Natal Sangrento 4 - A Iniciação : Uma trasheira lisérgica regada a body horror

Natal Sangrento 4 - A Iniciação : Uma trasheira lisérgica regada a body horrorNatal Sangrento 4: A Iniciação é um filme de horror bastante estranho e peculiar, até em comparação com as obras normalmente analisadas nessa coluna. Ele é desse jeito não só por conta de sua abordagem, mas também pelas histórias de bastidores e por perverter completamente os ideais natalinos e até da saga a que pertence.

Lançado direto para o mercado de home vídeo, teve sua estreia em 1990, é dirigido pelo diretor filipino Brian Yuzna. Talvez o leitor fique confuso, do motivo de publicarmos esse texto em janeiro, mas a realidade é que Natal Sangrento 4 tem pouca conexão com o feriado.

Apesar de tomar emprestado o nome da marca Silent Night, Deadly Night, é praticamente um trambique, um dos muitos episódios de sagas do cinema B que não se encaixa na franquia proposta, tal qual ocorria com várias sagas de horror, especialmente com Hellraiser: Renascido do Inferno e suas sequências, especialmente após o quinto filme, Hellraiser V: Inferno.

Apresentado pela Silent Films, é uma obra produzida por esse estúdio, distribuído mundialmente pela LIVE Entertainment. O ainda inexperiente Richard N. Gladstein, foi o produtor do filme. Ele havia sido produtor executivo de Noite do Silêncio e anos depois, estaria na função de alguns filmes famosos, como a comédia romântica Ela É Demais, o blockbuster Identidade Bourne e Em Busca da Terra do Nunca.

O profissional é lembrado também pela proximidade que tem com Quentin Tarantino, tanto que foi produtor executivo em Cães de Aluguel, Jackie Brown e Os Oito Odiados e co-produtor executivo de Pulp Fiction: Tempo de Violência.

Ronna B. Wallace foi a produtora executiva, como foi em Natal Sangrento 3 e seria também em Natal Sangrento 5: O Horror na Loja nas Brinquedos. Ela também trabalhou em Cães de Aluguel, Vício Frenético de Abel Ferrara e Grito de Horror 6.

O título original do filme é "invertido", resultando em Initiation: Silent Night, Deadly Night 4. Os nomes alternativos em inglês são Silent Night, Deadly Night 4: Initiation e Silent Night, Deadly Night IV: Initiation no box do DVD.

No Canada e França se chama Douce Nuit, Sanglante Nuit 4: L'initiation, na Alemanha é Welcome to Hell, no México Iniciación satánica, em Portugal é Silêncio Sangrento, já na Espanha ficou Ritos satánicos.

As filmagens ocorreram em fevereiro de 1990, com sequências em Los Angeles, Califórnia. Teve cenas rodadas na 1301 West Second Street e em 1800 North Vermont Avenue, especialmente nos momentos gravados no apartamento da protagonista.

O roteiro ficou a cargo de Zeph E. Daniel, que era contumaz parceiro de Yuznae assinava como Woody Keith. O argumento é de Richard N. Gladstein, do produtor/consultor Arthur Gorson, S.J. Smith e Brian Yuzna.

A trama é bastante curiosa e marca a primeira vez que não envolve um Papai Noel assassino na cinessérie, embora o anterior também não tenha uma cena com um sujeito matando vestido de Santa Claus, só em flashback.

A base do roteiro foi originalmente planejada para o terceiro volume da série, mas não agradou os executivos na época. A ideia foi repensada e recauchutada por Daniel, que incorporou diversos conceitos que não couberam em A Sociedade dos Amigos do Diabo, que foi outra parceria de Yuzna com ele, além de ser a estreia do filipino como realizador.

Natal Sangrento 4 - A Iniciação : Uma trasheira lisérgica regada a body horror

Boa parte do que não coube no enredo de Society, entrou aqui, fato que faz com que muitos considerem esse uma continuação espiritual do filme citado. Curiosamente o lançamento deste foi anterior ao último filme de Yuzna, já que A Sociedade dos Amigos do Diabo acabou estreando apenas em 1992 nos Estados Unidos.

