"(...) perdera aquele seu cálido e antigo mundo, pago um preço demasiado alto por haver vivido com um único sonho."
Uma das adaptações cinematográficas mais esperadas de Junho é a inspirada na considerada melhor obra do escritor norte-americano F. Scott Fitzgerald (1896 - 1940), considerado o grande escritor da “geração perdida” que também escreveu os livros: “This Side of Paradise” , “Tender Is the Night”, “The Love of the Last Tycoon” entre outras coletâneas de contos.
O Grande Gatsby, seu livro mais conhecido, narra a história de Jay Gatsby e Daisy. Uma história sobre uma jovem de Lousville e um oficial da marinha no início de carreira. A história é narrada pelo personagem Nick Carraway, vizinho de Gatsby que acaba por conhecer e virar amigo de Jay, que nos conta os acontecimentos que acontecem ao lado, na grande mansão de seu vizinho, sem compreender aquele mundo de riqueza e extravagância.
Este livro publicado primeiramente em 10 de Abril de 1925 apresenta ao leitor uma grande crítica a sociedade da época. Uma sociedade que vivia a prosperidade do anos 20 e seguia sem medo esbanjando com festas glamourosas todo o dinheiro conquistado. Uma geração perdida em meio ao Jazz e a preconceitos.
Fitzgerald retrata por meio de um narrador que vive fora desse mundo rico e esbanjador como é a realidade para quem está de fora desse consumismo exacerbado da época. Intercalando Nick e Gatsby e outras famílias mostrando todas as versões de um universo diferente para todos. Nick, um estranho, totalmente novo que não entende muito bem como as coisas funcionam no meio. Gatsby, um romântico preso ao mundo que não faz juz aos seus pensamentos, mas que está preso a ele e não consegue sair porque um de seus maiores sonhos depende muito dessa sua “forma de vida”. E outros personagens como Daisy que já estão acostumadas a essa vida, e não aceitam muito bem negros e pessoas que ascenderam a uma posição social igual a sua, não são “ricos de berço”.
Uma história que pretende apresentar ao leitor tudo o que ele não está esperando, como o preço de atitudes e o quanto se pode ser sozinho mesmo estando rodeado de pessoas, festas, riquezas e glamour. Gatsby é o elo perdido que justifica todas as formas de interesses apresentadas no livro. As pessoas o rodeiam e nunca saem de sua mansão por causa de suas festas, onde podem conhecer e estar em contato com pessoas consideradas importantes. Os intelectuais almejam sua presença por seu grande coleção de obras literárias. Nesse meio o autor tece uma teia que se junta e no final consegue justificar e exemplificar a solidão de Gatsby com uma grande crítica a sociedade e ao “Sonho Americano” da época de ouro.
Um livro mais do que recomendado, algo leve, mas com grandes acontecimentos e críticas. Para leitores ávidos por não apenas boas histórias, mas um pouco de conhecimento, o Grande Gatsby é uma leitura fantástica, mas que deve ser lida aos poucos e apreciada para não correr o risco de perder nenhum acontecimento. Apesar dos acontecimentos no começo do livro serem mais lentos e apenas nos apresentar os personagens e suas personalidades, no final do livro o sentido muda e começamos a encarar aventuras, mistérios e tragédias.
Uma ótima pedida para ler ao som de Jazz em sábados a noite. Uma grande experiência.
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