drama protagonizado pela Moira, não me comprou. Sobre o vilão, achei ele bem caso da semana, outro ponto que não me agradou. Pelo menos a gente ganhou aquele twist envolvendo o pai da Lauren. Ótima review cara.

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