A sinopse fala a respeito de uma repórter investigativa, que verifica a morte de uma mulher que pulou em chamas do terraço de um prédio. Ao verificar a história se vê envolvida com um estranho culto, que envolve temas feministas, misoginia, sacrifício humano, horror corporal e manifestações nojentas de animais gigantes.

A narrativa começa asquerosa, com um homem em situação de rua, vivido por Clint Howard, encontrando a tal mulher que caiu do alto de um prédio. A sequência é agressiva, violenta e chocante, ocorre antes até dos créditos iniciais. Antes da moça morrer, o homem é mostrado comendo um hambúrguer do lixo, se alimentando de restos de comida já mastigada.

Ainda assim esse episódio porco parece algo desimportante, por conta da exposição de um corpo morto, que ao ser visto caído no chão, se percebe em um estado de alta fervura.

O cadáver tem apenas metade do tamanho de um corpo comum, parece faltar a parte abaixo da cintura e onde deveria estar a coluna vertebral, sai algo estranho, com aparência verminosa, mas queimada.

O tal personagem em situação de rua se chama Ricky Baker, sendo assim quase homônimo de Rick Baker, o mago dos efeitos especiais. Talvez esse fosse uma referência ao maquiador famosos, que vinha de obras como Um Lobisomem Americano em Londres, lançado quase 10 anos antes desse, que é outra obra que lida com a questão do horror corporal.

Os créditos dão destaque ao trabalho de outro grande profissional dos efeitos práticos, Screaming Mad George, que tem sua função descrita como surrealistics design e effects.

Não há qualquer menção ao drama que Billy Chapman viveu em Natal Sangrento e Ricky Caldwell de Natal Sangrento 2: Retorno Macabro. Até há referências e Natal Sangrento 3/Noite do Silêncio, que aparece brevemente no decorrer do filme, em uma televisão.

A "jornada do herói" acompanha a intrépida Kim, de Neith Hunter, atriz que havia feito pequenos papéis em obras de gênero, especialmente em Quando Chega a Escuridão, Abaixo de Zero e A Hora do Espanto 2.

Ela é apresentada em uma cena quente, que é justamente a segunda a aparecer em tela. Ela está junto a Hank (Tommy Hinkley), seu namorado e os dois estão em um momento íntimo, embora a interação sexual não seja explícita, já que mal aparecem as partes erógenas dos corpos do casal.

O modo como eles "cruzam" é criativo, ambos parecem estar no auge da forma física, são elásticos, se movimentam bastante pelo espaço, mas curiosamente, há timidez na hora de mostrar as cenas de amor entre eles.

Kim é jornalista, trabalha em uma redação, onde seu par também tem um emprego. Ele é um jornalista, já ela é uma aspirante, é uma auxiliar geral, uma espécie de secretária do escritório e da redação.

Ela quer ascender na carreira e passa a se interessar pelo caso de combustão da mulher, mas seu chefe não entrega a ela a responsabilidade. Até a menospreza, pede para ela trazer café.

Natal Sangrento 4 - A Iniciação : Uma trasheira lisérgica regada a body horror

O superior dela é Eli, sujeito interpretado por Reggie Bannister, ator do clássico surrealista Fantasma/Phantasm. Esse personagem a trata mal, mesmo sendo próximo de Hank. Como chefe ele a menospreza, trata a protagonista de maneira condescendente, a subestima, enxergando ela como inferior unicamente por ela ser mulher.

Ele resolve não dar chance de ela trabalhar em matérias mais elaboradas, como o mistério do suicídio da moça em chamas, mas não fica claro se isso ocorre apenas pelo fato de não gostar dela, por ser misógino ou só por desinteresse nessa história em particular.

O que fica claro é o interesse de Kim na história. Ela dá de ombros para as negativas e vai investigar por conta própria. Quando procura por pessoas que viram o caso esbarra em desinformação e em falsos testemunhos.

