Review: The Walking Dead S08E16 – Wrath

Aparando arestas importantes, a season finale dessa temporada foi, na medida do possível, satisfatória

“Minha misericórdia prevalece sobre a minha ira”. Uma das frases mais emblemáticas que apareceram nessa 8ª temporada de The Walking Dead finalmente faz sentido, bem como aquela estranha cena que mostrava Rick desolado, embaixo de uma árvore, alguns episódios atrás, estão lembrados?

Claro que antes desse clímax é colocado todo aquele falatório interminável que permeia a série, fazendo, muitas vezes, a narrativa dos episódios se arrastar demais. Ao menos, desta vez, os muitos diálogos foram úteis para a trama, em especial, a conversa entre Siddiq e Rick, que vai determinar bastante certa atitude de Rick mais pra frente.

Também é interessante notar a preparação dos Salvadores para um confronto final com o grupo de Rick, em especial, nas atitudes um pouco mais dúbias de Eugene, um dos personagens mais insuportáveis de The Walking Dead, disparado.

E, deve ter sido justamente por isso que os roteiristas quiseram dar uma enorme importância para ele nesse derradeiro conflito. Ok, admito: foi legal o que aconteceu graças a Eugene, mas, fica parecendo que a construção desses acontecimentos foi mais preguiça de roteiro do que os roteiristas terem tido peito para dar fim a um personagem 99% do tempo irritante.

Eis que, finalmente, a tão anunciada guerra (anunciada desde a temporada passada) explode na tela, e devido a um plot twist até previsível, ocorre um milagre, com Rick tendo a chance de honrar o último desejo de Carl. Por sinal, a sequência da luta entre ele e Negan é ótima, digna de um duelo dessas proporções.

O grande problema dessa resolução é que tudo pareceu apressado demais. Algo que era pra ser bem mais épico, acabou sendo apenas satisfatório (bem diferente de outras season finales de temporadas passadas). Um desfecho bom, é verdade, mas, mal construído como um todo.

Bom ressaltar que a batalha em Hilltop, com a participação óbvia da comunidade Oceanside é bem qualquer coisa. Na realidade, foi mais encheção de linguiça do que algo realmente importante para a trama. Uma das piores partes desse episódio.

Tudo parece, enfim, em paz, quando vislumbramos um possível problema no futuro para Rick. Envolvendo os Salvadores? Negan? Pior: os seus próprios aliados. Mais precisamente, Maggie, Jesus e Daryl, o que dá expectativas razoáveis para as próximas temporadas da série (é sério que o gancho para a 9ª temporada será só isso? Traições internas do grupo do Rick?).

A sensação que fica, mais do que nunca, é que a série precisa se reinventar urgentemente. Tudo bem que o desfecho foi, na medida do possível, honesto, mas, a cada temporada, The Walking Dead perde força em termos de história e personagens. A morte de Carl deu certa possibilidade para seguir outro rumo, bem mais interessante, mas, tudo vai depender da equipe de produção.

E, é aí que reside o problema, pois, The Walking Dead é uma série problemática desde o início, com brigas nos bastidores e trocas constantes de diretores e roteiristas. Esta 8ª temporada apenas deixou isso mais evidente.

Esperar, agora, que a próxima temporada, bem como o spin off Fear the Walking Dead possam dar um gás extra a esse universo, que, sim, é cheio de possibilidades. Basta trabalharem bem esses elementos. É pedir muito? Provavelmente, não.

Redação

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