Review: The Legend of Korra – Book Two: Spirits – 2×03/04 Civil Wars Pt.1/Pt.2

Muita gente reclamou do retorno de The Legend of Korra, pelo simples fato de que diferente da temporada passada que começou aflitiva e mais sombria, tivemos na première uma pausada apresentação dos personagens sem mostrar qual na verdade seria o plot principal deste livro. Mesmo o papel espiritual do Avatar sendo o foco dos episódios passados, precisávamos de algo que fosse além dos espíritos rebeldes. Para ser mais direto, um novo Amon se fazia necessário para sentirmos o mínimo da urgência que os equalistas imprimiram na trama de Republic City. Se Varrick (canastrão) aparentou ser um reboot mais ameno do Tarrlok, foi só para termos nossa atenção desviada do dissimulado Unalaq. Eu também caí na conversa do tio de Korra, mesmo achando a chegada do exército da Tribo da Água do Norte muito suspeita. Assim, ao fim do sensacional Civil Wars Pt.2, tive a certeza de que algo tão grande quanto a guerra centenária da era de Aang, está para começar.

Claro que uma sensação de estranheza continua e nessa semana eu descobri o motivo. Houve uma troca de produção e o Studio Mir (responsável pelo fraquíssimo traço do anime Naruto) foi o responsável por toda a composição inicial do Livro 2. Felizmente, já podemos comemorar, pois antes do fim da temporada, o Studio Pierrot do Livro 1 estará de volta. Porém, assim como em outras séries, quando a história compensa, o visual pode ficar em segundo plano por alguns momentos e a divisão certeira dos family issues das duas famílias de Avatares, serviu para pavimentar a difícil estrada que começou a ser trilhada.

Tenzin e seus irmãos, por exemplo, protagonizaram um quest meio filler que não destoou dos impasses de Korra na sua tribo, pois serviu para conhecermos mais sobre um Aang nem tão perfeito quanto seu filho mais novo nos vendeu. Bumi e Kya foram tudo o que eu esperei: alívios cômicos nas horas certas e pontas dramáticas em momentos essenciais (como na penosa confissão que Bumi faz a estatua do seu pai na Sala dos Avatares). Tenzin por outro lado, agiu da mesma forma que Korra e seu egoísmo, ao tentar excluir os irmãos justificando a perfeição de Aang por ter-lhes proporcionado uma infância maravilhosa, onde realmente, apenas Tenzin (por ser um dobrador de ar) teve espaço. O único problema, porém, foi que esqueceram de falar mais sobre o que Jinora viu, trocando o seu misterioso encontro na Sala dos Avatares pelo sumiço de Ikki.

Na tribo de Korra, Varrick se irrita com a opressiva marcha dos soldados de Unalaq pela cidade e incita os sulistas contra eles. O estopim mesmo é o sequestro do monarca, que resulta na prisão dos pais da Avatar. Dividir Civil Wars em duas partes foi essencial para nada ser corrido demais, pois a revelação de que Unalaq planejou a condenação de Tonraq e seu exílio da Tribo de Água do Norte, cai como uma bomba devastadora nas escolhas de Korra. Eu torci e vibrei nos momentos em que ela se impôs a vontade do tio, pois se Korra ficasse parada diante de tudo, seria a prova de que o Avatar não vale mais nada nos dias atuais.

A fuga pelo cais (com Asami de volta aos holofotes também, diga-se de passagem) foi um deleite! Eu sei que as consequências que serão levantadas por Korra não ter permanecido neutra, serão catastróficas, mas se um clima de guerra é o senso de urgência que precisamos para o Livro 2 engatar de vez, a gente dispensa qualquer neutralidade. Vamos logo escolhendo lados, pois uma nova era de caos está para começar e como diria a clássica frase: “Only the Avatar, master of all four elements, could stop...”.Nostalgia pura!

P.S.: Mais cenas do Varrick com a Zhu Li por favor!! Acrescenta no balaio uma desculpa que funcione e o coitado do Bolin escape da Eska de vez. Que garota surtada.

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