Ninguém viu exatamente o que ocorreu, quem dá testemunho fala de forma desconexa e estranha, mesmo que as tais testemunhas sejam pessoas comuns.

Ela descobre que no prédio onde a mulher se jogou há uma loja de livros. Ela decide ir até lá, conhecendo assim personagens que seriam importantes para o drama.

A cena de introdução desse núcleo é curiosa, por conta não só dos personagens apresentados, mas também por envolver o retorno de Baker para a trama. Ele aparece na livraria, tem sua reintrodução embalada pela música grave de Richard Band.

Na loja Kim conhece Fima, uma mulher de meia idade, elegante e muito bela. A personagem é executada pela bondgirl Maud Adams, musa das décadas anteriores, que participou de 007 Contra o Homem da Pistola de Ouro, 007 Contra Octopussy e 007 Na Mira dos Assassinos, além de Rollerball: Os Gladiadores do Futuro.

Fima é atenciosa, não parece fazer aquilo só para prestar bom atendimento. Fica evidente que há outras intenções nisso.

Ela é interessada na conversa, em alguns pontos parece estar flertando, tentando seduzir a protagonista. Enquanto empurra para Kim alguns livros sobre feminismo e sobre feitiçaria, serve sementes, que aparentam ser insetos ou vermes, mas (teoricamente) são aperitivos semelhantes a castanhas.

Natal Sangrento 4 - A Iniciação : Uma trasheira lisérgica regada a body horror

As duas conversam sobre a figura da mulher na sociedade, discutem a origem do mito de Lilith, que seria a primeira esposa de Adão, segundo mitologia apócrifa a Bíblia Sagrada, além de obviamente discutirem sobre a moça que morreu. Em comum entre os dois assuntos, há uma certa discussão sobre a associação do feminino a figura de prostitutas.

A conversa delas é bem nonsense, com o auge sendo uma discussão séria, sobre combustão espontânea. Fima tenta deixar claro que pessoas pegam fogo de maneira natural e apesar do estranhamento - afinal, é dado que pessoas não pegam fogo - Kim avança na conversa, se deixa embalar, basicamente para poder ver com seus próprios olhos o telhado, onde a moça teoricamente se jogou.

O texto não é explícito, mas a forma de filmar de Yuzna trata de expor bizarrices diante da tela. Não demora para que a obra se torne um exploitation de bizarrices, especialmente depois da visita da protagonista ao telhado

Nesse patamar ela reencontra o mendigo, que retira uma coisa, de uma tubulação estranha, que vem a ser um verme enorme, trabalhado em efeito prático, sendo um dos muitos tentos de Mad George.

Em casa a moça percebe que o lugar está infestado de insetos e como a residência está suja, ela decide sair, aceitando o convite de seu namorado, para passar os dias antes do natal com a família do mesmo.

Como é de família judia, Kim não comemora o nascimento de Cristo, além do que não é religiosa, mas isso não a impede de viver maus bocados, na reunião familiar.

Ocorre uma discussão esquisitíssima e em tom desrespeitoso, com o pai de Hank, o senhor Gus (Ben Slack), observados pela mãe da família Ann (Laurel Lockhart) e pelo jovem Lonnie, que é feito por Conan Yuzna (filho do diretor) e que aqui é sobrinho do namorado da protagonista. Curiosamente, o rapaz não é acompanhado dos seus pais, possivelmente em um aceno de que nesse universo, a unidade familiar inexiste.

Quando retorna para casa, depois dos aborrecimentos e desrespeitos, ela percebe que a estranheza de seu apartamento piorou em sua ausência.

A casa vira um circo de horrores, com um dos insetos crescendo absurdamente, ficando maior que um cão de médio porte. A comida que ela deixou no chão se movimenta sozinha, acrescentando surrealismo ao cenário. Realidade e fantasia se misturam, resultando em quadros que variam entre o belo e o grotesco.

Natal Sangrento 4 - A Iniciação : Uma trasheira lisérgica regada a body horror

Depois de ser socorrida por sua colega de trabalho Janice (Allyce Beasley), Kim segue sua jornada em uma ladeira emocional, uma descida íngreme rumo a insanidade, que parece de fato um caminho sem volta.

A questão da investigação segue, mas em segundo plano, já que ela percebe estar sofrendo com outras questões. Em meio a essas novas preocupações, ela reencontra Fima, em uma espécie de piquenique.

Fima apresenta uma mulher que ela chama de "mãe sábia", a senhora Katherine Harrison, interpretada pela veterana Jeanne Bates, de Além da Imaginação, Eraserhead e Cidade dos Sonhos. A idosa já havia sido mencionada antes, já que também trabalha na loja de livro. Nesse mesmo momento, apresenta também a bela Jane E. Nana (Marjean Holden), uma professora de dança.

A reunião de mulheres pouco faz sentido, já que são amigas de espectros raciais e sociais diferentes, de idades diversas, que tem um assunto em comum que não fica claro qual é de verdade.

Parecem reunidas por de uma valorização da feminilidade, mas o quadro rapidamente muda, caindo em cima de uma coisa mais ligada a uma missa religiosa, tornando a ideia de culto em algo literal.

Se estabelece mais mistério a partir da aproximação delas e nesse ponto a tensão dá lugar a necessidade de revelações. A mudança de temática é fluída e cabível, mesmo que o texto não seja tão bem construído.

A rotina segue, eventualmente Kim reencontra Fima, que se torna sua nova amiga. Em um desses encontros, a personagem de Adams joga um estranho pó no café da protagonista, fato que materializa a paranoia da personagem, que parece realmente estar sendo drogada.

Ela tem sintomas de enjoo, que conversam com indícios de gravidez, curiosamente ocorrendo isso antes da cena mais polêmica do filme.

A arquitetura da casa de Fima é toda esquisita, assim como a decoração. Combina com o que foi visto em A Sociedade dos Amigos do Diabo, que mostrava esculturas surreais, que remetiam aos efeitos que Screaming Mad George fazia.

Se no filme de 1989 Yuzna fazia referências a O Bebê de Rosemary, aqui ele praticamente copia cenas. A sequência das mulheres em volta de Kim, tratando-a como um receptáculo e como alvo de sacrifício lembra muito as cenas de paranoia de Mia Farrow, em ângulos que englobam até aa tomadas de cabeças no alto, observando alguém caído.

O rito é nojento, invasivo e agressivo, com vários efeitos bonitos e monstros animalescos. Há vermes, insetos, que invadem de maneira nojenta o corpo da hospedeira. É uma sequência que certamente chocaria a maior parte das plateias.

O roteiro e a edição são espertos, deixam a situação dúbia, não ficando claro se ocorreu ou não a intervenção entre Ricky e Kim.

A moça chega a fugir, com cenas que se dão em cenários onde predomina o vermelho, uma cor infernal, que une esse não só ao A Sociedade dos Amigos do Diabo mas também a filmografia de Dario Argento.

Há quem defenda que esse poderia ser o terceiro volume da trilogia das mães, sucedendo Suspíria e A Mansão do Inferno, ao invés de O Retorno da Maldição - A Mãe das Lágrimas.

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Nesse ponto do filme se exige bastante do desempenho de Hunter e a atriz age bem. O comportamento dela é semelhante a de uma mulher surtada, que dá chiliques, tem crises emocionais, com ela tentando até engolir alguns remédios, em profusão, na casa de seu namorado.

Há quem leia isso como um sinal suicida, mais um dos muitos apresentados aqui. A jornada da moça descamba para a insanidade, com ela saindo de uma situação estranha para se enfiar em outra imediatamente.

O filme possui cenas que não são exatamente explícitas, mas que carregam menções a orgias e a bacanais, até a estupro e invasão domiciliar, inclusive ocorrendo um assassinato, após uma briga violenta e ferrenha. É tudo muito rápido e muito tenso, resultando em uma sequência sangrenta, confusa, que não fica clara de que lado cada personagem está.

Os trechos finais contêm cenas de culto, onde predomina a cor vermelha. Esses pedaços pavimentam o caminho para uma possível exploração de um Apocalipse que flerta com os dizeres bíblicos, mas que se assemelham a mitologias de origem europeia e não judaico-cristã.

Não fica claro qual é a intenção, sequer em relação ao ideal de valorização do feminino, até por conta de mostrar mulheres sendo violadas e violentadas. Como o texto é feito por homens, fica claro que não há muito cuidado ao retratar a mulher como soberana na mitologia.

Ao menos as transformações corporais são bem pensadas. Os dedos das mãos de Hunter se misturam, desatam como se não houvesse ossos ali.

Natal Sangrento 4 - A Iniciação : Uma trasheira lisérgica regada a body horror

Sai gosma das pernas dela, os membros se mesclam em alguns pontos, também aparecem baratas gigantes, mais grotescos que os efeitos kafkianos em Hora do Pesadelo 4: O Mestre dos Sonhos, aparecem pessoas penduradas em ganchos.

A fantasia é agressiva e bem pensada, tanto que esses trechos lembram as referências a Dante Alighieri e seus círculos infernais.

Para essa sociedade secreta do mal nada é estranho, tudo é esperado, tanto que nem há choque quando revelam que a moça suicida era Lily, a filha de Fima. Aparentemente ela foi outra hospedeira do parasita, a primeira tentativa desse processo e rito.

Kim volta ao trabalho, age de maneira indócil e agressiva, retribui os ataques que sofreu com raiva e ressentimento, depois vê uma gravação onde a personagem de Maud Adams profetiza contra ela. Seus dedos ficam com um aspecto estranho e a temperatura do corpo dela aumenta, tanto que sai fumaça.

Os momentos finais são frenéticos, Ricky ganha mais importância, varia entre o arquétipo de aliado ou vilão, ajuda a raptar Lonnie e ainda ataca o que restou da família de Hank, matando até o pai do sujeito, enforcando Gus com luzes coloridas de natal, sendo filmado pela câmera que ele mesmo arrumava, para filmar a ceia.

Natal Sangrento 4 - A Iniciação : Uma trasheira lisérgica regada a body horror

Toda a questão sacrificial é bizarra e ilógica, resultando no trecho mais confuso, de um filme que não é conhecido por ter respostas fáceis e que tampouco teve sequência, já que Natal Sangrento 5 pega elementos, mas nada muito apegado a essa mitologia.

Apesar de se transformar parcialmente e de ter participado da captura de vítimas, Kim recusa o chamado feiticeiro e não quer se colocar como alvo do processo de invocação espiritual.

Acaba revidando a Fima toda a agressividade invasiva que teve, tacando ela de cima do prédio. A mulher entra em combustão, fato que faz parecer ser uma propriedade comum as bruxas.

O motivo do culto pseudo feminista segue confuso, especialmente por conflitar o discurso de soberania da mulher e a valorização do mito de Lilith com um método de ação que objetifica corpos femininos.

Seria essa parte uma mentira e um engodo? Seria tudo uma loucura desvairada e sem sentido? Isso jamais é explicado ou dito...

O filme termina misterioso, com a boa música tema de Richard Band, tocando. Faz todo sentido que o filme termine do jeito que termina, afinal, toda a lisergia, surrealismo e confusão mental resultante da paranoia correu a história inteira, o final não poderia abdicar disso, mesmo que o comum em produções mais quadradas seja o de explicar, especialmente no final.

Natal Sangrento 4 A Iniciação é uma obra divertida e nojenta trasheira. Não é recomendável para o público mais sensível, especialmente por sua falta de cuidado ao tratar de assuntos espinhosos, mas para quem gosta de body horror e cinema especulativo, é um baita entretenimento, que louva as influências de filmes sobre o fim do mundo, atualizando bem a temática para os anos noventa.

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